D. Franscisco retornou a Lisboa portando cartas de Belchior de Amaral, que afirmava ter participado do sepultamento do corpo do rei português - 24/08/1578
Segundo Frei Bernardo da Cruz, o Cardeal D. Henrique teve a certeza da morte do Rei por carta de Belchior do Amaral que trouxe Francisco de Souza. Várias circunstâncias, porém, são dignas de nota:
Encarregado de conduzir a prata que devia acompanhar o cadáver de D. Sebastião, foi mandado à África num moço da capela real, Francisco Vieira, o qual permaneceu em Ceuta quase um ano, aguardando a liquidação do negócio, o que prova as dificuldades que o revestiam, Sousa Vitterbo, que cita este fato, comenta:
"Tamanha demora contribuiu, decerto, para suscitar na imaginação do povo a suspeita de que D. Sebastião tinha desaparecido misteriosamente e não ficara morto na batalha."
O mundo, desde o seu começo, esteve sempre cheio cheio de embusteiros, na mais alta sociedade. Mas, ao que parece, não houve na História, gesto mais audacioso de que o daqueles quatro indivíduos que, em Portugal, por volta de 1578, tentaram fazer-se passar, aos olhos do povo português, pelo rei então desaparecido, D. Sebastião. que nunca mais voltou da célebre batalha de Alcacer-Kebir.
D. SEBASTIÃO, O DESEJADO
Filho do príncipe d. João e de sua mulher a princesa d. Joana, filha de Carlos V, neto portanto de d. João III, foi este o 16° rei de Portugal. Nasceu algumas semanas depois da morte de seu pai. A educação, que o moço monarca recebera, havia feito dele um exaltado, quase um fanático. Só devaneava combates contra os inimigos da fé e se tornou ideia fixa em seu espirito o desejo de recuperar as praças da África, abandonadas por seu avô, e de reconquistas o império de Marrocos.
OS FALSOS D. SEBASTIÃO
Com a fé do povo na volta de D. Sebastião e com o seu desaparecimento no seio dos exércitos inimigos, acharam alguns indivíduos que não seria difícil fazer-se passar pelo desaparecido rei de Portugal.
A credulidade do povo foi então explorada por quatro indivíduos, que ficaram conhecidos na História pelos nomes de "O Rei Penamacor", "O Rei da Ericeira, "O Pasteleiro do Madrigal" (Gabriel Espinosa) e "O Calabrês" (Marco Tullio Catironi).
Não é preciso dizer que foram desmascarados e severamente punidos. O primeiro deles, "O Rei de Penamacor", era filho de um oleiro de Alcahsça, que, com o auxilio de dois cúmplices, tentou em Penamacor, em 1584, explorar o povo, na sua boa fé, fazendo-se passar por D. Sebastião.
Preso e condenado a remar nas galés, embarcou a bordo da "Invencível Armada" e, quando esta passou junto das costas da França, logrou escapar-se, nunca mais se tendo notícias dele. "O Rei da Ericeira" chamava-se Mateus Alvares e era filho de um pedreiro açoriano. Fizera-se eremita na Ericeira. Foi enforcado em 1585.
A LENDA DO PRÍNCIPE ENCOBERTO
O povo português não se convencera de que D. Sebastião tivesse morrido. Firmemente, esperava que ele surgisse cedo ou tarde para expulsar o usurpador. Muitos espíritos crédulos continuaram a acreditar que D. Sebastião se conservava oculto numa ilha ignorada, donde, em manhã de nevoeiro, voltaria numa galé para reclamar o seu trono aos espanhóis.
E foi assim que se formou a lenda do Príncipe Encoberto e nasceu a seita dos Sebastianistas, que durou mais de duzentos anos. Anos em meados do século XIX havia Sebastianistas em Portugal.
Já o nosso Francisco, o neto, acompanhou a armada de Dom Sebastião na malfadada batalha de Alcácer-Quibir na conquista do Marrocos, comandando um dos galeões da armada real, cujo almirante era seu tio D. Diogo de Souza. Em 24 de agosto de 1578 retornou a Lisboa portando cartas de Belchior de Amaral, que afirmava ter participado do sepultamento do corpo do rei português em Fez. Nosso homem era, portanto, porta-voz de uma das notícias mais ansiosamente aguardadas da história de Portugal: o destino do corpo do rei.
[2360] O Sebastianismo na iconografia popular. Pedro Vittorino 13/02/1923 [26293] Os quatro embusteiros que se fizeram rei de Portugal, jornal “A Gazetinha“, página 10 20/02/1940 [27557] Anais de História de Além-Mar, 2010. José Carlos Vilardaga 01/01/2010
ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.