Terceira notificação, em nome das duas capitanias de S. Vicente e da Vila de Conceição, dando mais dois dias peremptórios
10 de julho de 1640, terça-feira Atualizado em 25/02/2025 04:41:30
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A 10 de julho, fizeram terceira notificação, em nome das duascapitanias de S. Vicente e da Vila de Conceição, dando mais dois diasperemptórios.Em S. Paulo se juntaram os moradores às vilas de S. Paulo eS. Vicente, os procuradores das vilas de Parnaíba e de Mogi-mirim (Mogi das Cruzes) e todos fizeram idêntica notificação ao Padre Antônio Ferreira que, na ausência do Reitor, estava encarregado da direçãodo mosteiro. [1]
Á sessão de 10 de julho, compareceu novamente grande concurso de cidadões para fazer a entrega de uma representação que se realizou debaixo de grande "clamor e muita estância muitas vezes da parte de sua magestade para bem desta villa paz e quietação dela e bem comum".Não se deferisse a decisão tomada na junta dos procuradores. Já se esgotara o segundo prazo e os jesuítas não se iam! Mais dois dias, ahora desta terceira vez, era quanto se podia dar "perentórios do terceiro termo".A esta assembléia assistiu muita gente e muita lhe assinou a Ata; cerca de sessenta paulistas de prol entre os quais muitos nomes de grandes bandeirantes. Entre eles Bartholomeu Fernandes de Faria, Fernando Camargo, Garcia Rodrigues Velho, José Ortiz de Camargo, Matheus Grou, Antonio Bicudo de Mendonça, Dom Francisco de Lemos, Paulo do Amaral, Pedro Vaz de Barros, Diogo Coutinho de Mello, Antonio Pedroso de Barros, Balthazar de Godoy Moreira.O manuscrito divulgado por Antonio Piza dá grande importância á ação dos dois irmãos Rendon, D. Francisco e D. José Matheus nos sucessos desse dia. Saindo de tão grave sessão seguiram incorporados, Câmara e povo, ao terreiro do Colégio. Presentes estavam os seis representantes do poder municipal; os dois juízes, o procurador e três vereadores.Aos brados do povo enfurecido, apareceu á portaria o padre Antonio Ferreira que noticiou a ausência do Reitor, de que se disse substituto.Foi ele quem ouviu a última e petoresca intimação: Despejassem S. Reverências da Companhia "está villa e capitânia e não no querendo fazer sem violência protestavam de não encorrer na ex-comunhão, nem em outras censuras".E ficassem s.s. r.r. sabendo que ninguém os lançava fora "por persuação do demônio ou ódio ou maquerança nem vingança mais que somente por defenderem suas fazendas, honras e vidas e de suas mulheres e filhos como tudo provaria largamente ante juiz competente a qual fazenda vida e honra de outra maneira não podiam defender".Aludia o pretexto á necessidade de se manter o prestígio da raça dominante ameaçdo pelas possível revolta geral dos nativos escravizados. Em alta voz leu a intimação o tabelião Domingos da Mota "que o dito padre bem ouviu" constatou em seu termo o escrivão municipal Manuel Fernandes Velho.Na primeira ATA declarava o escrivão municipal que o vereador José Fernandes Saavedra lhe ordenara deixasse duas meia folhas de papel para assinar o povo "autor de se aver de botar os reverendos padres fora desta vila".E era preciso muito espaço mesmo, porque 226 assinaturas vieram testemunhas a solidariedade do povo paulistano com os seus edis. Representaram muitas os mais ilustres nomes do bandeirismo dos anais da capitania vicentina.Citemos entre os mais famosos, além dos mencionados da apresentação de 10 de julho Luiz Dias Leme, Ascendo de Quadros, Alvaro Netto, Fernão Dias Paes Leme, Domingos Barboza Calheiros, Diogo da Costa Tavares, Henrique da Cunha Gago, Alvaro Rodrigues do Prado.O velho Amador Bueno, até então esquivo, não se escusou agora a acompanhar a corrente triunfante da opinião paulista, quse uânime. Não há dúvida de que exceções notáveis se reparam na lista de opoentes aos ignacinos. Assim, não vemos entre os signatarios Pedro Taques e seus irmãos Lourenço Castanho Taques e Guilherme Pompeu de Almeida, homens de alta posição, nem os dos Pires mais tarde tão afeiçoados aos expulsos. Quer parecer-nos que já ai se desenham os primeiros lances da terrível contenda dos Pires e Camargos, mostrando-se aqueles infensos á expulsão dos jesuítas ou talvez a ela se opondo porque os Camargo eram dos seus mais ardentes propugnadores. [2]
Á sessão de 10 de julho, compareceu novamente grande concurso de cidadãos para fazer a entrega de uma representação que se realizou debaixo de grande "clamor e muita estância muitas vezes da parte de sua magestade para bem desta villa paz e quietação dela e bem comum".
Não se deferisse a decisão tomada na junta dos procuradores. Já se esgotara o segundo prazo e os jesuítas não se iam! Mais dois dias, ahora desta terceira vez, era quanto se podia dar "perentórios do terceiro termo".
A esta assembléia assistiu muita gente e muita lhe assinou a Ata; cerca de sessenta paulistas de prol entre os quais muitos nomes de grandes bandeirantes. Entre eles Bartholomeu Fernandes de Faria, Fernando Camargo, Garcia Rodrigues Velho, José Ortiz de Camargo, Matheus Grou, Antonio Bicudo de Mendonça, Dom Francisco de Lemos, Paulo do Amaral, Pedro Vaz de Barros, Diogo Coutinho de Mello, Antonio Pedroso de Barros, Balthazar de Godoy Moreira.O manuscrito divulgado por Antonio Piza dá grande importância á ação dos dois irmãos Rendon, D. Francisco e D. José Matheus nos sucessos desse dia. Saindo de tão grave sessão seguiram incorporados, Câmara e povo, ao terreiro do Colégio. Presentes estavam os seis representantes do poder municipal; os dois juízes, o procurador e três vereadores.Aos brados do povo enfurecido, apareceu á portaria o padre Antonio Ferreira que noticiou a ausência do Reitor, de que se disse substituto.Foi ele quem ouviu a última e petoresca intimação: Despejassem S. Reverências da Companhia "está villa e capitânia e não no querendo fazer sem violência protestavam de não encorrer na ex-comunhão, nem em outras censuras".E ficassem s.s. r.r. sabendo que ninguém os lançava fora "por persuação do demônio ou ódio ou maquerança nem vingança mais que somente por defenderem suas fazendas, honras e vidas e de suas mulheres e filhos como tudo provaria largamente ante juiz competente a qual fazenda vida e honra de outra maneira não podiam defender".Aludia o pretexto á necessidade de se manter o prestígio da raça dominante ameaçdo pelas possível revolta geral dos nativos escravizados. Em alta voz leu a intimação o tabelião Domingos da Mota "que o dito padre bem ouviu" constatou em seu termo o escrivão municipal Manuel Fernandes Velho.
Na primeira ATA declarava o escrivão municipal que o vereador José Fernandes Saavedra lhe ordenara deixasse duas meia folhas de papel para assinar o povo "autor de se aver de botar os reverendos padres fora desta vila".
E era preciso muito espaço mesmo, porque 226 assinaturas vieram testemunhas a solidariedade do povo paulistano com os seus edis. Representaram muitas os mais ilustres nomes do bandeirismo dos anais da capitania vicentina.Citemos entre os mais famosos, além dos mencionados da apresentação de 10 de julho Luiz Dias Leme, Ascendo de Quadros, Alvaro Netto, Fernão Dias Paes Leme, Domingos Barboza Calheiros, Diogo da Costa Tavares, Henrique da Cunha Gago, Alvaro Rodrigues do Prado.
O velho Amador Bueno, até então esquivo, não se escusou agora a acompanhar a corrente triunfante da opinião paulista, quse uânime. Não há dúvida de que exceções notáveis se reparam na lista de opoentes aos ignacinos. Assim, não vemos entre os signatarios Pedro Taques e seus irmãos Lourenço Castanho Taques e Guilherme Pompeu de Almeida, homens de alta posição, nem os dos Pires mais tarde tão afeiçoados aos expulsos. Quer parecer-nos que já ai se desenham os primeiros lances da terrível contenda dos Pires e Camargos, mostrando-se aqueles infensos á expulsão dos jesuítas ou talvez a ela se opondo porque os Camargo eram dos seus mais ardentes propugnadores. [Página 28]
A 10 de julho, fizeram terceira notificação, em nome das duas capitanias de S. Vicente e da Vila de Conceição, dando mais dois dias peremptórios. Em S. Paulo se juntaram os moradores às vilas de S. Paulo e S. Vicente, os procuradores das vilas de Parnaíba e de Mogi-mirim (Mogi das Cruzes) e todos fizeram idêntica notificação ao Padre Antônio Ferreira que, na ausência do Reitor, estava encarregado da direçãodo mosteiro. [Página 406]
[24042] Historia geral das bandeiras paulistas: escripta á vista de avultada documentação inédita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes. Afonso de E. Taunay (1876-1958) 01/01/1927 [24528] “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 01/01/1957
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