A REPRESENTAÇÃO DO IMIGRANTE ALEMÃO NO ROMANCE SUL-RIO-GRANDENSE: A DIVINA PASTORA, FRIDA MEYER, UM RIO IMITA O RENO, O TEMPO E O VENTO E A FERRO E FOGO - 01/01/2007
A REPRESENTAÇÃO DO IMIGRANTE ALEMÃO NO ROMANCE SUL-RIO-GRANDENSE: A DIVINA PASTORA, FRIDA MEYER, UM RIO IMITA O RENO, O TEMPO E O VENTO E A FERRO E FOGO
2007 Atualizado em 24/10/2025 04:34:01
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e disposição para o trabalho, pelas profissões exercidas e constituição familiar. Entre os líderespolíticos fortificava-se, então, a visão de que a imigração estrangeira agiria como um enxerto adar vigor à população nacional, como afirma Paulo Pinheiro Machado (1999). Para ilustrar essefato, nas primeiras décadas do século XIX, quando já se discutia no governo a forma de efetivar aemigração de europeus para o Brasil, José Bonifácio, em 1821, manifestava-se a favor da vindade alemães para substituir a mão-de-obra escrava em São Paulo, “com o objetivo de amalgamálos aos nacionais, para imprimir maior atividade e moralidade à população local” (apudMACHADO, 1999, p. 66).Essa preocupação também foi manifestada por outro líder governamental, o marquês deAbrantes, que foi ministro da Fazenda em 1827 e 1828. Em 1846, já tendo, portanto, uma visãomais objetiva dos alemães trabalhando no Brasil, ele os qualificou como uma gente disciplinada econservadora: “Amor ao trabalho e à família, sobriedade, resignação, respeito às autoridades, sãoas qualidades que distinguem os colonos alemães, em geral, dos colonos de outras origens”7(apud MACHADO, 1999, p. 66).Notemos como essa idéia ficou profundamente enraizada na historiografia sobre aimigração alemã no Rio Grande do Sul, ou seja, fixou-se no registro de todo o processo a visãode que os alemães primam pela ordem, são exemplarmente empenhados no trabalho,empreendem o progresso. Possivelmente, ajudaram a construí-la aqueles que vieram para o Brasildesde o século XVI, como a história registrou. Carlos Henrique Oberacker Jr, em seu livro Acontribuição teuta à formação da nação brasileira (1985, p. 55), informa que há registros dachegada de alemães ainda em 1532, trazidos na companhia de Martim Afonso de Sousa,conforme consta do diário de bordo, cujo fragmento o autor transcreve: “Eu trazia comigoalemães e italianos e homens que estiveram nas Índias e franceses.”Ferdinand Schröder (2003, p. 34-35) faz menção a alguns nomes que ingressaram aqui:
O mais famoso do período colonial é certamente Hans Staden, de Homburg, no Hesse,que esteve 1547/48 e 1549/55 no Brasil Central e descreveu seu próprio destino. Elepróprio deparou-se em São Vicente com conterrâneos alemães, os comerciantes PeterRoessel e Heliodorus Eobanus Hesse. (...). Por volta de 1600 encontra-se no Brasil umafirma Schatz, sendo Paul Werner diretor de sua feitoria. Em São Paulo residem oartesão alemão Joseph Pranta, pai de sete filhos, e diversos engenheiros de minas: JacobCalte (Palte, Walter), Gerhard Betting e Wilhelm Glimmer. Este último escreveu umroteiro sobre o caminho de São Paulo até o rio São Francisco. Também é conhecido o fato de que nas aldeias jesuítas na margem esquerda do Uruguai se encontravamdiversos padres jesuítas alemães: Karl Linges, Schwartelberger, Strobel, JohannHermes, Anton Sepp, Dominicus Meyer, Joh. Ph. Bettendorf e Samuel Fritz.
Também Maurício de Nassau trouxe alemães para aqui trabalhar, quando este eragovernador da Companhia das Índias, de 1637 a 1644, os quais se fixaram em Pernambuco.Dentre os do grupo o autor destaca “Zacharias Wagner, de Dresden, Joh. Georg Oldenburgk, deCoburg, e Georg Markgraff, de Liebstadt na Saxônia, cuja ´Historia naturalis Brasília` foipublicada em 1747, em Amsterdan” (SCHRÖDER, 2003, p. 35). Era o período do domínioholandês no nordeste do Brasil e muitos imigrantes alemães vieram para atuar no exército, comorelata Oberacker (1985, p. 79): “Entre os imigrantes que vieram para Pernambuco, durante odomínio holandês, havia muitos alemães. Unidades militares completas compunham-se demercenários teutos, e também quase toda a oficialidade era alemã. Foi então que se registrou nahistória brasileira pela primeira vez, a chegada no Brasil de germânicos às centenas.”A exemplo desses, até o século XVIII muitos outros alemães para cá vieram, alguns paraexercer papéis importantes nas lutas e organização da Colônia na época. Schröder cita ManuelBeckmann, considerado um mártir no processo de libertação do estado do Maranhão, por terlutado e ter sido levado à forca; também o conde Wilhelm von Schaumburg, organizador doexército português no período de 1761 a 1764, bem como diversos oficiais trazidos por ele paracompor as tropas, um dos quais era o general Heinrich Boehm, que de 1774 a 1778 lutou contraos espanhóis no sul do Brasil. Ainda vieram com o conde , Karl August von Oeynhausen, últimocapitão-geral de São Paulo e embaixador brasileiro junto à corte de Viena; Daniel Pedro Muller,um general; Konrad Jacob Niemeyer, oficial engenheiro e Wilhelm Von Varnhagen e LudwigWilhelm von Eschwege, engenheiros de minas. Ainda, em 1820, muitos mineiros vieram para oBrasil por intermédio de Vernhagen (SCHRÖDER, 2003).Ainda na era colonial, alemães também fizeram parte da Companhia de Jesus, que passoua trabalhar pela religião no Brasil em 1549. Segundo Oberacker, muitos foram os padres deorigem germânica que atuaram nas reduções brasileiras:O primeiro jesuíta alemão no Brasil consta ter sido o irmão Pedro de Gouveia, cujonome alemão é ignorado e que veio da Alta Alemanha para o Brasil. Trabalhouanteriormente a 1598, na aldeia de São Barnabé, perto do Rio de Janeiro e é mencionadoainda em 1607. Em 1609, seguiu-lhe o irmão João Hermes, de Hamburgo. A partir de1616, enviaram as casas das províncias da ordem, na Baixa Renânia, na Alta Alemanhae na Áustria religiosos para a América do Sul (1985, p. 110) [p. 35, 36]
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (14): 01/01/1544 - *Nascimento de Baltazar Gonçalves em Santos, filho do Mestre Bartolomeu Gonçalves e Antônia Rodrigues (índia) 01/01/1571 - *Casamento de Balthazar Gonçalves "velho" com Maria Álvares 04/02/1572 - “confirmando a mudança do nome de Domingos para Bartolomeu” 16/07/1580 - Domingos Grou foi nomeado almotacel 01/07/1583 - “Tres irmãos convém saber o dito Baltazar Gonçalves e Braz Gonçalves e Marcos Fernandes...” Pediram terras vizinhas a Bartolomeu Fernandes, na rua que vai para a Cruz 01/08/1587 - “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"* 20/09/1587 - Assinou, em sinal de cruz, pois era analfabeto, requerimento da Câmara sobre os índios tupiaes que procuravam a vila de livre e espontânea vontade 01/12/1587 - Expedição* 01/06/1590 - Jerômilo Leitão ordenou um reconhecimento prévio do local* 07/07/1591 - “aldeias estão outras vez povoadas” 12/12/1598 - Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna 01/01/1600 - *Chegou a São Paulo 08/09/1602 - Liderada pelo “mameluco” Belchior Dias Carneiro, bandeira de Nicolau Barreto partiu sabendo da existência de ouro em “Sabarabúçú” 11/09/1611 - Baltazar Gonçalves avisa que vai ao sertão, às minas de Caativa, com “o alemão mineiro” EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.