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O Correio Sergipano, folha oficial, política e literária
    13 de julho de 1842, quarta-feira
    Atualizado em 27/02/2025 22:32:05

  
  
  


Rio de Janeiro - Ministério da Guerra - Notícias de São Paulo

Triunfo das armas imperiais em Campinas

Illm e Exm. Sr. - Depois do tiroteio de 28 de maio, de que dei parte a V. Ex., no dia 3 do corrente avancei até a posição do Tijuco Preto, e ofereci combate aos rebeldes, que recusaram aceitar, apesar de ter eu apenas alí 240 caçadores, 40 cavaleiros e 1 peça de calibre 3, e eles 600 homens; movimento que pratiquei a fim de chamar a atenção do inimigo para aquele lado, e proteger a marcha do Tenente coronel Bezerra, com 170 infantes e 1 boca de fogo, pela Ponte do Anastácio, com direção a Campinas, e foi tão feliz este movimento que pelo ofieio que remete por cópia verá V. Ex., que o referido Tenente coronel já se acha naquela cidade, povoação muito importante, e que muito poderia influir na sorte da guerra.

A comarca de Coritiba conserva-se leal, e que em grande parte é devido aos esforços do coronel Silva Machado, que muito me tem coadjuvado.

Tem aparecido a desconfiança no campo rebelde, tanto que o major Gavião, oficial bravo, de aguda inteligência, que os comandava em chefe, foi substituído pelo Tenente coronel Bento José de Moraes, muito inferior áquele, tendo por ajudante general um célebre Tenente de artilharia Daniel Gomes de Freitas, que, havendo sido ministro da guerra dos rebeldes da Bahia, fora anistiado com a condição de residir nesta província. Tem aparecido a deserção entre os rebeldes, e tem fugido d´eles perto de 200 homens nestes três últimos dias.

Uma parte de que o inimigo mandou para Tatuy e Itapetininga, afim de sublevar os povos daquele distrito, foi surpreendida pelo oficial que eu havia nomeado comandante militar daqueles pontos, o qual a desarmou, par os mesmos pontos enviei já armamento, carluxame e equipamento, e espero reunir neles alguma gente.

Deus guarde a V. Ex. Acampamento na Ponte dos Pinheiros, 8 de junho de 1842. - Illm. e Exm. Snr. José Clemente Pereira, ministro e secretário de estado dos negócios da guerra - O general, Barão de Caxias.

- Illm. e Exm. Snr. - No meu ofício datado de ontem , participei a V. Ex. o movimento que tinha mandado praticar sobre a cidade de Campinas, pelo Tenente coronel José Vicente de Amorim Bezerra, com 170 infantes e uma peça de três; e bem assim dos resultados que esperava obter por aquele lado; hoje cabe-me o prazer de anunciar a V. Ex. que ele acaba de ser coroado do mais feliz sucesso. A marcha do referido Tenente coronel foi executada com tanta presteza discernimento, que conseguiu chegar á dita cidade sem que tivesse sido pressentido dos rebeldes; e 24 horas depois, constando-lhe que eles se achavam a uma légua de distância, no ponto da Venda Grande, em número de 400, mandou ataca-los por 120 infantes e 100 cavaleiros, que em meia hora de combate conseguiram desaloja-los das posições fortes que ocupavam, retirando-se os mesmos rebeldes em completa debandada, tendo deixado em nosso poder sua artilharia, composta de duas peças de calibre três, toda a bagagem, munições, gado, cavalhada, correspondência com seus (ilegível), que remeterei a V. Ex.; 17 mortos e 15 prisioneiros, entre estes, seu chefe Antonio Joaquim Viana, tendo nós sofrido apenas a perda de dois soldados mortos e um capitão e 9 soldados levemente feridos.

(Ilegível) remeto a V. Ex., por cópia, o ofício que me dirigiu o supradito Tenente Coronel, pelo qual ficará V. Ex. ao fato das particularidades d´este combate.

Deus guarde a V. Ex. Acampamento na Ponte dos Pinheiros, 9 de junho de 1842. Illm. e Exm. Snr. José Clemente Pereira, ministro e secretário de estado dos negócios da guerra - Barão de Caxias, general em chefe.

- Illm. e Exm. Sr. - Em data de 5 do corrente tive a honra de oficiar a V. Ex. participando o estado d´esta província, agora pouco mais tenho que acrescentar. O general Barão de Caxias conserva ainda a mesma posição, e a força sob seu comando tem sido aumentada pela companhia de cavalaria e por 80 homens de infantaria chegados ultimamente d´essa côrte: amanhã marcha para o acampamento dos Pinheiros um dos batalhões provisórios de guardas nacionais de mais de 200 praças.

Como já fiz ciente a V. Ex., consta que os rebeldes estão mal armados e pior disciplinados; nem outra coisa se podia esperar de gente reunida (ilegível).

Esta cidade conserva-se tranquila e desassombrada dos receios que seus pacíficos habitantes tinham a princípio dos rebeldes; estes não encontram simpatias na população; e os poucos que lhes são afeiçoados, ou tem desaparecido, ou estão em silêncio.

Pelos demais lugares da província ha toda a vigilância, e as autoridades policiais cuidam em cumprir com os seus deveres. Na cidade de Campinas foi preso o cirurgião-mór Patrício da Silva Manso, que havia estado na freguesia da Limeira fomentando a rebelião.

Neste momento acabo de receber comunicações da cidade de Campinas, e me diz a juiz municipal que começam ali a manifestarem-se receios de insurreição na escravatura, e que na vila de Capivary já tem havido alguma cisa de sério a esse respeito: isso deve servir de freio a muita gente interessada pelos rebeldes, e alguns d´eles conspícuos no partido oficiaram ao mesmo juiz municipal oferecendo-se para o coadjuvarem na manutenção da ordem pública.

Deus guarde a V. Ex. Palácio do governo de São Paulo, 7 de junho de 1842, - Illm. e Exm. Sr. José Clemente Pereira - Barão de Mont´Alegre.

- Illm. e Exm. Snr. - Tenho a honra de transmitir a V. Ex. as cópias inclusas, pelas quais verá V. Ex. e servir-se-ha fazer chegar á augusta presença de S. (ilegível) o Imperador a notícia do primeiro triunfo que as armas imperiais obtiveram contra os rebeldes d´esta província, o que é devido ás prontas e sábias providências dadas oportunamente pelo general em chefe barão de Caxias. Espero que esta primeira vitória seja seguida de outras, e que a ordem e tranquilidade se restabelecerão brevemente neste país, sempre distinto no Brasil pelo amor e fidelidade de seus habitantes á sagrada pessoa do monarca, e que ora se vê arrastado aos horrores e calamidade da guerra civil, pela ambição desordenada, pela loucura e raiva de uns poucos indivíduos.

Comunicando a V. Ex. esta agradável notícia, sinto ter ao mesmo tempo de participar-lhe, que alguns lugares da primeira comarca agitam-se violentamente, que em as vila de Queluz e de Lorena rompeu a sedição, a qual ainda não reconheceu o presidente intruso e rebelde, mas tudo concorre a fazer acreditar que dará este passo a não ser reprimida pela força do batalhão de fuzileiros que V. Ex. mandou entrar pelo norte da província.

Na vila de Pindamonhangaba, cidade de Taubaté, e mais alguns pontos, é decidida a tendência para a rebelião. Pessoas da maior influência nessas paragens trabalham com furor para isso; muitas d´elas meteram-se com o coronel Rafael Tobias d´Aguiar a coadjuval-o eficazmente, como se prova pelas cartas d´este último apreendidas no campo dos rebeldes, batidos junto á cidade de Campinas, nas quais exige que cumpram as promessas de auxílio e cooperação que lhe fizeram: mas a gente que segue os rebeldes, os pontos que os reconhecerão, desanimarão quando lhes for evidente que é impossível resistir ás armas de Sua Majestade o Imperador.

Tenho finalmente a honra de anunciar a V. Ex. que recebi hoje o comunicações oficiais de Coritiba, e que esta comarca até o dia 2 do corrente estava tranquila, tendo tomado posse e entrado no exercício de suas funções as novas autoridades nomeadas em consequência da lei de 3 de dezembro de 1841.

Deus guarde a V. Ex. Palácio do Governo de São Paulo, 9 de junho de 1842, Illm. e Exm. Sr. José Clemente Pereira - Barão de Mont´Alegre. (Jornal do Commercio) [p. 2]

Jornal do Comércio - 10 de junho

São Paulo ? de junho - Consta-nos que, tendo começado a aparecer entre alguns dos principais comandantes da força rebelde estacionada na vizinhança d´esta capital certa rivalidade e divisão, que talvez seria muito fatal á sua causa, apressaram-se em dar disto imediatamente (ilegível) ao seu chefe Raphael Tobias d´Aguiar, o que o obrigou a deixar o seu palácio de Sorocaba, para vir, com sua presença, conciliar os ânimos e destruir essas rivalidades, e mesmo certo temor e desejo de deserção das suas bandeiras, que em muitos dos seus principais a manifestar-se.

Assevera-se pois que Raphael Tobias, tendo imediatamente partido de Sorocaba, acha-se agora, ou no acampamento rebelde, tratando de conciliar a uns, e animar a outros, e ainda iludir a alguns, que, mais conscienciosos, principiam a suspeitar da justiça da sua causa, ou então em algum ponto imediato d´onde possa com facilidade transmitir suas ordens aos mesmos rebeldes. Como porém não podia a cidade de Sorocaba permanecer em um chefe, que tivesse a necessária força para sustentar ali, durante a ausência de Tobias, os princípios da sedição proclamados, afirma-se, e podemos dizer com grande fundamento, que fôra pelo mesmo Raphael Tobias nomeado vice-presidente o senador Diogo Antonio Feijó. O fidelíssimo sustentador da constituição do estrado, e amigo de throus, que julga cato o Sr. D. Pedro II pelo ministério e conselho de estado, vai, cada vez que julga necessário aos seus interesses, assumindo as prerrogativas da corôa;




  


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