'Esquecido e em ruínas: G1 visita primeiro cemitério protestante do Brasil, Mayara Corrêa, G1 Sorocaba e Jundiaí, 01.11.2017 - 01/11/2017 Wildcard SSL Certificates
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
Registros (183)Cidades (0)Pessoas (0)Temas (0)


Esquecido e em ruínas: G1 visita primeiro cemitério protestante do Brasil, Mayara Corrêa, G1 Sorocaba e Jundiaí, 01.11.2017
    1 de novembro de 2017, quarta-feira
    Atualizado em 29/10/2025 22:09:35

  
  
  


O portal de alvenaria manchado pelo tempo já mostra o que o visitante vai encontrar ao cruzá-lo: mato alto, pedaços de construção, ruínas de aproximadamente 10 túmulos e um silêncio que só é quebrado pelo canto dos pássaros. Esta é a condição do primeiro cemitério protestante do Brasil, local que serviu de repouso derradeiro a estrangeiros, predominantemente suecos e ingleses, no início do século XIX.Por conta dos 500 anos da Reforma Protestante, comemorados na terça-feira (31), o G1 visitou o cemitério localizado no meio da Mata Atlântica, em Iperó, a 130 quilômetros da capital.O espaço, praticamente esquecido na história, poderia passar despercebido por aqueles que visitam a Floresta Nacional de Ipanema, não fossem duas placas cravadas na terra, uma em cada lado da área.Elas indicam que ali, entre o Morro Araçoiaba e o Rio Ipanema, foram sepultadas pessoas que não seguiam o catolicismo, religião dominante no país em 1811 - quando o espaço foi construído.Os protestantes, considerados hereges na época, não tinham autorização para serem enterrados em cemitérios convencionais, a fim de não passarem a eternidade perto daqueles que seguiam a Igreja Católica Apostólica Romana, como explica o jornalista e historiador Sérgio Coelho.Jonas Bergmann, um carpinteiro sueco, morreu de tuberculose e foi a primeira pessoa sepultada no campo, em um espaço atualmente cercado por árvores e espécies vistas normalmente em cemitérios, como cedros e ciprestes.Pela falta de informações no cemitério, resultado do tempo e de furtos que deixaram a área quase sem as características originais, não é possível precisar o ponto do jazigo de Jonas.No entanto, de acordo com uma das placas, os restos mortais dos estrangeiros foram transladados para seus países de origem no início do século XX.Nas duas únicas lápides com nomes visíveis há registros do enterro de Ottilie Hund Neumann, em 1866, e de Russini Ed. Adelaide, em 1881, cujo primeiro nome desapareceu com parte da pedra que levava a inscrição.Coelho afirma que não há registros sobre quantas pessoas foram enterradas no cemitério, mas acredita que o grupo de protestantes na região não era grande.“A não ser que posteriormente vieram outras levas de alemães, por exemplo. Se só podiam vir luteranos para cá [cemitério], é outra história, que é muito interessante, polemizada, e precisava ser melhor investigada para saber se existia uma capela aqui ou não, se aceitavam o sepultamento de católicos, pois o inverso não acontecia”, frisa.Após a morte de Jonas Bergmann, o então diretor da Real Fábrica de Ipanema, Carl Gustav Hedberg, transmitiu ao príncipe regente, Dom João VI, a dificuldade de encontrar um local para o sepultamento do sueco.

Enviada ao Marques de Alegrete, capitão general da capitania de São Paulo, a Carta Regia datada de 28 de agosto de 1811, e assinada pelo monarca, determinou a escolha de uma área para abrigar os restos mortais dos protestantes. Confira o trecho abaixo e a carta na íntegra aqui:

“Também vos encarrego a cuidar e que aí se estabeleça, e conserve em boa ordem um terreno, que sirva de cemitério aos ingleses e suecos, e em geral aos que não forem membros da Nossa Santa Religião, permitindo-lhes também que em suas casas particulares, e sem forma de igreja, possam reunir-se para o culto particular, que dirigem ao Ente Supremo, e no qual vigiareis, não possam jamais serem inquietados pelos habitantes do país, o que muito vos é recomendado. ”

Além de deixar claro que os protestantes teriam um local para o sepultamento, na mesma carta o monarca pede que o trabalho do grupo seja enaltecido, e afirma que o episódio da morte do carpinteiro causou um “horror” na população, que os via como hereges.TolerânciaPara o historiador de Sorocaba, o ato de Dom João VI foi histórico e generoso por ser um monarca católico, que poderia “desprezar os estrangeiros” mas, no entanto, criou um ambiente de amizade e ainda determinou que a população respeitasse a crença do grupo.Coelho destaca ainda que a relevância história do local deveria ser levada em conta para a preservação da memória de luta dos protestantes.



\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\19629icones.txt



Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
Data: 01/01/1895
Página 23


ID: 6224


Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
Data: 01/01/1998
Página 21


ID: 12455


Braz Cubas
Data: 01/01/1907
Créditos/Fonte: Francisco Corrêa de Almeida Moraes


ID: 12456



ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
28/02/1811 - Carta régia recomenda o estabelecimento de um cemitério, para suecos e ingleses, na Fazenda Ipanema. Seria o primeiro de Sorocaba
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.