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O esforço em "esclarecer fatos históricos mal-entendidos"
    19 de dezembro de 2014, sexta-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Seria Baltazar Fernandes, fundador de Sorocaba, um bravo herói bandeirante ou um matador de padre jesuíta? A partir dessa inquietação, o jornalista e historiador Sérgio Coelho de Oliveira escreveu o livro Baltazar Fernandes - culpado ou inocente? (editora TCM), que será lançado amanhã, às 19h30, na Fundec (rua Brigadeiro Tobias, 73, Centro). A noite de autógrafos é aberta a todos os interessados e o livro será vendido a R$ 25.Realizado com fomento da Lei de Incentivo à Cultura de Sorocaba (Linc), a obra de 144 páginas é o resumo de todo o esforço do autor, um repórter nato, em "esclarecer fatos históricos mal-entendidos" atribuídos ao fundador de Sorocaba: o mais surpreendente, publicado recentemente em jornal de circulação nacional, é que Fernandes teria assassinado o padre jesuíta argentino Diego de Alfaro. "Cinquenta por cento deste meu livro tem o propósito de resgatar a imagem do Baltazar em relação à morte do padre Alfaro. Os outros cinquenta por cento para contar aos sorocabanos quem foi o seu fundador. E foi um grande homem", diz.Diante de informações tão escassas relacionadas a Baltazar Fernandes - para se ter ideia não há registros de nascimento e morte -, Oliveira afirma que produzir a biografia do fundador de Sorocaba foi uma "aventura" em meio a uma mata quase fechada de informações desencontradas.Com prefácio do também jornalista e historiador Geraldo Bonadio, Baltazar Fernandes - culpado ou inocente? também é um convite para que os novos pesquisadores da história de Sorocaba respondam a outras tantas interrogações que ainda restam.Obviamente, sob o prisma contemporâneo dos direitos humanos, não há qualquer heroísmo no fato de os bandeirantes serem conhecidos por caçarem indígenas para transformá-los em escravos. Entretanto, como uma espécie de desagravo à memória de Baltazar, o autor pondera seus leitores para o relativismo cultural e, sobretudo, ao "momento histórico" vivido pelo fundador de Sorocaba. "Quanto a ser caçador de índios, é uma pecha já bastante antiga e dirigida a todos os bandeirantes. Trato dessa questão e me coloco ao lado dos que defendem tese de que não se deve julgar os acontecimentos do século 18 com conceitos do século 21. Até brinco no texto dizendo que se esse tipo de avaliação fosse válido, teríamos que condenar os nossos avós por pedofilia. Eles se casavam com meninas de 12 e 14 anos", defende. Confira a entrevista:Sérgio, o livro, como o próprio título sugere, parte da inquietação de definir se Baltazar Fernandes era um herói ou um caçador de índio e assassino - inclusive acusado de matar o padre jesuíta argentino Diego de Alfaro. Esse maniqueísmo em torno da figura de Baltazar se deve à escassez de registros e documentos históricos?A elaboração da biografia de Baltazar Fernandes era uma necessidade histórica - um homem da sua envergadura, da sua importância para a história de São Paulo colonial, o fundador de uma cidade do porte de Sorocaba, não tinha ainda uma história intensa, na proporção de sua vida e de seus feitos. O momento para se escrever essa história foi a publicação de informações, ou melhor, desinformações na imprensa e na mídia eletrônica, tratando-o de assassino de padre. Ao invés de aceitá-las, fui apurá-las - coisa de velho repórter. E cheguei à conclusão, à luz de documentos consistentes, que o padre Diego de Alfaro não foi assassinado; morreu num combate contra índios e bandeirantes paulistas, em Caaçapaguaçu. E Baltazar não estava presente nessa batalha, em que, diga-se de passagem, os paulistas foram derrotados.Esse maniqueísmo presente no pensamento dos sorocabanos foi o que motivou o senhor a escrever essa obra?Não acredito. A acusação nasceu de uma "barriga" de um jornalista, ao fazer a cobertura de uma mesa redonda sobre a importância dos judeus na formação de São Paulo. O que aconteceu,em seguida, que não é coisa de sorocabanos, foi uma exploração política e ideológica da descoberta por parte de uma pequena minoria. Para decepção deles, a informação é falsa.Ao contrário de Arigatô (2012), que conta a história da comunidade japonesa em Sorocaba e teve como base diversas atas e documentos da União Cultural e Esportiva Nipo-brasileira de Sorocaba (Ucens), imagino que nesse livro o senhor tenha encontrado grandes dificuldades em ter acesso a documentos relacionados a Baltazar. Quais caminhos o senhor percorreu para conseguir apurar as informações?Chegar onde eu cheguei na história de Baltazar foi uma aventura. As informações são poucas, muitas das que existem são desencontradas. Isso dá trabalho, mas também dá prazer, cada informação colhida soa como uma vitória, uma conquista. E tem muitas, como por exemplo um relato sobre Sorocaba e o mosteiro de São Bento, publicado em 1730 mais ou menos, definindo que Baltazar está sepultado junto ao altar da igreja de Santana do Mosteiro de São Bento. Quando o livro já estava pronto para ir para a gráfica, surgiu a notícia da descoberta, em Santana de Parnaíba, de um moinho de trigo que teria pertencido a Baltazar. Não podia deixar passar.Ainda sobre o processo de produção do livro, gostaria que o senhor desse detalhes sobre como ele foi feito.A elaboração de um livro como este parte de uma pauta, de um planejamento. Onde encontrar as informações, fontes primárias, como documentos e relatos da época, e a leitura de tudo quanto existe sobre o assunto. É uma grande reportagem. Nessa extensa investigação, estivemos na Provincia de Missiones, na Argentina, onde existe um museu em homenagem ao padre Diego de Alfaro e onde encontramos relatos jesuíticos sobre a morte do padre. Estivemos no Rio de Janeiro - Biblioteca Nacional - onde está guardado o maior de todos os documentos sobre o período em estudo. É a chamada Coleção de Ângelis, comprada pelo Brasil do historiador paraguaio Pedro de Angelis. Visitamos as missões do lado brasileiro (RGS) e do lado argentino, justamente para viver e sentir o clima do momento e a geografia de parte da história que iria narrar. Pesquisamos no Arquivo do Estado, em São Paulo, em Santana de Parnaíba e em Sorocaba, na casa do padre, que guarda muita informação. Posso garantir que trabalhei duro, gastei a sola do sapato, o celular, as teclas do meu computador e os neurônios. Sei que não encontrei tudo o que queria, mas fiz o suficiente para ter a paz da missão cumprida.A que o senhor atribui a ausência de registros sobre Baltazar Fernandes?Existe uma pobreza de informações sobre a vida de Baltazar. Não se sabe, com certeza, quando nasceu e nem quando morreu; nem onde se casou e nem quando chegou a Sorocaba. Estamos sempre diante de um "por volta de..." Historiadores mais antigos acreditam que muitos desses documentos que poderiam dizer muito da vida de Baltazar acabaram se perdendo ao longo dos últimos 400 anos. O que foi possível, nós fomos atrás. A minha esperança agora é que este meu trabalho suscite novos interesses, como melhores resultados.



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Assassino
Data: 18/12/2014
18/12/2014


ID: 4258



ME|NCIONADOS
ATUALIZAR!!!
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.