É possível que a vinda de Daniel Pedro Müller para São Paulo já fizesse parte dos objetivos do governador em nomeá-lo como lente da Aula de Desenho que cogitava estabelecer em 1804 para a formação de oficiais engenheiros. Todavia, essa iniciativa só se concretizaria em 1836 com a formação do Gabinete Topográfico[*8].Quando assumiu a direção do Gabinete, o engenheiro já possuía experiência na administração das obras na Província. Já em 1814, fora encarregado dos melhoramentos de uma das principais estradas da Província, a que ligava São Paulo a Sorocaba, onde se fazia o comércio de muares, e em 1822, ocupava o cargo de Inspetor Geral de estradas da Capitania, depois Província de São Paulo. Realizara também o famoso Ensaio Estatístico da Província de São Paulo[*9], de 1836, um amplo panorama da Província incluindo conhecimentos sobre a sua extensão, a descrição do seu território, em particular de sua administração, população, comércio, indústria, produção, clima, finanças, justiça e geografia. [1]
É incrível que até então (1814) não se tenha registrado, na história daCapitania, onde chegara em 1802, nada sobre esse valoroso militar. Masacredita-se que o mesmo estivera em atividades desde a sua chegada. Em 1814,quando a história narra a sua atuação nas obras de melhoria da estrada paraSorocaba, já deveria estar nesse mister há muito tempo, dada a importância etamanho da tarefa. Cremos que quando esta obra da estrada para Sorocabachegou ao fim, ao dar uma melhor aparência ao local do início da mesma é quetenha vindo a idéia de construir o que veio a se chamar de “a Pirâmide doPiques”. É forçoso demorar nosso pensamento nessa manifestação. Muitoshistoriadores não vêm significado no monumento, chegando a dizer que era “aprimeira obra inútil”, cuja “função não dizia respeito a nenhum aspecto práticoda vida” (Nota 10). Injustiça maior não poderia haver; juízo de quem nãoreparou no significado que o monumento representa: um marco de renascimento,do impulso que estava se iniciando na história da Província. Conta-se que juntoao monumento havia originalmente uma inscrição feita no lajeado e que, com asseguidas reformas posteriores que se passaram no local, fora apagada e dizia:”Ao zelo do bem público – Anno de 1814”. Palavras mais que significativas, devalor perene, vindo do próprio poder público. É de se notar que após tantos anosde governo nomeado pelo Poder Real, com governadores saídos do meio nobre,um triunvirato formado por pessoal do segundo escalão, tenha dado impulso emobras fundamentais, inaugurando uma nova era na história da Capitania de SãoPaulo e, ainda, deixando um marco físico, bem no centro da Capital Paulista. Efazendo surgir do anonimato, uma figura de tão produtiva como Daniel PedroMüller que até então nem sequer fora citado. Um sinal significativo e perenecomo tem sido.Analisando, de melhor forma, a genial aquarela de J. Wash Rodrigues,apresentada abaixo, nota-se: I) O “Paredão do Piques”, obra que até hoje semantém firme, como muro de arrimo da rua Xavier de Toledo, início da av. daConsolação, onde havia uma escarpa que impossibilitava o acesso àquela via dequem vinha da parte alta da cidade. Dizem os historiadores que essa escarpa éque deu o nome de Piques, ao local. II) O próprio Obelisco do Piques; III) Ochafariz do Piques, que aproveitava as águas dos córregos Saracura e Bexiga,sobre os quais foi construída, à montante, a av. Nove de Julho, já estando estes,então, canalizados. IV) A saída de dois caminhos: à esquerda, a estrada quelevava à Sorocaba, hoje rua Quirino de Andrade e, à direita, a Ladeira daMemória, existente até hoje, neste lugar memorável. O citado chafariz abasteciade água tanto às tropas que vinham de Sorocaba, quanto aos viajantes quepartiam de São Paulo para o interior. O Largo do Piques era um ponto deaglomeração comercial e vivencial, na época [2]
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.