25 de outubro de 1745, segunda-feira Atualizado em 30/10/2025 07:49:15
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InícioVOCÊ ESTÁ EM INÍCIO > REVOLTASVOLTAREm meados do século XVIII, alguns motins agitaram a Capitania do Caeté, na região entre a vila Souza e o aldeamento de São João Baptista, ambos à margem direita do rio Caeté. A principal dessas revoltas, a Sublevação do Caeté, ocorreu em 1741 e ficou marcada pela expulsão de padres jesuítas por moradores e autoridades locais.Tudo teria começado quando o loco-tenente Manoel Ferreira e um grupo armado se dirigiram até o terreiro da Igreja do Aldeamento com o objetivo de prender o índio Principal da missão – cargo administrativo ocupado por chefes indígenas e instituído pela coroa lusitana na Amazônia portuguesa. Cercando-o à porta da Igreja, o loco-tenente pediu ao índio Clemente Cardoso que passasse sua patente de Principal a Miguel Acará, índio aliado às autoridades militares, e que além disso nomeasse Francisco da Silva – vereador e líder que convocou os moradores a expulsarem os padres missionários – para o cargo de Procurador dos índios. A ação provocou reação dos índios aldeados.A resistência à pressão logo se instaurou. Os índios não só não reconheciam Miguel Acará como seu representante como também os padres não viam legitimidade na troca por considerarem que Clemente Cardoso “herdou aquele governo de pais, e avós, como os índios são tais que não querem conhecer superioridade” como consta na carta de 25 de outubro de 1745 do provincial da Companhia de Jesus de Belém do Pará, padre José de Sousa (AHU, Pará, Caixa 28, doc. 2632). Na disputa pelo cargo, tanto o aliado dos jesuítas quanto o aliado dos moradores demonstram que os indígenas estavam presentes nos jogos de poder locais.No desenrolar desses episódios, Francisco da Silva acabou tornando-se procurador do povo, e foi o principal reivindicador das queixas e “clamores” dos moradores à câmara da vila. Na noite do dia 23 de novembro, ele convocou filhos, genros e alguns moradores para expulsar os jesuítas Bernardo de Aguiar e Miguel Pereira, responsáveis pela missão e alvo das contestações locais. Deixando a casa cercada sob insultos dos moradores.Feita a expulsão dos principais nomes que não atendiam às demandas dos moradores nas repartições, os colonos consolidaram a estratégia de usar a força de trabalho indígena sem o controle da administração jesuítica, juridicamente estabelecido pelo Regimento das Missões de 1686. A partir dos autos de devassa feitos pelo ouvidor do Maranhão, Francisco Raimundo de Moraes Pereira, é possível acompanhar os desfechos da sublevação do Caeté de 1741, o crime de “assuada” e os sindicantes acusados. Manoel Ferreira foi considerado o principal mentor da expulsão, juntamente com o vigário da vila, Francisco Dias Lima. O capitão-mor Felix Joaquim foi tirado da sua residência antes mesmo que se realizasse a devassa; foi preso e enviado para Portugal em 1749. Quanto aos vereadores e moradores envolvidos nos conflitos, como Francisco da Silva, Domingos Borges e José Quinterio da Costa, foram presos na cadeia da cidade de São Luís no Maranhão.Por fim, descobre-se então que as queixas foram forjadas e os principais autores foram o capitão-mor e o loco-tenente Manoel Ferreira. Assim se dava o jogo multifacetado entre índios principais, autoridades militares, moradores, jesuítas e índios aldeados pelo trabalho dos indígenas, o então “motor” da história da Amazônia colonial.Conheça mais sobre essa revolta e seu contexto no tema em debate “Assuadas na Amazônia colonial" historia.uff.br/impressoesrebeldes/?temas=assuadas-no-norte-setecentista
(Texto elaborado com a contribuição do historiador Leonardo Augusto Ramos Silva, da UFPA)A SUBLEVAÇÃO DO CAETÉ - ALDEAMENTO DE SÃO JOÃO BAPTISTA, MARANHÃO E GRÃO PARÁDOCUMENTOS DESTA REVOLTANão há conteúdo disponível.
[29747] RAMOS SILVA, Leonardo Augusto. Entre conflitos e tramas: protagonismos indígenas na Sublevação do Caeté (1736 – 1749). Monografia, Faculdade de História, Universidade Federal do Pará, Bragança, 2018. 129 f. 01/01/2018
ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.