| Falecimento de Augusto Carlos Eugênio Napoleão de Beauharnais | | 28 de março de 1835, sábado Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Augusto Carlos Eugênio Napoleão de Beauharnais (em francês: Auguste Charles Eugène Napoléon de Beauharnais; Milão, 9 de dezembro de 1810 – Lisboa, 28 de março de 1835) foAugusto morreu em 28 de março de 1835, no Palácio das Necessidades, em Lisboa, ao cabo de escassos dois meses de casamento e sem ter chegado a engravidar a soberana.
Sua morte repentina e em tão pouca idade gerou grande distúrbio popular em Lisboa, pois corria o rumor de que o príncipe-consorte havia sido envenenado. Contudo, em carta enviada à duquesa Augusta Amélia, a antiga aia dos irmãos, Fanny Maucomble, descreveu a rápida evolução da doença de Augusto:
"... Parece-me que o Príncipe tinha começado a sofrer de uma ligeira dor de garganta sexta-feira dia 20. Não tinha dito nada, não dando importância ao facto. Infelizmente! Vós como eu, tínhamos conhecimento de como ele pouco cuidava da sua saúde ... Domingo saiu por volta das 7 horas para passear e disparar alguns tiros de carabina num pequeno parque ao redor da Ajuda. Fazia muito frio; pois neste país, na primavera as manhãs e as noites são frias e por isso perigosas.
Voltou para o almoço às 10 horas e não disse ainda nada do seu mal da laringe, que o estava atormentando. A 1 hora foi passear com a Rainha num lugar chamado Campo Grande, onde eram realizadas corridas a cavalo. Fazia calor, com um sol muito forte. Ficaram no carro aberto, no mesmo lugar por mais de uma hora a fim de observar as corridas. Ao regressar o Príncipe sofria ainda mais, mas jantou e desejou fazer uma partida de bilhar com a Rainha; no entanto foi obrigado a procurar a cama. Todo mundo o aconselhou de chamar um médico, mas não foi possível convencê-lo. O Conde Mejan e a Imperatriz o pregaram de colocar os pés na água e de lhe aplicar compressas de mostarda. Recusou. Finalmente na segunda-feira ele consentiu em falar com um médico. Este aplicou em primeiro lugar 24 sanguessugas à garganta ..."
"Após diversas outras tentativas e vendo nenhum êxito foram chamados outros médicos. O estado do paciente estava extremamente grave. A noite esteve calma, mas na manhã do dia 28 os médicos chamaram a Imperatriz a fim de inteirá-la de que, infelizmente, não existia mais alguma esperança e que preparasse o espírito da Rainha.""A Imperatriz providenciou um sacerdote que subministrou os Sacramentos, que recebeu ao meio-dia. Em seguida se despediu com grande coragem de todos, falou longamente com a Rainha e recomendou a mesma à Imperatriz. Pouco depois entrou em agonia e às 2 horas exalou o último suspiro nos braços da Rainha e da Imperatriz, que não o haviam deixado um momento.""O Príncipe deixou um grande pesar e ontem se realizaram grandes desordens na cidade, pois dizia-se que tinha sido envenenado. Isso obrigou a Imperatriz a mandar fazer, com grande precisão, uma autópsia por três médicos e convocou mais um doutor inglês, um francês e um espanhol, pedindo a opinião de cada um.Este exame vai provar aquilo que nós todos sabemos, de que a morte do jovem homem foi completamente natural e unicamente causada por não ter curado o mal em tempo. Encontraram a garganta, o esófago e o estômago terrivelmente inflamados... Antes de morrer o Príncipe disse a Mr. Billing que morria tranquilo, mas que estava muito triste de findar sem ter podido fazer alguma coisa pela felicidade da Rainha e de Portugal."
Bragança, Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e (1938). «O Duque de Santa Cruz - Contribuição à sua |
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. Petrópolis: Instituto Histórico de Petrópolis. Consultado em 11 de novembro de 2015
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