11 de julho de 1937, domingo Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Carlos Carvalho Cavalheiro (25.06.2021) - Na década de 1930 o fascismo crescia demasiadamente no mundo. Em Sorocaba a situação não era outra. Diversas organizações fascistas surgiram naquela década como a Legião Revolucionária, o Centro Operário Católico, o Partido Nacional Fascista, a Opera Nazionale Dopolavoro, a Falange Nacionalista, a Ação Integralista Brasileira.
Na mesma proporção, surgiram grupos antifascistas na cidade como o Centro Cívico Pró-Democracia, a Aliança Nacional Libertadora, o Centro Republicano Hespanhol, a União Democrática Brasileira e a União Democrática Trabalhista.
O evento que marca o auge da resistência ao fascismo em Sorocaba ocorreu no dia 11 de julho de 1937, quando a Praça Coronel Fernando Prestes foi tomada por populares, liberais, anarquistas, comunistas, socialistas que impediram a realização de um comício integralista em que seria o orador principal Miguel Reale Junior.
Em depoimento do sr. Antonio, no livro “Memória e Sociedade – Lembrança de velhos”, de Ecléa Bosi, o fato é narrado desta maneira: “Por ocasião da vinda a Sorocaba de Miguel Reale, que foi uma das mais importantes personalidades do integralismo, aconteceu um episódio interessante.
Nós estávamos reunidos em nossa sede, um salão muito grande, duzentos a trezentos integralistas à espera da conferência dele. A conferência seria irradiada com alto-falantes para a praça.
Na praça estavam os comunistas; eles foram buscar caminhões e caminhões de seus adeptos na fábrica Votorantim e outros locais, porque um dos maiores centros comunistas do país era Sorocaba. Eles queriam impedir, com altos gritos e ameaças, que Reale falasse. Por diversas vezes ele tentou falar mas gritavam e vaiavam”.
Os jornais da época acusam que o conflito foi mais intenso e que houve até disparos de revólveres. O delegado de polícia interveio encerrando o comício integralista. Um popular foi preso por dizer “vivas à liberal democracia”.
Pela primeira vez, em Sorocaba, uma ação fascista foi firmemente combatida. Por esse motivo, o dia 11 de julho representa o dia municipal da luta contra o antifascismo.
Em junho de 2017, também pela primeira vez, comemorou-se o aniversário de 80 anos desse acontecimento com evento que rememorou também os 100 anos da primeira Greve Geral do Brasil, iniciada em São Paulo e que atingiu cidades do interior como Jundiaí, Campinas e Sorocaba. [Centro de Memória Operária]
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