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Como nasceu o KKKK da geração Z e por que emoji de risada é coisa de gente velha
    20 de fevereiro de 1884, quarta-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Onomatopeia da gargalhada existe pelo menos desde 1830, quando escritor José de Alencar registrou um "kkkkk" mais primitivo. Sua celebração pelos adolescentes de hoje coincide com declínio do emoji de riso chorando em todo o mundo.

A guerra geracional entre os Z e os millennials que bombou entre os americanos no início do ano chegou à internet brasileira na semana passada, depois de um tuíte sobre o assunto viralizar.

Os nascidos após 1996 deixaram claro o que acham dos adultos dos anos de 1981 a 1996: se tomam café da manhã, reclamam dos boletos a pagar, usam calça skinny e emoji genérico para rir, a vergonha é grande.

Se também tivessem gargalhado, os adolescentes de agora teriam rido apenas KKKKKKKKKKK. Ou teriam recorrido a outra forma corrente do riso: LIWAHDFIWAKHDWQ.

Sim, isso mesmo. Ligue a caixa alta e sente a mão no teclado. O que sair é jogo. Esse tipo de risada altamente aleatória - uma subversão da onomatopeia, por que não? - denota mais graça ainda.

Emoji de risada, por outro lado, é coisa de gente velha. Mais ou menos quando o "nariz" em emoticons denunciava a idade do interlocutor. :-)

Arqueologia do KKKKKKKKKK

Tendência ou não, o "KKKKKKKK" não é novo. Aliás, é velhíssimo. Essa gargalhada - que quando lida em voz alta, deve soar como um gostoso "kakakakaka" - é usada pelo brasileiro há pelo menos mais de 150 anos. Mas era algo mais para os vagarosos "cá cá cá", "quiá quiá quiá" ou "quá quá quá".

Temos algumas evidências disso.

A primeira está em "Til", romance regionalista de José de Alencar (1829-1877) publicado em 1872 que se passa em uma fazenda no interior de São Paulo. O livro conta a história de Berta, uma menina acolhida pela viúva Nhá Tudinha.

Em um trecho, Nhá Tudinha aparece "debulhando-se em uma risada gostosa". "Não fazia a menina um trejeito, nem dizia uma facécia, que a viúva não se desfizesse em gargalhadas."

"— Ai, menina!... Quiá!... quiá!... quiá!... Já se viu, que ladroninha?...", diz um trecho.

Uma rápida busca no acervo de jornais mostra a gargalhada na "Secção Livre", onde eram publicados comentários, discussões religiosas ou políticas e casos pessoais na Província de São Paulo, jornal que antecedeu o Estado de S. Paulo. O texto é do dia 20 de fevereiro de 1884:

"O mió de tudo nhô dotô é mecê se calá e não buli nessas vergonha (...) Quiá, quiá, quiá, cá, cá, cá!!!", diz o comentário que faz troça de um caso polêmico com uma advogado no interior paulista.

No mesmo ano, Machado de Assis (1839-1908) registrava o riso "cá cá cá" no conto "A Segunda Vida": "Então, o Diabo, escancarando uma formidável gargalhada: `José Maria, são os teus vinte anos`. Era uma gargalhada assim: — cá, cá, cá, cá, cá... José Maria ria à solta, ria de um modo estridente e diabólico."

Monteiro Lobato (1882-1948) também colocou a onomatopeia na boca de personagens em dois contos de "Urupês". O livro, de 1918, é notório por ter dado origem ao icônico Jeca Tatu.

"Toda gente gozou do caso, entre espirros de riso e galhofa", diz um trecho do conto "Um Suplício Moderno", sobre o personagem Izé Biriba, um pobre estafeta (espécie de carteiro), que fazia correspondência entre cidades não conectadas por ferrovia.

Biriba se lamenta por haver transportado um bode para só depois descobrir que era para um inimigo seu, e é alvo de risos. "Trazer o bode da oposição! Quiá! quiá! quiá!", ele ouve de interlocutores.

Na Folha da Manhã, uma crônica chamada "Um Homem que Ri", publicada em 1926, diz o seguinte: "Quem foi o tolo que afirmou que a humanidade deve meditar e crer, chorar e sonhar? Que patetice é essa, em pleno século XX? A humanidade só deve rir. A vida, no fundo, não passa de uma grossa piada. Quá, quá quá!"

Ok, já deu para entender. O "quá quá quá" era a maneira corrente de expressar riso.

E um dos espaços onde estava presente é terreno fértil para onomatopeias no Brasil e no mundo: as histórias em quadrinho.

Pow, crash, bang

"Os quadrinhos têm o visual e o textual ao mesmo tempo. Como há uma tentativa de representar a fala, trazem gargalhadas, variantes, gírias, expressões do cotidiano e erros do ponto de vista da gramática.

É escrito, mas ao mesmo tempo, representa a fala", explica Nataniel Gomes, professor de linguística da Universidade Estadual de Mato Grosso de Sul (UEMS) e líder do núcleo de pesquisa em quadrinhos da instituição (NuPeQ).

E a internet tem essas mesmas características da linguagem de quadrinhos. "Online, você tem uma rapidez muito grande para escrever, então a tendência é escrever mais ou menos como se fala, como nos quadrinhos."

As HQs são repletas de onomatopeias (pense no "pow", "crash", "bang" do Batman) e as risadas online são justamente isso, onomatopeias - uma tentativa de reproduzir som e ruídos usando letras ou palavras.

E elas se popularizaram a partir do momento em que os quadrinhos passam a ganhar balões de fala (literalmente aqueles balõezinhos onde ficam os diálogos) no início do século 20, diz Gomes.

É assim que o "quá quá quá", já presente pelo menos em alguns textos, como vimos acima, começa a se popularizar de fato no Brasil nos anos 1960 e 1970, sugere o jornalista e pesquisador de histórias em quadrinhos Gonçalo Junior.

Isso porque foi nessa época que os gibis da Disney, traduzidos para o português, foram publicados no Brasil. E neles havia um importante personagem que ria "quá quá quá".

Pato Donald

Em 1931, o famoso Mickey Mouse ganha um amigo: Pato Donald, uma criação de Walt Disney. Na década seguinte, essa criação se desdobraria em todo um maravilhoso universo de patos criados pelo talentoso ilustrador Carl Barks.

Seus quadrinhos dão origem a Patópolis, no Estado fictício de Calisota (uma junção de Califórnia com Minnesota), onde viviam Pato Donald, o sovina tio Patinhas, o primo sortudo Gastão, os Irmãos Metralha, os sobrinhos trigêmeos Huguinho, Zezinho e Luisinho, entre outros.

Em inglês, esses patos riem apenas "ha ha ha". E havia também o "quack", a típica onomatopeia para o grasnar de pato na língua inglesa que nos gibis americanos representava espanto, equivalente a um "uau" ou "puxa" em português.

Na tradução para português, você já imagina: "ha ha ha" virou "quá quá quá".

"A gente puxou a risada para o quá quá quá, que é muito divertido, que é ao mesmo tempo o som do pato e o som da risada", diverte-se Marcelo Alencar, jornalista, editor e tradutor de quadrinhos Disney.

"O quá quá quá era um jeito `patoso` de adaptar o `quiá, quiá, quiá` dos nossos velhinhos, aquela proto gargalhada."

Ou seja, naquele mundo dos patos, que chegaram a vender 200 mil exemplares por edição nos anos 1970 e 1980 no Brasil, segundo Alencar, todos riam "quá quá quá".

"O quá quá quá acabou pegando por causa disso, é aquela risada que você não segura, dá vontade de rir alto. Que é o mesmo som do kkkk", afirma.

E pegou mesmo.

Nas décadas seguintes, textos de jornais são repletos de "quá quá quá", principalmente os humorísticos.

Elis Regina gargalha e canta "quaquaraquaqua, quem riu?, quaquaquaraquaqua, fui eu" em "Vou Deitar e Rolar (Qua Qua Ra Qua Qua)", composta por Baden Powell e Paulo César Pinheiro em 1970.

O "quá quá quá" ainda resiste e aparece forte nos anos 1980, 1990 e no início dos anos 2000.

E é bem aí, no final dos anos 1990 para a virada do século, quando o "quá quá quá" começa a desaparecer, que o "kkkkk" dá as caras. Na internet, claro.

Especialista em redes sociais e professora da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Raquel Recuero lembra que, nos anos 1990, as onomatopeias de riso tinham "o estilo dos quadrinhos como hahaah ou hahahHAHAHAHAahaha ou HCUFHAIUHIUEF (digitando várias letras com hahhahaha)".

"E bem no início, muita gente usava o RS RS RS", lembra ela.

"O kkkk começou a aparecer mais depois", no início dos 2000.

E como ocorre o pulo entre "quá quá quá" e "kkkkk"?

"No chat, escrevemos com muita rapidez, comemos acento, reduzimos tudo o que podemos para ganhar tempo", observa Gomes, da UEMS. Se um k representa um quá, por que não?

"Qual é mais fácil ou mais rápido: escrever q-u-a, q-u-a, q-u-a, ainda com acento, ou escrever só kkkk? É só botar o dedo que a letra corre", diz Gonçalo Junior.

Naquela época, o kkkk surgiu primeiro como risada normal entre os adultos que a adotaram.

Nos anos seguintes, parte dos jovens, no entanto, passou a considerar essa risada cringe (ou vergonha alheia, como se dizia).

Mas logo se apropriou dela, passando a fazer um uso irônico. E, bem, isso acabou naturalizando o "kkkkkk", que hoje, com mais de 20 anos, já completa um ciclo e não é mais visto necessariamente com ironia.

Ascensão e queda de um emoji

Corta para os adolescentes de agora, de 2021. Rir só "kkkkkkkk", para eles, não é o suficiente, e pode ofender o interlocutor por ser "sutil" demais. Para demonstrar riso mesmo, gargalhada, e não ironia, tem que ser "KKKKKKKKKKKK", em caixa alta.

E nunca, jamais, o emoji "Face with Tears of Joy" , conhecido informalmente como laughing crying emoji (emoji chorando de rir). Esse é totalmente cringe e entrou em desuso entre os adolescentes.

Aqui, uma curiosidade: os emojis, diz o jornalista Gonçalo Junior, também têm origem nos quadrinhos. São praticamente "rosto de quadrinhos", afirma. "As expressões de raiva, de olho fechado, piscadela, a sobrancelha levantada... Isso tudo foi desenvolvido para representar expressões de sentimento nos gibis", diz ele.

Voltando ao emoji chorando de rir: essa expressão se tornou seu próprio algoz. Ela foi a mais popular no Twitter entre todos os emojis durante vários anos monitorados pelo Emojipedia, um site que documenta o significado de emojis. Mas atingiu seu pico em junho de 2019, e desde então vinha caindo lentamente em popularidade.

"O emoji virou o novo `rs`. Foi tão onipresente, espalhado por todas as partes, que perdeu o sentido e saiu de moda", diz à BBC News Brasil Keith Broni, pesquisador e tradutor de emojis do Emojipedia.

"Ele perdeu seu poder como uma expressão emocional genuína." E, assim, a geração Z decidiu que seus dias estavam contados.

"Em março de 2021, pela primeira vez, em anos e anos de uso de emojis na cultura ocidental, o chorando de rir ficou fora do pódio", diz Broni.

E quem subiu para ocupar seu lugar foi o loudly crying face emoji, o chorando alto.

Claro, porque há mais de um ano vivemos uma pandemia e todos estamos muito tristes, não?

Não.

Surpreendentemente (ao menos para os velhos não geração Z), o choro alto se tornou a nova gargalhada.

"O emoji de choro alto, com cachoeiras de lágrimas, está sendo usado não porque as pessoas estão tristes, mas porque passou a representar a risada", diz Broni. A geração Z adotou esse emoji para expressar algo positivo - fazendo uso, novamente, do drama exacerbado. É o equivalente à caixa alta no KKKKKKK.

Enquanto isso, se for usado pelos Z, o emoji chorando de rir tem mais um tom de ironia.

Há outra alternativa - esta, surgida em comentários no TikTok. O emoji da caveira virou uma versão visual da expressão "estou morto" ou "morri", dito quando algo é muito engraçado. Basicamente, a geração Z se apropriou do emoji e lhe deu um novo significado.

"Eles usam emojis de maneira mais frívola e irônica, para definir sua geração e separá-la da que veio antes", diz o pesquisador de emojis.

Entre o quá quá quá, os subsequentes kkkkk e KKKKK e a ascensão e queda de emojis, o que estamos vendo, simplesmente, é a "velha passagem da tocha entre gerações", segundo Broni.

"O que é legal para uma geração não é legal para a próxima, e isso é natural." Pelo menos, estamos todos rindo.



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ME|NCIONADOS
ATUALIZAR!!!
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.