Carimbo de Antônio Affonso de Carvalho, Presidente da Província de Minas Gerais
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Essa é a Dona Maria do Carmo Gerônimo, a última escrava do Brasil. Ela nasceu em Carmos de Minas, a 5 de Março de 1871, poucos meses antes da aprovação da Lei do Ventre Livre, e morreu em 14 de Junho de 2000, aos 129 anos de idade.
Ela foi escrava até os 17 anos, sendo libertada quando Sua Alteza Imperial a Princesa Isabel sancionou a Lei Áurea, em 13 de Maio de 1888. A partir de então, Dona Maria trabalhou por 60 anos como empregada doméstica para o historiador Dr. José Armelim Bernardo Guimarães. Em 1997 ela participou de uma missa rezada por Sua Santidade o Papa São João Paulo II no Rio de Janeiro. Ela é oficialmente reconhecida pelo RankBrasil, entidade estatal responsável pela realização de rankings nacionais, como a segunda brasileira mais velha da história e a última cidadã brasileira a ter sido legalmente escravizada. O documento utilizado como prova de sua idade foi sua certidão de batismo na Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, na cidade de Campanha, datada de 21 de Março de 1871, com o carimbo de Antônio Affonso de Carvalho, Presidente da Província de Minas Gerais entre 27 de Outubro de 1870 e 21 de Abril de 1871. Bem debilitada, ela parou de falar dois anos antes de sua morte que se deu no ano de 2000. Dias antes de seu falecimento, chamou uma funcionária da casa onde vivia e balbuciou baixinho uma frase: "Viva Isabel Redentora".
Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*