| Falece, em itu, aos 55 anos de idade, o Pe. Jesuíno do Monte Carmelo | | 2 de junho de 1819, quarta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Filho e neto de escrava, mulato, foi influenciado pelo barroco europeu. Deixou produção artística em Santos, São Paulo e Itu.
A sua biografia foi estudada por Mário de Andrade, na década de 1940, para o então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual IPHAN).
A sua obra pode ser dividida em três fases. Na primeira, ainda em Santos, como artesão, aprendeu o preparo das tintas, durante os trabalhos na Igreja do Carmo em Itu. Nessas pinturas, criou, para mulatos e negros, um lugar de igualdade no reino dos Céus.
Após enviuvar, na Igreja do Carmo de São Paulo, alcançou refinamento artístico, tendo feito os estudos para ser padre.
A última fase de sua obra é posterior à tentativa de ingressar na Ordem do Carmo, o que lhe foi negado, devido à ascendência africana.
Em que pese a Venerável Ordem Terceira do Monte Carmelo da Vila de Itu, consciente das virtudes do artista, ter impetrado o pedido de um breve a favor do mesmo junto à Santa Sé, que determinasse admitir o padre Jesuíno do Monte Carmelo, o breve jamais foi expedido ou foi negado.
Afirmando a ascendência de seus filhos, por parte da mãe, da família Godói, e por parte de pai, da família Gusmão, acabou por retratar o rosto deles em seus santos, tendo inclusive pintado um anjo mulato.
No fim de sua vida, concebeu, junto com outros sacerdotes, inclusive seus filhos, já ordenados, aquele que foi o seu maior projeto: a Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio de Itu.
Para materializá-lo, esmolou, como mendicante tendo ido à Corte no Rio de Janeiro, para conseguir levantar fundos.
A seu respeito, o historiador Octávio Tarquínio de Sousa comentou:
Singular vida a desse mulato de Santos! Sobrinho-bisneto, pelo lado materno, de Alexandre e Bartolomeu de Gusmão, com dons artísticos pouco comuns, pintor e arquiteto, casou-se em Itu, teve cinco filhos, e, enviuvando, fez-se padre.
Antes e depois de ordenar-se, pintou várias igrejas da vila, traçou o plano e construiu quase até o fim a de Nossa Senhora do Patrocínio. Além disso, compôs músicas sacras.
Mais do que tudo, porém, tinha aquela bondade contagiosa que tão fundo tocou o temperamento algo ríspido de Feijó e soube atrair tantas outras almas inquietas e enfaradas do quotidiano. (in: História dos Fundadores do Império do Brasil, vol. VII)
Casou-se com Maria Francisca, branca, de ascendência portuguesa. Dois de seus filhos foram padres: Elias do Monte Carmelo e Simão Stock do Monte Carmelo e faziam parte da congregação do Patrocínio.
Elias foi fundador de hospitais e recolhimentos, em vida ativa.
Os ´padres do Patrocínio´ como eram chamados, não eram uma ordem ou congregação religiosa canônicamente organizada, com existência autorizada pela Igreja, mas uma simples sociedade de clérigos seculares que se reuniam para aprofundar a prática das doutrinas cristãs, trocando conselhos e edificando-se reciprocamente pelos exemplos de uma vida de grande pureza.
Rezavam o ofício em comum, observavam rigorosa austeridade de costumes. Nos exercícios, era o padre Feijó um dos mais assíduos.
À época, Itu se chamou, com ênfase, de Roma brasileira e o cônego Fernandes Pinheiro não temeu falar de Porto Real de Itu (in: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo 32, 2º («Os Padres do Patrocínio ou o Porto Real de Itu»).
A Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, tomo 25, pg. 80, publica a «Oração fúnebre feita pelo Padre Diogo Antônio Feijó no segundo aniversário da morte do Padre Jesuíno do Monte Carmelo» em que diz:
Na verdade, senhores, um não sei quê tinha aquele semblante de amável e lisonjeiro que atraía, cativava e docemente arrebatava os que o ouviam.
Eu mesmo à primeira vista senti os encantos deste encanto; eu não me fartava de vê-lo, de ouvi-lo, de estar em sua companhia; eu contava por uma felicidade ter parte em seu coração: este fenômeno raro não foi encontro de amor ou inclinação, foi uma necessidade de admirar, de amar a inocência e a virtude.
Pelo Padre Jesuíno, com efeito, Feijó tinha transformado radicalmente sua vida, transferindo residência de São Carlos para Itu, com o maior fervor, em ânsia de perfeição moral. Tornou-se ali o confessor do padre Jesuíno.
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
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