'Primeiro vôo planado teria ocorrido no Brasil por José Raymundo, o Voador da Fazenda da Serra do Córrego do Queijo - 08/12/1913 Wildcard SSL Certificates
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Primeiro vôo planado teria ocorrido no Brasil por José Raymundo, o Voador da Fazenda da Serra do Córrego do Queijo
    8 de dezembro de 1913, segunda-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Desde os primórdios da humanidade, o homem ansiava por ser capaz de voar como os pássaros. O desejo de voar está presente na humanidade provavelmente desde o dia em que o homem pré-histórico passou a observar o voo dos pássaros e de outros animais voadores.

Ao longo da história há vários registros de tentativas mal sucedidas de voos. Os primeiros tentaram voar imitando pássaros: usar um par de asas, colocando-os nos braços e balançando-os. Imitava-se exatamente o que faziam os pássaros: bater asas para cima e para trás.

Até o século 19, todas as tentativas de voar feitas pelo homem resultaram em fracasso, quando não em morte.

O primeiro registro documentado dessas tentativas ocorreu na Europa, quando Jean-Marie Le Bris efetuou um voo em 1856. Outro planador foi construído por Wilhelm Kress em 1877, em Viena.

O alemão Otto Lilienthal continuou com o trabalho de Wenham, tendo-o melhorado bastante por volta de 1874, e publicou toda sua pesquisa em 1889. Otto Lilienthal também produziu uma série de planadores de qualidade, e em 1891 Lilienthal foi capaz de fazer voos sustentados por mais de 25 metros consistentemente, ao contrário de antigas tentativas que apresentavam resultados instáveis.

Lilienthal rigorosamente documentou todo seu trabalho através inclusive de fotografias e, por esta razão, Lilienthal é o mais conhecido dos antigos pioneiros da aviação.

Mas, de acordo com uma matéria publicada em um importante jornal do Rio de Janeiro do início do século 20, o verdadeiro pai do voo planado teria sido um brasileiro - o primeiro em todo o mundo que voou em sua máquina, em 1853, em voo controlado por cerca de duzentos metros.

Ele se chamava José Raymundo da Silva Pinto, morador da Fazenda da Serra do Córrego do Queijo, no então município de Rio Preto, Minas Gerais, e teria inaugurado a locomoção aérea no mundo, estabelecendo-se como o primeiro homem que se levantou do solo e progressou nos ares, em um pássaro mecânico, mediante esforço muscular.

José Raymundo ‘Voador’

Findava o ano de 1913 quando o tenente Mello Mattoso recebeu uma correspondência inusitada vinda do interior, narrando uma história por demais interessante, ocorrida havia sessenta anos.

Colunista de um dos principais jornais do país, especializado em aviação, com autoridade afirmou se tratar de “um grande facto histórico”, sugerindo que “depois de averiguado por uma comissão oficial, ou pela imprensa”, o personagem ao qual se referia aquela carta deveria ser considerado “mais um padrão de glória nacional”, e que “Belo Horizonte deveria levantar uma estátua ao ‘Voador’”, um mineiro do Vale do Rio Preto!

O personagem se chamava José Raymundo da Silva Pinto, um fazendeiro, sem instrução, que lia e escrevia mal. Homem já maduro, casado e pai de vários filhos, morava na Fazenda da Serra do Córrego do Queijo, na freguesia do Barreado, município de Rio Preto (hoje Santa Bárbara do Monte Verde).

Foi nos primeiros anos da década de 1850 que esse simples lavrador inventou um par de asas, inspirado nos pássaros, e “andou primeiro fazendo uns voozinhos de experiência” em sua propriedade rural.

Rapidamente a notícia do homem que sabia voar com um pássaro mecânico, espalhou-se pelas redondezas, e o senhor José Raymundo passou a ser conhecido no povoado do Barreado e adjacências pela alcunha de “Voador”.

Depois de se capacitar e julgar preparado, convencido de que poderia mesmo voar, decidiu se aventurar. Tempos depois de enviuvar, em uma bela manhã de sol, galgou as escadas do sobrado sede da fazenda e despediu-se da família. Disse-lhes:

“_ Vou para o Rio de Janeiro, voando pelos ares. Ou então fazer uma visita para a mulher, no céu!”

Depois que se despediu de todos os presentes, o “Voador”, muito senhor de si, atirou-se da varanda da casa, aos ares, munido do par de asas por ele fabricado, que manobrava com maestria, ao modo dos pássaros.

Mas, logo no início da longínqua expedição projetada, “quebrou-se o machinismo: e o nosso infeliz, mas desde então celebre patrício, foi cair junto a um moinho, a uns duzentos metros do sobrado”.

Na queda, o senhor José Raymundo “Voador” teve uma das pernas fraturada. “Consta a tradição que um dos pretos que acudiram a levantá-lo, disse-lhe ao ouvido, com uma intuição de perito aeronauta:

_ ‘Si nhonhô não tivesse voado como tico-tico sem rabo, não teria caído!’”

Segundo o entendido tenente Mello Mattoso, “essa observação do preto faz crêr que o aparelho do ‘Voador’ era mais uma imitação da borboleta do que a do pássaro”.

Afirmou, ainda, o experimentado militar que, por meio desse voo de duzentos metros, o senhor José Raymundo da Silva Pinto teria sido o pioneiro a fazê-lo em todo o mundo:

“assim se teria inaugurado a locomoção aérea”, estabelecendo-se o voador riopretano como “o primeiro homem que se levantou do solo e progressou nos ares, em um pássaro mecânico, mediante esforço muscular”.

“Que prazer não seria vermos estampada na Imprensa diária a photographia da gloriosa Fazenda da Serra do Córrego do Queijo!”, finaliza Mattoso.

Coincidentemente, não muito distante dali, do outro lado do rio Preto, no então município de Valença (hoje Rio das Flores), alguns anos depois seria batizado Alberto Santos Dumont, o primeiro no mundo a voar em um balão dirigível com motor a gasolina.

Rodrigo Magalhães, pesquisador e historiador riopretano



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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.