'Kennedy sugeriu intervir militarmente no Brasil para tirar Jango do poder - 07/10/1963 Wildcard SSL Certificates
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Kennedy sugeriu intervir militarmente no Brasil para tirar Jango do poder
    7 de outubro de 1963, segunda-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Exatamente 46 dias antes de ser assassinado com um tiro em Dallas, no Texas, o então presidente norte-americano John F. Kennedy discutiu na Casa Branca uma possível intervenção militar dos Estados Unidos no Brasil para depor o presidente João Goulart, conhecido como Jango.

A informação é do jornalista e colunista dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo, Elio Gaspari, que localizou um arquivo de áudio de uma reunião de dois dias ocorrida na Casa Branca – de 7 a 8 de outubro de 1963 - no qual Kennedy debate a situação do Brasil e do Vietnã e questiona o ex-embaixador norte-americano no Brasil Lincoln Gordon sobre a possibilidade da intervenção.

“Você vê a situação indo para onde deveria? Acha aconselhável que façamos uma intervenção militar?”, questiona o Kennedy.

De acordo com Marcos Vinícius de Freitas, professor de Relações Internacionais da Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap), os Estados Unidos consideravam que a influência comunista crescia de maneira desproporcional na região e relata uma conversa que teve com Gordon, que, depois de deixar o serviço diplomático norte-americano, foi reitor da Jonhs Hopkins University.

“Gordon confidenciou que os norte-americanos consideravam que, uma vez sob a esfera comunista, o processo de retorno ao capitalismo era irreversível”, diz Vinícius de Freitas.

“As companhias dos Estados Unidos também haviam investido fortemente no Brasil após a segunda II Guerra Mundial e a proposta de Jango de taxação de 10% das remessas de multinacionais ao exterior afrontava esses interesses.”

Segundo Luiz Antônio Dias, professor de História do Brasil da PUC-SP, os Estados Unidos estavam em compasso de espera, aguardando o desenlace dos acontecimentos no país.

Ele lembra que o Governo de Kennedy, após não ter conseguido desestabilizar o regime cubano, não poderia permitir o surgimento de um novo polo irradiador comunista.

Muito menos no maior país da América do Sul. “Na sequência, o que aconteceu foi que os acontecimentos internos atenderam aos interesses norte-americanos.

Houve apenas apoio logístico e o envio de material bélico, como já se reconhece por uma farta documentação disponível, não uma intervenção militar direta, como no Chile”, diz ele.

O encontro na Casa Branca debatia o contexto brasileiro vivido na época. João Goulart era o vice-presidente de Jânio Quadros que, em 25 de agosto de 1961, renunciou ao cargo.

Como Jango estava em uma missão diplomática na China nessa data, os ministros militares tentaram impedir que ele tomasse posse como presidente, pois viam nele uma ameaça ao país por seus vínculos com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e com o Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Liderado pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizolla, deu-se início à Campanha da Legalidade, mobilizando o Estado em defesa de Jango.

Com a condição de aprovar o regime do parlamentarismo pelo Congresso, Jango toma posse no dia 8 de setembro de 1961, tendo como primeiro-ministro Tancredo Neves.

Os norte-americanos temiam que Jango aprofundasse a plataforma de um governo de esquerda e seguisse os passos do cubano Fidel Castro. A situação no Brasil era complicada.

A economia estava fragilizada por uma série de fatores, entre eles, a inflação continuava alta. Os militares faziam uma oposição cada vez mais forte ao Governo Jango, culminando, entre a noite do dia 31 de março de 1964 e primeiro de abril, no golpe militar, que levou Jango a se exilar no Uruguai e ter seus direitos cassados por 10 anos.

Pouco tempo depois, Jango fugiu para a Argentina, onde morreu, segundo a história oficial, vítima de um ataque cardíaco, em 6 de dezembro de 1976.

Há suspeitas, porém, que Jango tenha sido envenenado, numa ação da Operação Condor. Por isso, em novembro do ano passado, o corpo do ex-presidente foi exumado, por orientação da Comissão Nacional da Verdade, para investigar o motivo de sua morte.

Em dezembro do ano passado, os restos mortais de Jango foram enterrados pela segunda vez, agora em sua cidade natal, São Borja, no Rio Grande do Sul, com honras de chefe de Estado.

O professor Luiz Antônio Dias lembra que, embora ainda não tenha sido encontrada nenhuma evidência material irrefutável, a historiografia nacional reconhece que havia planos de assassinar Jango e que sua morte pode ter sido obra da junta militar brasileira.

Um dos testemunhas nesse sentido é do ex-agente do serviço secreto uruguaio Mario Neira Barreto.

Gravações clandestinas

As gravações dos encontros de outubro de 63 foram postadas na internet pela Biblioteca Kennedy há pelo menos um ano e fazem parte de um conjunto de gravações clandestinas feitas pelo próprio Kennedy de suas reuniões desde 1962, quando deu início à série ao gravar justamente o encontro com Gordon.

Após o embaixador falar sobre eventuais parcerias culturais entre os dois países, Kennedy o interrompe com a pergunta: “Temos alguma decisão imediata para pressioná-lo?”, referindo-se a João Goulart.

“O que devemos fazer imediatamente no campo político, nada?”. Gordon, então, revelou dois planos: “Ou Goulart abandona a imagem [de esquerdista] e resolve pacificamente. Ou talvez não tão pacífico, sendo tirado involuntariamente.”

Enquanto isso, para Jango, não havia motivos para desconfiar de Kennedy. No início de 1963, o Brasil acertava com os EUA um empréstimo de cerca de 400 milhões de dólares — dos quais o governo brasileiro só receberia um quinto do valor.

Além disso, como prova da boa relação entre ambos os governos, Jango e sua mulher, Maria Thereza, haviam sido recebidos por John e Jacqueline Kennedy na Casa Branca.

No golpe militar de 1964, a intervenção militar norte-americana acabou sendo desnecessária. A perda de apoio do governo Jango, sua indecisão e a traição de alguns homens de sua confiança, além do fortalecimento da ala militar, contribuíram para a sua deposição.

A informação revelada por Gaspari constará da versão ampliada do livro A Ditadura Envergonhada, uma publicação sobre o regime ditatorial vivido no Brasil entre 1964 e 1985, que será relançada em fevereiro no Brasil.



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Senador John F. Kennedy
Data: 16/08/1956
Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: UPI-United Press International
16/08/1956


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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.