'Em um "bar" da capital paulista, em companhia dos srs. Boucher Filho e dr. Edmundo Burle - 17/01/1920 Wildcard SSL Certificates
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Em um "bar" da capital paulista, em companhia dos srs. Boucher Filho e dr. Edmundo Burle
    17 de janeiro de 1920, sábado
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  


Na noite de 17 de Janeiro de 1920, em um "bar" da capital paulista, em companhia dos srs. Boucher Filho e dr. Edmundo Burle, cavalheiros muito conhecidos, bebia o engenheiro australiano Carlos Leman, que trabalhava nas obras da Light, em Sorocaba.Completamente alcoolizado, Leman começou a fazer curiosas declarações sobre a identidade do cadáver encontrado em Ribeião Preto, o Crime de Cravinhos, dando a perceber que conhecia a vitima.Extraordinariamente surpresos, os dois companheiros não perderam tempo e nem permitiram que Leman continuasse a beber. Conduziram-no a Chefia da Polícia onde estava o Dr. Bandeira de Mello e ali declararam abruptamente que Leman conhecia a identidade misteriosa da vitima de Pão Alto.Foi um reboliço enorme. Passado o primeiro momento, os telefones trabalharam, mobilizando pessoal, sendo chamado, em primeiro lugar, o dr. Accacio Nogueiro, diretor do Gabinete de Investigações e Capturas.Duas horas de ansiedadeCarlos Leman, porém, estava completamente alcoolizado e o mistério foi, primeiro como cura-lo da bebedeira.Cerca de duas horas decorreram antes que o australiano pudesse responder coerentemente ás indagações. Dissipados, porém os efeitos do álcool, enfim falou:Declarou chamar-se Carlos Leman, australiano e engenheiro. Durante a Primeira Guerra Mundial havia servido no exército inglês. Foi onde conheceu oficial francês Affonso Deport, de quem se tornou amigo.Certa vez, Deport lhe dissera ter se casado, em Paris, com uma brasileira, da qual, mais tarde, se separou. Ambos falavam em vir ao Brasil.Terminada a guerra, Carlos veio para São Paulo, empregando-se na Companhia Armour, como engenheiro. Pouco tempo depois, mudou dali, indo trabalhar em Sorocaba, nas obras da Light, onde ainda residia.No final de outubro de de 1919, Carlos recebeu uma carta do seu amigo. Pedia-lhe informações a respeito de uma família Alves Ferreira, desde estado, suas condições de fortuna, etc. ao mesmo tempo que anunciava a sua vinda ao Brasil.De fato, registros comprovam, que no inicio de 1920, pouco antes de ser encontrado o cadáver, o oficial francês chegou em São Paulo e procurou o seu amigo em Sorocaba.Chegou no Brasil já de posse das informações que pedira e que lhe haviam sido dadas por carta, sobre a família de d. Iria Alves Ferreira. Deport, sem explicar o motivo de sua viagem, convidou Carlos a acompanha-lo á Villa Bonfim, no município de Ribeirão Preto.Com as noticias da tragédia de Palo Alto, o australiano começou a estabelecer ligações entre os fatos. Guardou, desde os primeiros dias, os jornais e revistas que trataram o caso. E a medida que as hipóteses, sucessivamente inventadas, ia sendo postas de lado, ia-se formando em seu espirito a convicção de que a vitima é Afonso Deport.Ele disse que demorou a estabelecer ligações entre os fatos. Mas adotando o processo da exclusão, ficou de pé a sua hipótese. Como o intuito de revelar as suas suspeitas a policia, e aos jornais, saiu de Sorocaba e foi para São Paulo, onde hospedou-se numa pensão Alemã, na Rua José Bonifácio. Ali , nas condições que citadas atras, falou a respeito com os senhores Boucher e Burle.As mais diversas reações surgiram entre as pessoas na Delegacia, algumas perplexas. No dia seguinte, completamente sóbrio, Leman confirmou cada detalhe da história, dando provas incontestáveis de sua identidade e de todas as suas informações.Estranhamente as autoridades paulistas mantiveram o caso em absoluto segredo. Um trabalho intenso visando desacreditar as declarações do engenheiro tivessem como base receber a recompensa. Um jornal, porém, conseguiu apurar o fato, torndo o fato público e histórico.





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Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!