Comandante Saito tem bomba atômica nas mãos, diz Ronnie Von
12 de abril de 2007, quinta-feira Atualizado em 30/10/2025 12:58:22
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Cantor conheceu o comandante na Escola Preparatória de Cadetes."Ele é um samurai", definiu Ronnie Von.Débora MirandaDo G1, em São PauloTamanho da letraA-A+Foto: Arquivo PessoalRonnie Von na Escola Preparatória de Cadetes(Foto: Arquivo Pessoal)Um dos personagens principais da atual crise aérea brasileira, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, é amigo de adolescência do cantor e apresentador de TV Ronnie Von. Os dois se conheceram em 1960, na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (localizada em Barbacena, MG), e, graças aos encontros anuais da turma, nunca mais perderam o contato. LEIA TAMBÉM: Ronnie Von ia para shows pilotando avião próprioSaito ordenou a prisão dos controladores de vôo amotinados em Brasília, no último dia 30 de março, e acabou desautorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que preferiu negociar com os militares. Depois, Lula devolveu a Saito o comando das negociações. Em entrevista ao G1, Ronnie Von conta suas lembranças de adolescente ao lado de Saito, fala da personalidade "zen" do comandante e comenta o caos aéreo brasileiro.O primeiro contato que Ronnie Von teve com a crise, segundo ele, foi por meio do ex-chefe do Departamento de Controle de Tráfego Aéreo, Paulo Roberto Vilarinho. “Ele foi o primeiro a dizer o que ia acontecer [a crise aérea]. E, claro, tiraram ele do comando geral do ar e botaram num outro comando qualquer. É barra pesada mesmo. Eu vi com o Vilarinho e agora estou vendo essa maluquice que o Saito assumiu.” Veja, abaixo, trechos da conversa:G1 – Você e o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, foram grandes amigos na década de 1960. Desde então, com que freqüência se vêem?Ronnie Von - Eu não estou com o Saito todo o tempo, mas anualmente a turma se encontra. E ele sempre foi figura imprescindível. É engraçado, mas o Saito-San, como a gente chama ele, é unanimidade. Não só na nossa turma, mas unanimidade na própria Força Aérea. É muito querido.G1 - Que lembranças você tem da época em que estudaram juntos?Von - Você imagina um bando de 200 garotos juntos, no que pode dar isso? É claro que a gente aprende a duras penas essa coisa da hierarquia, da disciplina. No começo é assustador. Mas tem muita coisa [boa] que me lembro, das brincadeiras, do primeiro vôo, da vibração. É uma época em que você não pode ver uma borboleta voando, porque tudo é avião, tudo é aviação. Coisa de garoto que lê livros de aventura, só que você está vivendo aquela aventura, embora demore muito para acontecer.G1 – Vocês e Saito estudaram juntos por quanto tempo?Von - Eu saí da Força Aérea no quarto ano, e ele continuou.Foto: Gustavo MirandaO comandante da Aeronáutica, Juniti Saito (Foto: Gustavo Miranda/Agência O Globo)G1 – Como soube que ele assumiria o comando da Aeronáutica?Von - Foi muito bonitinho. Começaram todos os colegas de turma, todos brigadeiros atualmente, a ligar. O primeiro foi o [Maximino] Mendes, que foi diretor do Suprimento Aéreo de São Paulo. Ele disse: "Olha, acho que o Saito foi". A gente já sabia que ele era o mais indicado. Muito tempo atrás, nós tivemos uma conversa sobre se alguém da nossa turma chegaria a ministro. Uma bobagem de criança, eu com 15 anos, o Saito com 17. Nós trocamos idéia, falamos de como era difícil. E aí, o texto do telefonema dele foi o seguinte: "Roni, um da nossa turma conseguiu". Isso foi muito bonitinho, eu fiquei muito emocionado.G1 – Quando recebeu a proposta, Saito já imaginava as dificuldades que poderia enfrentar?Von - Não sei se ele imaginava que fosse uma tarefa de tamanha magnitude. Ele pegou um rabo de foguete. O Saito é nissei, [filho] de pais japoneses. E eles têm uma coisa muito forte em relação à integridade e à honra. A resposta dele em relação a essa insubordinação é clássica, não só das Forças Armadas, mas fundamentalmente da Aeronáutica. A vida inteira em que estive na Aeronáutica, não conheci percalços maiores. Estava lá, cadetinho, garotinho, com a renúncia do Jânio, e me lembro que a posição da Força Aérea foi ligada à normalidade. Todo mundo quietinho, ninguém falava nada. É uma arma tranqüila. Mas tem esses princípios que aprendemos desde os 15 anos de idade, de hierarquia, de disciplina. Esse rolo que está acontecendo agora é muito em função disso [da quebra de hierarquia]. É barra pesada mesmo. Mas acho que o Saito assumiria [o comando da Aeronáutica] de qualquer jeito. Ele é determinado. Mas eu não imaginei que fosse uma coisa dessa magnitude, nãoG1 - E você acha que ele também não imaginou?Von - Ele sabia que ia segurar uma banana de dinamite com o estopim aceso na mão. Mas não uma bomba atômica. Eu imagino isso, não conversei com ele a respeito dessa história. As coisas estavam até calmas quando ele assumiu, a poeira tinha baixado um pouco.G1 - Você acha que Saito está sofrendo por ter de lidar com tudo isso?Von - Eu não diria sofrendo. Vou repetir: ele é determinado, aplicado, estudioso, ele é técnico. Não é de assustar, de se intimidar, de jeito nenhum. O cara é um samurai! Mas deve estar preocupado.Foto: DivulgaçãoO apresentador Ronnie Von em foto recente (Foto: Divulgação)G1 – Como você viu a ordem de prender os controladores de vôo durante a crise, no final de março?Von - Na academia militar, o currículo é o mesmo de uma faculdade de excepcional nível. Só que, além da educação fundamental, você passa a conhecer a Constituição e o regulamento interno do Ministério da Aeronáutica. Existe na Constituição, quando o assunto é ligado às Forças Armadas, essa história da insubordinação. A insubordinação ao superior se chama motim. Motim significa você se rebelar contra o seu superior, não acatar as ordens superiores. E isso é passível de punição. É complicado. Você não pode impor pela força, pelo pugilato, não existe isso. Quando vi no jornal esse episódio, não acreditei. Todo mundo que trabalha com aviação sabe que não existe no mundo profissão mais estressante que controlador de vôo. Mas na Força Aérea não se tem uma maquininha para imprimir dinheiro. Como ele vai fazer? Se aumenta o salário de um sargento [patente dos controles de vôo], ele vai ganhar a mesma coisa que um coronel. Essa é a batata quente que ele tem na mão. As Forças Armadas ganham muito mal para aquilo que eles intelectualmente representam. Um cara, para chegar aonde chegou o Saito, quatro estrelas, Comandante da Aeronáutica, você não tem idéia do que ele estudou na vida. E o salário dele também não é compatível com o cara que na vida civil tem o mesmo nível acadêmico.G1 – O que achou da atitude do presidente Lula ao desautorizar a ordem de prisão dos controladores amotinados emitida por Saito?Von - O presidente, com toda certeza, não sabia dessa hierarquia militar, que o subalterno não pode se rebelar contra o superior. Você pode entrar com uma representação na Corte Marcial, e ela decide quem tem razão. É questão de justiça. Mas se rebelar pura e simplesmente não existe.G1 - Acha que a desmilitarização do controle do tráfego aéreo é uma solução?Von - Se você quiser formar hoje uma equipe de controladores de vôo, isso demanda muito tempo. Você já entrou numa sala de controle de vôo? Dá para enlouquecer só de olhar. É uma barbaridade como uma mente humana tem a capacidade de gerenciar aquilo tudo. Para você preparar um profissional que chegue a esse nível, leva um tempo danado. Mas não há radicalização. Até porque o Saito não é radical, nunca foi. Ele é uma pessoa da paz, ele é zen.G1 - Você acha que o silêncio dele mostra o quê?Von - Bom senso e equilíbrio.saiba maisSaito nega existência de buraco negroRelatórios apontam falhas no sistema de tráfego aéreo de BrasíliaPires reafirma que crise é problema de "gestão"Oposição decide apoiar CPI do Apagão Aéreo no SenadoG1 - Você pretende falar com Saito?Von - Eu ia ligar para ele nesta semana, mas não quero aporrinhar. Eu não ligava para ele toda hora, porque eu vou ligar agora que ele é ministro? Eu posso dizer: "Estou do seu lado, gosto de você, força aí, campeão". É o que eu posso fazer. De qualquer maneira, eu queria muito saber como ele está atravessando este momento. Mas não vai ser fácil, ele tem um monte de coisas para resolver, não vai atender o amiguinho que quer saber se está tudo bem. Até porque não está, né?G1 - Você já ficou no aeroporto esperando um avião por várias horas?Von - Neste tempo de crise, não. Como eu não sou louco, adiei todas as viagens de lazer e vou seguir apenas com as que são de trabalho. Mas já estou preparado para encarar. Tanto que eu tinha uma convenção para fazer na Costa do Sauípe (BA), que era um almoço. Enchi tanto os caras que eles transferiram para o jantar, para dar tempo de eu chegar se acontecer qualquer coisa. É muito maluco. Minha vida inteira eu vivi em aeroportos. Já dormi em saguão de aeroporto muitas vezes. Mas era outra coisa, era problema operacional com relação à aeronave.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.