11 de fevereiro de 2003, terça-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Pedro Ciechanovicz, cujo grupo mantinha o fazendeiro João Bertin em cativeiro até anteontem, nega envolvimento com o casoLíder de quadrilha diz que nunca sequestrouAndré Sarmento/Folha Imagem À esq., Pedro Ciechanovicz, líder da quadrilha que sequestrou João BertinDA REPORTAGEM LOCALPedro Ciechanovicz, 48, disse ontem ter conhecido os sequestradores do empresário Abílio Diniz na cadeia, mas negou ter aprendido com eles como organizar células terroristas. Acusado de liderar a maior quadrilha de sequestradores do país, ele afirmou nunca ter feito um sequestro.Ciechanovicz negou também ter dado a ordem, por telefone, para que o fazendeiro João Bertin, 82, patriarca da família que controla a rede de frigoríficos Bertin, fosse solto sem o pagamento de resgate.Orientado por advogados, Ciechanovicz procurou desqualificar a investigação da polícia sobre a organização criminosa que é acusado de liderar. Mas não mostrou coerência ao afirmar que se sentia traído e que alguém havia falado demais seu nome.Para a polícia, a estrutura de células da quadrilha, com grupos constituídos para missões específicas, é característica de grupos guerrilheiros, como os que sequestraram Diniz, na década de 80, e o publicitário Washington Olivetto, no ano passado.O delegado Everardo Tanganelli Júnior, do Denarc (Departamento de Investigações sobre Entorpecentes), que prendeu o sequestrador anteontem em Curitiba, começou a reunir indícios da possível participação dele em outros dois sequestros. Podem chegar a 17 os crimes da quadrilha.Pergunta - Você teve contato com os sequestradores do empresário Abílio Diniz na prisão?Pedro Ciechanovicz - Nunca tive contato com ninguém do Abílio Diniz. Eram umas pessoas que só conversavam entre elas. Eu era de uma população de crime comum, até discriminado.Pergunta - Mas você os conheceu na prisão?Ciechanovicz - Sim, porque estava no mesmo presídio que eles.Pergunta - Você participou do sequestro do fazendeiro João Bertin?Ciechanovicz -Veja bem. Estão imputando vários sequestros à minha pessoa. Não tenho participação nisso. Estão me pegando como bode expiatório.Pergunta - Mas como o fazendeiro foi libertado após a sua prisão?Ciechanovicz - Creio que foi uma coincidência.Pergunta - Você deu a ordem, por telefone, para que os sequestradores libertassem Bertin?Ciechanovicz - Não.Pergunta - E por que estão acusando você?Ciechanovicz - A gente conhece. Às vezes, no mundo do crime, a gente tem umas amizades. Creio que seja isso, alguma amizade.Pergunta - Quando a polícia cercou sua casa, em Curitiba, você teve medo de morrer?Ciechanovicz - Não tenho medo de morrer. O que eu temo é a covardia e a patifaria. Hoje, estou com 48 anos. Já passei pela época da repressão militar. A polícia não trabalhava com investigação, como eles [Denarc" trabalharam aqui, não sei. Pegavam você e colocavam no cavalete. Penduravam por quatro, cinco horas, como foi no meu caso. O sistema que eles usavam na época, embora ainda usem hoje, é uma coisa abolida na Constituição. É um crime hediondo, mas usam.Pergunta - O que deu errado no seu plano de não voltar à cadeia?Ciechanovicz - O sem-vergonha que fala demais. É o cara que pega um dinheiro e não sabe...Pergunta - Você foi traído?Ciechanovicz - Claro. Alguém falou demais meu nome.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!