'Vitor Cioffi de Luca funda o Diário de Sorocaba - 06/07/1958 Wildcard SSL Certificates
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Vitor Cioffi de Luca funda o Diário de Sorocaba
    6 de julho de 1958, domingo
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Impossível escrever sobre o jornal Diário de Sorocaba sem contar a trajetória de Vitor e Tereza de Luca, já que eles sempre foram a alma do jornal. Os pais de Vitor, Fernando e Angelina, tiveram 11 filhos.

Os avós eram italianos e os pais do jornalista possuíam uma chácara no Paraná com plantações e um tanque de carpas. Vitor saiu de Piraí do Sul, sua terra natal, aos 14 anos, tendo se mudado com o seu irmão João para a capital paulista, onde decidiu estudar Jornalismo na faculdade “Cásper Líbero”, formando-se na segunda turma da instituição, em 1951.

Para sustentar seus estudos, começou a trabalhar em uma agência bancária, mas antes disso chegou a freqüentar o seminário, ia ser padre. Tanto Vitor como Tereza eram muito católicos. O jovem chegou a subgerente. Por ser árbitro de tênis de mesa ele também escrevia, como colaborador, artigos esportivos para o jornal “Gazeta Esportiva”.

Vitor conheceu Tereza em uma festa de casamento e logo se casaram, tendo quatro filhos: Fernando (falecido em 1996), Leila, Walter e Maurício. Os meninos seguiram os passos do pai e decidiram ser jornalistas, já a filha optou pela Medicina.

Em 1952 Vitor foi convidado para vir para Sorocaba, dirigir o jornal “Folha Popular”, que pertencia à Cúria Metropolitana. Após seis meses na cidade, morando em uma pensão, se casou com Tereza.

Vitor decidiu deixar a “Folha Popular” e fundar o seu próprio jornal. Seu sonho era fazer um veículo de comunicação imparcial e independente. Assim nasceu o DIÁRIO DE SOROCABA.

NÚMERO UM

Um prédio na rua da Penha, esquina com a Maylasky, foi a primeira “residência” do DIÁRIO. O local não tinha muitas divisões e era ao mesmo tempo escritório, redação e setor de distribuição. Vitor se dividia entre a máquina de escrever e as oficinas, que estavam instaladas nos fundos do prédio.

À véspera da primeira edição, no dia 5 de julho de 1958, o jornal estava movimentado. Um grupo de repórteres e gráficos, comandados por Vitor, ia de um lado para o outro na árdua tarefa de fazer um novo jornal.

O jornalista cuidava de todos os detalhes da primeira edição, redigindo as matérias e orientando a composição e paginação do número histórico, que deveria estar nas ruas no dia seguinte. Apesar da ansiedade, tudo saia conforme o roteiro previamente estabelecido.

Vitor estava sem dormir há 48 horas. Mas, por volta das 23 horas daquele 5 de julho, quando o jornal já estava pronto para começar a ser impresso, uma comitiva, de cerca de 45 pessoas, entrou no casarão da rua Maylasky, tendo à frente o então governador do Estado, Jânio da Silva Quadros, e o prefeito de Sorocaba, Gualberto Moreira, para uma visita de cortesia.

E dessa visita saiu o primeiro “furo” do jornal, já que o governador anunciou que o Hospital Regional receberia verba para ampliação e seria construído um viaduto na cidade, que acabou levando o nome do ex-governador.

O DIÁRIO cresceu rapidamente. Isso em parte pelo prestígio que Vitor tinha por conta da “Folha Popular”. Junto com Vitor, também deixou a “Folha” o agente publicitário e “fiel escudeiro” Heitor Nunes, falecido em 2000, que também foi trabalhar no DIÁRIO, onde ficou até morrer.

Outra grande força de trabalho que impulsionou o jornal foi Tereza de Luca, que, além de ser uma administradora nata, tinha grande experiência na área editorial, tendo trabalhado na Editora Melhoramentos. Ela também era jornalista.

SOLIDARIEDADE

Vitor e Tereza eram muito católicos, mas mais que isso, eram altamente cristãos, tanto que a solidariedade sempre era expressa pelo casal.

Fazer o bem era algo rotineiro e o matutino tinha por obrigação participar da vida da comunidade. O casal fez várias campanhas, sempre se preocupando em ajudar as pessoas mais necessitadas.

O sucesso do DIÁRIO foi tanto que no terceiro ano já estava sendo construída a sede própria na rua da Penha. Um dos motivos do sucesso do jornal é que ele trouxe um conceito mais técnico de jornalismo para uma cidade do Interior, principalmente relacionado à ética.

O DIÁRIO era como uma grande família. Os filhos dos fundadores, Leila, Fernando, Walter e Maurício, praticamente nasceram dentro do jornal. Destes, apenas Leila seguiu outra carreira, tornando-se médica. Os outros, fizeram carreira dentro do DIÁRIO.

A MORTE DE FERNANDO

Vitor e Tereza estavam sempre atentos às inovações. Em 1993 o jornal entrou na era do offset, a diagramação também sofreu uma transformação, porém, o jornal afirmava em editorial que manteria a mesma linha de seu início.

O ano de 1996 marcou com a morte de Fernando de Luca Neto, vítima de câncer. Fernando era o responsável pela administração do DIÁRIO DE SOROCABA e sua morte abalou o casal Vitor e Tereza de Luca.

Fernando formou-se em Jornalismo na mesma faculdade do pai, a "Cásper Líbero", em São Paulo. Especializou-se também em artes gráficas e foi diretor executivo do jornal, acompanhando sempre de perto toda a parte gráfica, comercial e administrativa.

A morte de Fernando foi um transtorno, mas o lado religioso prevaleceu no casal, que buscou superar o acontecimento. Já Vitor teve que, aos 70 anos, voltar a administrar o DIÁRIO, tendo que encarar os avanços tecnológicos.

No mesmo ano surgiu o DIÁRIO DE SOROCABA ON LINE, um dos primeiros jornais do Brasil na Internet. O atual diretor-executivo do DIÁRIO, jornalista Maurício de Luca, era o responsável pela nova empreitada e afirmou que o seu pai, como a maioria das pessoas, não assimilava o que era a internet.

“Mas quando começou a sentir a repercussão dos leitores no exterior, começou a constatar a importância da rede mundial de computadores”.

ACIDENTE FATAL

No final de outubro de 1998, Vitor e Tereza resolveram tirar alguns dias de férias no Paraná, onde a família também possuía um jornal. “O Piraiense”. No dia 13 de novembro de 1998 eles estavam voltando para Sorocaba.

A poucos quilômetros de Sorocaba, Thereza telefonou para o filho Maurício, dizendo que estavam em um posto tomando um lanche e que dentro de meia-hora estariam em casa. Pediu para ele esperar para almoçarem juntos.

A poucos metros do posto, uma erosão na estrada fez Vitor perder o controle do veículo, que se chocou de frente com um caminhão que seguia em sentido contrário. Thereza morreu na hora. Vitor ficou preso às ferragens por quase uma hora. Faleceu no caminho do hospital.

A notícia causou grande comoção na cidade e região. No enterro era possível ver o grande carinho que todos possuíam pelo casal. Dezenas de coroas de flores foram entregues e uma multidão compareceu ao velório e ao enterro.

Vitor e Tereza deixaram muita saudade. Mas devem estar orgulhosos do DIÁRIO DE SOROCABA continuar representando a população, com ética e solidariedade, fazendo um jornalismo sério, imparcial e independente. [Notícias Boituva - 13/11/2012]



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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.