“Para derrubar Bolsonaro, só se for a bala”, diz Roberto Jefferson
20 de abril de 2020, segunda-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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BRASÍLIA - Na semana em que o presidente Jair Bolsonaro aumentou os ataques ao Legislativo e ao Judiciário, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse que há uma tentativa do Congresso de promover novo impeachment no País e previu uma reação à altura. “Para derrubar Bolsonaro, só se for a bala”, afirmou ele, ao citar a possibilidade de um confronto de “sangue” entre direita e esquerda. “Vai acabar tendo de ter uma intervenção até para estabilizar”, emendou, em uma referência às Forças Armadas. A análise reverbera o que pensa a ala ideológica que cerca o presidente.Com 37 anos na política, Jefferson já foi da tropa de choque do então presidente Fernando Collor, denunciou o mensalão do PT, acabou preso e, desde então, acompanha o cenário como um espectador privilegiado. Jefferson disse não ver um ato de desespero nas atitudes de Bolsonaro, que participou domingo de um ato que pedia o fechamento do Congresso, Supremo e a destituição de governadores. “O que o Bolsonaro está fazendo? Está botando o povo na rua, mas do lado dele”, argumentou. Para o presidente do PTB, Bolsonaro só cometeu um erro ao participar da manifestação: “Não deveria ter ido de camisa vermelha.”Veja mais no MSN Brasil:Bolsonaro revoga MP de empregos para salvar o texto (Correio Braziliense)Lava Jato cobra Bolsonaro ida a ato pró-ditadura (BBC News)Bolsonaro recebe Teich em reunião fora da agenda (Estadão)PGR pede que STF investigue atos de domingo (Correio Braziliense)O sr. insinuou, em entrevista, que o Parlamento está preparando o impeachment do presidente Bolsonaro. Com base em que o senhor disse isso?É uma dedução minha. Deputados estão me falando que o Rodrigo (Maia, presidente da Câmara) vai acelerar o projeto de reeleição (para os comandos da Câmara e do Senado, proibido na mesma legislatura). E as atitudes do Rodrigo mostram o confronto aberto com o Executivo. Ele dá a cabeça do Bolsonaro e ganha a sua reeleição. Esse acordo pela reeleição pode ser feito independentemente de se colocar o impeachment na mesa.O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, teria coragem de dar andamento ao impeachment de Bolsonaro?O Rodrigo é muito habilidoso e está reunido com Fernando Henrique, Doria (João Doria, governador de São Paulo), Wilson Witzel (governador do Rio), com o presidente da OAB (Felipe Santa Cruz) e partidos de esquerda. O maestro dessa orquestra é o Fernando Henrique. A entrevista dele ao Estado de domingo é nítida. Eu era da CPI do Collor e vi bem o Fernando Henrique articular contra o Collor (Jefferson foi líder do governo Collor na Câmara). Ele sabe fazer. Ele era senador naquela época.Quais elementos o sr. vê na entrevista do Fernando Henrique sobre isso?O pior foi ele dizer que o governo é compartido entre Senado, Câmara e Supremo. Como o presidente não tem agenda legislativa, ele não governa. E, quando ele não governa, é passível de impeachment. Ele ainda diz mais. (Diz que) O Brasil, apesar de não aceitar culturalmente o parlamentarismo, vive um parlamentarismo branco. A entrevista dele foi o prefácio do golpe. Ele diz claramente que o presidente não tem condições de governar. Diz que o (Luciano) Huck acabou e quem cresceu foi o Doria, fazendo oposição a Bolsonaro. Ele desenha o quadro totalmente (em mensagem postada no Twitter, no domingo, FHC diz que não é bom acirrar crises institucionais).As declarações e atitudes de Bolsonaro mostram a reação de alguém acuado ou ele se perdeu?O Bolsonaro não se perde. Para derrubá-lo só se for a bala. Ele é guerreiro. É leão. Não vai miar. Ele vai rugir. Eu não vejo nas atitudes de Bolsonaro um ato de desespero. Ele está buscando o apoio que precisa ter. O Fernando Henrique diz: falta de governabilidade, governo compartilhado e povo na rua. O que o Bolsonaro está fazendo? Está botando o povo na rua, mas do lado dele. A terceira perna do tripé para o impeachment que o Fernando Henrique constrói na entrevista ao Estado é o povo. Só falta o povo.O discurso radical do presidente não afasta uma parcela do eleitorado dele?Ele tem 36% do eleitorado. Não perdeu nada.Mas a avaliação dos governadores começa a subir e o Luiz Henrique Mandetta, demitido do Ministério da Saúde, já tinha tanto apoio quanto ele.O Mandetta tinha a caneta e estava dando dinheiro. Estava cooptando para o DEM governadores e prefeitos. Não poderia nem integrar esse governo.Mas, quando o presidente participa de manifestação de quem defende medidas antidemocráticas, isso não mostra haver uma escalada autoritária?A escalada autoritária está sendo feita contra ele, mas com luvas de pelica. Fernando Henrique, Rodrigo Maia, com a TV Globo todo dia dizendo que o presidente é um homem do mal. Com luva de pelica eles estão dizendo que Bolsonaro não pode continuar porque chegou a um ponto que a agenda política não pertence mais a ele. Ele reage do jeito que ele sabe. Mas ele não falou em AI-5, em fechamento do Congresso ou do Supremo. Eu achei que ele não deveria ter ido de camisa vermelha. Eu não uso camisa vermelha. Ele errou nisso. Achei horrível. (risos)O sr. tem falado com o presidente?Nunca conversei com ele depois da eleição ou com alguém do governo.Os militares não gostaram da atitude do presidente. Os militares ajudam ou atrapalham?Eles sempre foram a elite do País. E ninguém faz política sem as Forças Armadas. Assim como não há Forças Armadas sem política. Dizer que militar não sabe fazer política é brincar. Mas eles têm outro pensamento. Não pensam em se locupletar. Pensam na Pátria. E Bolsonaro, apesar de tosco, se encaixa nisso. É idealista.Até que ponto os militares apoiam Bolsonaro?Se o Congresso fizer isso (impeachment), nós temos que ir para as ruas e apostar em qualquer jogo. E os militares vão ser chamados a agir. Se essa turma do vermelho achar que vai mudar o jogo peitando, fazendo um golpe legislativo para tirar um governo legal, vai encontrar resistência forte, à altura da agressão. E vai acabar tendo de ter uma intervenção até para estabilizar o que está ocorrendo por parte das Forças Armadas.Intervenção militar?Intervenção nas ruas. Aí eu não sei como vai ser. Se a esquerda fizer qualquer ação para tirar o Bolsonaro, vai encontrar a direita na rua. Vai ter sangue.Está faltando um bombeiro para acalmar os ânimos de ambos os lados?Não estou vendo na classe política ou no Judiciário um bombeiro. O Fernando Henrique está botando fogo. Eu ainda não consegui ver uma figura moderadora. Isso é um problema. Toda democracia precisa do seu moderador. Um grande homem respeitado, que pudesse ser um moderador, eu não estou enxergando.O sr. acha que o gabinete do ódio intimida quem possa tentar se colocar como essa voz moderadora?Eu não acredito nesse gabinete do ódio.O sr. já foi atacado nas redes pelo grupo pró-Bolsonaro?Não. Só pelo grupo da esquerda. Ninguém é unanimidade. Eu bato e apanho e acho que está ótimo (risos).Os filhos do presidente atrapalham? O ex-presidente Fernando Henrique disse que Bolsonaro não entendeu seu papel ao colocar os filhos dentro do governo...Os filhos do Fernando Henrique não tinham mandato. Os do Bolsonaro foram eleitos pela vontade do povo e muito bem votados.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.