Mandetta diz a Bolsonaro saber que saída não é questão de “se”, mas de “quando”
6 de abril de 2020, segunda-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, fez questão de deixar claro ao presidente Jair Bolsonaro, na reunião desta segunda-feira (6), que contou com ministros de Estado, saber que sua saída do governo não é uma questão de "se", mas de "quando".
Perguntou ao chefe do Executivo se o presidente não queria tirá-lo já do cargo e disse que ele, Mandetta, poderia ajudar a encontrar um substituto.
Mas reforçou que a única opção que não daria ao presidente seria pedir demissão. Contou ao presidente que aprendeu com o pai, de 89 anos, a frase de que médico não abandona paciente. E foi enfático: a discussão ali não era sobre se Mandetta ficaria ou não no governo, mas quando sairia.
O ministro disse aos presentes que não quer ficar até o final do governo, tampouco o presidente o quer até o fim: então, que chegassem a um entendimento. Mas, enquanto estivesse no governo, faria oposição às ideias que não têm lastro científico: por exemplo, o uso de cloroquina para tratamento do coronavírus, tema que dominou boa parte da agenda do ministro nesta segunda (6).
Em meio à indefinição sobre sua permanência no governo, Mandetta foi puxado para uma reunião paralela nesta segunda (6) no Planalto, com a presença de ministros e de uma médica que defende o uso do medicamento para casos de coronavírus. Quando chegou lá, Mandetta observou um papel e um decreto redigido, com termos em que a pessoa que assinasse poderia usar a cloroquina contra o coronavírus.
Mandetta entendeu — mesmo sem o timbre oficial da Presidência — que aquela conversa, dentro do Palácio do Planalto, com ministros de Estado, era uma reunião para que o uso de cloroquina fosse chancelado pelo governo federal, nos moldes de uma receita. Ou seja: uma decisão política para uma questão científica. Diante da insistência da médica, Mandetta repetiu duas vezes aos presentes que não assinaria decreto algum como autoridade de Saúde do governo.
“Vocês vão me dar licença que eu preciso trabalhar. Cuidado para não colocarem o presidente em uma gelada. E, digo mais, se o governo editar esse decreto, eu não saio do governo e vou dizer todo dia que foi feito sem o aval do Ministério da Saúde, reforçar para os médicos tomarem cuidado porque ainda vai ter mais isso, arritmia, efeitos colaterais”, relatou Mandetta a aliados sobre a reunião.Para o ministério da Saúde, o presidente quer agradar ao chamado “gabinete de ódio”, a ala ideológica do governo que quer a sua demissão.
Na reunião com o presidente, Mandetta disse que não conhecia quem o assessorava na área de Saúde.
A ala ideológica do governo quer que o Planalto chancele o uso da cloroquina para o tratamento do coronavírus, assim como quer um ministro que não defende o isolamento social como medida primeira para combate ao coronavírus.
Mandetta repete, a quem lhe pergunta, que os governadores pediram "guidelines" para os estados entrarem e saírem do isolamento, em menor e maior escala, dependendo da situação. Mas que o Ministério da Saúde não vai entrar em detalhes sobre o que abre e o que fecha — apenas trabalhar conjuntamente com os Estados.
Além das diretrizes técnicas, o ministro irritou o governo pois se reuniu com a cúpula do Congresso nos últimos dias. O Planalto não gostou porque acha que Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre estão fazendo críticas ao presidente na condução das medidas contra o vírus, o que o desgasta politicamente.
Mandetta disse ao presidente que se reunirá com os presidentes da Câmara e do Senado que estiverem sentado no cargo, seja quem forem, uma vez que faz parte do trabalho institucional — e que, no caso específico de Alcolumbre, estava acompanhando a recuperação do amigo que foi diagnosticado positivo com coronavírus, já de alta.
Também incomodou o Planalto a participação do ministro numa live no sábado da dupla sertaneja Jorge e Mateus.
O ministro repetiu a aliados que todos assessores que o presidente acha que tem pretensões eleitorais é um problema, uma espécie de paranoia presidencial. E que tem relação com vários músicos.
Ala militar
Apesar de estar preocupada com o efeito da prorrogação do isolamento para a economia, os militares do governo atuaram para manter o ministro à frente da Saúde.
Nesta segunda-feira (6), quando acabou a reunião, Mandetta foi cercado por ministros militares do governo, que disseram a ele para continuar o seu trabalho à frente do ministério.
A ala militar acha que tirar Mandetta agora será pior para o governo junto à população, que apoia as medidas de isolamento, por exemplo, e dará munição a opositores para criticar o governo em meio a pandemia.
Como disse Mandetta nesta segunda (6) ao presidente e aos colegas de Esplanada dos Ministérios: “Não estamos no meio da pandemia. Ela só começou “.
Mandetta sabe e repete, nos bastidores, que o que ganhou foi uma sobrevida — e contou a aliados que se irritou porque a equipe perdeu um dia de trabalho. Hoje, o ministério vai trabalhar dobrado.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.