Avassaladora enchente na cidade atingiu o Fórum Federal de Sorocaba
26 de janeiro de 2004, segunda-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Que a Justiça brasileira sofre de uma inundação de processos e tem grande dificuldade para conseguir atender os anseios da população para solucioná-los com rapidez, é de conhecimento de todos. Mas, recentemente, outra grande inundação chegou à Justiça Federal da cidade paulista de Sorocaba.Em 26 de janeiro de 2004, uma avassaladora enchente na cidade atingiu o Fórum Federal dessa localidade, elevando a água dentro das dependências judiciais a quase um metro e meio de altura. Destruiu todos os equipamentos de informática, material de uso diário, móveis, veículos e um grande volume de autos processuais. Uma situação dramática - a demora nos julgamentos - afogada em outra situação ainda mais dramática - o prejuízo ao patrimônio público e a perda dos documentos.O risco à vida dos juízes, servidores e do público foi evidente - ao fim do expediente do dia, que se resumiu a tentar salvar o possível da inundação, dois juízes e alguns servidores foram resgatados do topo do prédio por um barco dos bombeiros.Foi uma tragédia anunciada. O risco de enchentes naquele prédio - uma "instalação provisória" desde 1994 - era conhecido por todos. Eu mesmo, que lá trabalhei no período de 1998 a 2000, pude constatar a possibilidade de uma verdadeira inundação ocorrer, como de fato ocorreu. Por duas vezes vi a água do Rio Sorocaba insinuar-se pelas portas do fórum; eu os outros juízes e servidores, com rodos e panos, empurrando-a para fora, em esforço que, sabíamos, seria inútil caso as águas subissem apenas mais dez centímetros.Durante todo esse período, as instâncias superiores da Administração da Justiça Federal foram diversas vezes contatadas; há pelo menos quatro anos existe um outro prédio disponível para a Justiça Federal instalar o novo fórum, mas são necessárias reformas para sua utilização. Verbas foram solicitadas ao Executivo e ao Legislativo, mas os sucessivos "contingenciamentos" orçamentários impediram sua liberação. Infelizmente, nenhum evento ocorreu que pudesse salvar do afogamento a Justiça Federal de Sorocaba.Culpados, agora não é hora de buscá-los - pode ser um, podem ser muitos. Culpada poderia ser a Prefeitura Municipal, que em tantos anos não conseguiu minimizar os riscos de enchente naquela que é a principal avenida da cidade, nem demonstrou interesse em auxiliar a Justiça Federal em obter imóvel mais adequado. Culpados poderiam ser outros agentes públicos envolvidos, atuais ou anteriores - inclusive do próprio Poder Judiciário Federal em suas diversas instâncias. No entanto, uma certeza salta aos olhos: o Poder Executivo Federal, que anualmente impõe um drástico corte de despesas e contingenciamento de verbas, impossibilitando uma adequada administração da Justiça aos cidadãos, participa com destaque do rol dos culpados.O momento é oportuno para encararmos essa questão - que Justiça queremos? Mais célere nos julgamentos, com certeza; mais eficaz na apreciação dos pedidos das partes, também; com juízes dedicados, competentes e probos, ninguém discorda. Mas para tudo isso são imprescindíveis recursos públicos de investimento, de custeio e para contratação e treinamento de pessoal. É preciso que sejam garantidas verbas orçamentárias para o Judiciário. Que não se repitam mais os cortes e contingenciamentos, como o de 62% do orçamento que ocorreu em 2003. Enfim, é preciso que a previsão constitucional de autonomia financeira do Judiciário saia do papel e se torne uma realidade. E, então, que os recursos já destinados e liberados sejam aplicados com planejamento e reconhecimento das prioridades dos cidadãos.Hoje mais de oito mil processos judiciais do Fórum Federal de Sorocaba, dos vinte mil em andamento, encontram-se em uma verdadeira UTI, com especialistas tentando evitar que seus documentos se desfaçam. Ainda não terminou o levantamento para se saber quantos processos podem ter se perdido, carregados pelas águas. Em que pese os esforços dos servidores, juízes e da administração da Justiça Federal, não se sabe quando o Fórum poderá voltar a funcionar normalmente ou quando poderá mudar-se para o novo prédio.Naturalmente, para prestar um bom serviço à população, a Justiça precisa de verbas orçamentárias: estamos frente a um ótimo exemplo sobre o que o Executivo e Legislativo podem fazer para "reformar" o Judiciário. Esperam-se rápidas providências, para que a Justiça Federal de Sorocaba possa voltar a atender convenientemente a população. Antes que tudo vá por água abaixo.ImprimirEnviarTopo da páginaRevista Consultor Jurídico, 13 de fevereiro de 2004, 12h30
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.