Em 10 de abril de 1585, moradores de São Vicente, Santos e São Paulo,representados pelos Vereadores das respectivas Câmaras, requereram ao CapitãoMor e Governador da Capitania de São Vicente, Jerônimo Leitão (1571-1592),um dos grandes e eficientes guerreiros de índios da região no século XVI,autorização para que fosse feita guerra de preação aos Carijó de Paranaguá.
A bandeira de Jerônimo Leitão, a primeira lançada no sertão dos Carijó,foi formada com o pretexto de vingar a entrada mandada por Martim Afonsode Sousa e trucidada entre o rio Paraná e o rio Iguaçu em 1531.
O fato, entretanto, é que os representantes vereadores, ao requererem aorganização da bandeira, assim terminaram a longa petição:É o que queremos ao sr. capitão e não o querendo fazer, prometemos delargar a terra e nos iremos viver onde teremos remédio de vida, porquanto nãonos podemos sustentar sem escravaria, e ele, sr. Capitão, dar disso conta aquem o caso com direito pertencer, e de tirarmos de sua mercê um instrumento,ou os que necessários forem; e de como assim lhe requeremos, com sua resposta,ou sem ela, se a dar não quiser, para o senhor da terra, ou perante quem o casopertencer. Hoje, 10 de abril de 1585. O qual aqui assinamos. Pero Leme, PeroColaço, Paulo de Veres, Pero da Luz, Simão Machado, Diogo Rodrigues, AfonsoPelais e João Francisco.27Na quinta-feira, dia 25 de abril desse mesmo ano, o Capitão-Mor JerônimoLeitão não somente autorizou como ele próprio colocou-se à frente da bandeira,determinando que os interessados se reunissem para discussão dos pormenores,"com a brevidade possível, porque o tempo é pouco".Na Vila de São Paulo, em 1.° de setembro, o escrivão da Câmara, Diogode Unhate, lavrou um auto, onde foi aprovado, também, a organização dabandeira para fazer guerra aos Carijó de Paranaguá.Como dirigentes, fizeram parte da bandeira:O Capitão-Mor Jerônimo LeitãoO Escrivão da Câmara de São Paulo - Diogo de Unhate.Como participantes:Diogo Teixeira de CarvalhoAfonso SardinhaAntônio ProençaSebastião Leme Manuel RibeiroPaulo RodriguesManuel Fernandes RamosDomingos DiasPadre Sebastião de Paiva - Vigário da Vila de São VicenteSalvador Pires eAfonso Dias.Com suas pessoas, armas, mantimentos e escravos.28
Partindo de Santos, em meados de novembro, velejaram rumo a Paranaguá, onde desembarcaram. Do litoral para os sertões dos Carijó, a bandeira passou por Curitiba, em direção dos cursos dos rios Tibagi, Cinzas e Paranapanema. Durante seis longos anos a bandeira assolou toda a região doscarijó. Chegaram a ser trezentas as aldeias, com cerca de trinta mil indígenas, os quais, ou foram exterminados ou arrastados ao cativeiro.
Diogo Unhate, em 1614, 29 anos depois de ter participado da bandeira,"alegando os encontros e batalhas" que cóm os índios tivera muitas vezes,requereu: uma data de sesmarias de terras na parte que se chama Paranaguá,começando na barra do rio de Ararapira, costeando a rumo de nordeste pelacosta até a barra do Superagüi, costeando a rumo de sudoeste toda a terra quehouver dentro destes dois rios e duas léguas pelo mato adentro, estendendo-seesta data desde a ponta de Iguacetuba, correndo ao norte até dar no primeirorio grande.29Na região, tem um morro, conhecido como morro do Unhate.2.-Jorge CorreiaUma bandeira sob o comando de Jorge Correia, em 1594, participandoSebastião de Freitas, dirige-se contra os Carijó do litoral de Paranaguá.3 .-Manuel SoeiroEm 1595, uma bandeira de preação, sob o comando de Manuel Soeiro,na qual participou também Sebastião de Freitas, que havia tomado parte nabandeira de Jorge Correia, foi organizada contra os indígenas Carijó do litoralde Paranaguá.4.- Lázaro da CostaEm 1615, o capitão-mor Lázaro da Costa, tendo como alferes Lourençode Siqueira e auxiliar João Pereira, à frente de forte expedição com grande(28)- Arquivo Municipal de São Paulo - Livro Tombo.(29)- Livro de Registro de Sesmarias. Cartório da Delegacia do Tesouro em São Paulo. [Páginas 64 e 65]
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