'"Faria de novo", diz homem que cortou a própria mão por "comida e remédio" - 07/10/1999 Wildcard SSL Certificates
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"Faria de novo", diz homem que cortou a própria mão por "comida e remédio"
    7 de outubro de 1999, quinta-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Publicado em 08/10/1999:

O gerente de vendas Sebastião José Rodrigues, 31, confessou ter contratado duas pessoas para cortar sua mão esquerda.

O objetivo dele era receber R$ 900 mil de uma apólice de seguros contra acidentes pessoais que ele havia feito.

As informações foram dadas pelo delegado Godofredo Bittencourt Filho, diretor do Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio).

A confissão foi feita no hospital Ipiranga, onde Rodrigues se recuperava após a amputação. Na primeira versão, o gerente e sua mulher, Cláudia dos Santos, 26, grávida de cinco meses, tinham dito à polícia que haviam saído de casa a pé, na Água Rasa (zona sudeste de São Paulo), às 23h de segunda-feira, para comprar sorvete.

Depois de sacar R$ 20,00 em um caixa eletrônico, os dois teriam sido abordados por três homens em um Escort preto e obrigados a entrar no carro.

O trio teria parado o carro na praça Domingos Barbosa e Rodrigues foi levado por dois homens até uma pedra. Ali, deceparam sua mão esquerda, na altura do pulso, com uma machadinha.

Rodrigues queria receber o dinheiro para pagar dívidas da Digivox Indústria e Comércio, fábrica de telefones administrada por ele que tem dívidas estimadas entre R$ 500 mil e R$ 700 mil.

De acordo com a polícia, uma secretária da Digivox afirmou que havia atendido vários telefonemas em que diziam que iam cortar Rodrigues em picadinhos e arrancar sua orelha.

Rodrigues administrava a empresa Digivox há dois anos e dois meses, desde o assassinato do antigo dono, marido de Márcia Marinho Imperador.

Segundo Márcia, a dívida da empresa teria aumentado durante a gestão de Rodrigues e envolveria vários credores.

Rodrigues foi convidado para controlar a empresa por ser amigo do marido de Márcia. Há seis meses, de acordo com a empresária, a Digivox está passando por um processo de transferência para o nome de Rodrigues, que assumiria as dívidas.

Rodrigues mora com a mulher e o filho do casal, de 1 ano e 8 meses, em uma edícula nos fundos da casa da mãe de sua mulher.

Na entrevista coletiva ele disse que repetiria a atitude se fosse preciso. "Acredito que faria para honrar meus compromissos".

Ele assumiu que planejou a mutilação da mão para receber dinheiro de seguro. A indenização seria usada para pagar dívidas de sua empresa.

O gerente falou por no máximo oito minutos, intercalados por pausa de meia hora. Ele chorou e reclamou de dores no braço quando foi questionado sobre o futuro de sua família e quem realmente deu o golpe de machado.

Rodrigues disse que pretendia receber dinheiro de apólices de seguro (R$ 900 mil) para saldar a dívida de R$ 700 mil que tem com fornecedores.

Negou que devesse dinheiro a agiotas e que estaria sendo ameaçado de morte. "Tinha várias dívidas e sempre senti vergonha disso. Não vi outra solução, a não ser essa", afirmou.

Na noite do dia 5, o gerente executou o plano com o auxílio da mulher, Claudia dos Santos, grávida de 5 meses, e de um amigo, Antônio Elisvânio da Silva.

A amputação da mão foi feita sobre uma pedra, no meio de uma praça na Vila Leme (zona sudeste). O casal, em seguida, simulou ter sido vítima de um assalto e disse que a mão havia havia sido cortada por causa de uma aliança.

Segundo a polícia, Rodrigues pagou R$ 300 para que o amigo o ajudasse. Silva, no entanto, culpa a mulher do gerente pelo golpe de machado que cortou a mão.

Durante a entrevista, ele se negou a esclarecer quem cortou sua mão. "Não é essa a questão agora", afirmou Rodrigues, quando perguntaram sobre a autoria de quem manuseou o machado.

Antes de sair da sala de entrevista pela segunda vez, ele pediu ajuda. "Estou meio perdido ainda e vou precisar de ajuda. Já vejo as dificuldades que estou passando para comprar comida e remédio em casa", disse.

Rodrigues saiu da coletiva direto para casa, informou o advogado Jorge Henrique Monteiro Martins. O advogado pretende provar que não houve tentativa de estelionato no caso porque o gerente não tentou receber o seguro.

A polícia discorda e o indiciou por tentativa de estelionato e falsa comunicação de crime. Ele pode pegar até nove anos de prisão.

"Ele não acionou o seguro porque não teve tempo", disse o delegado Carlos Eduardo Duarte de Carvalho, 32, que investiga o caso.



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Hospital Ipiranga
Data: 01/10/1999
Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Folha de São Paulo
01/10/1999


ID: 2126



ME|NCIONADOS
ATUALIZAR!!!
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.