'A primeira demostração de televisão é realizada no Rio de Janeiro - 03/06/1939 Wildcard SSL Certificates
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A primeira demostração de televisão é realizada no Rio de Janeiro
    3 de junho de 1939, sábado
    Atualizado em 26/10/2025 03:19:33

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Bem antes de 1950, já se falava na televisão no Brasil. Em novembro de 1932, o presidente da Echophone Company Export, o americano A. H. Keleher, de passagem pelo Rio de Janeiro, vindo de navio de Buenos Aires, com destino a Nova York, explicava a existência nos Estados Unidos de 24 estações de televisão em caráter experimental, alem das de Montreal, no Canadá, Londres, na Inglaterra, e de duas na Alemanha.

Ainda ressaltou da transmissão da famosa corrida anual do Derby, na Inglaterra, cuja imagem, segundo ele, teria "aparecido com uma precisão perfeita de detalhes, como uma tela de cinema".

Ao final de sua entrevista afirmou: "Espero também proporcionar (a tecnologia) ao Brasil, isto é, à população do Rio de Janeiro, dentro de poucos meses".

Anos depois, em janeiro de 1934, o jornal carioca A Noite indagava: "Quando teremos a televisão no Brasil?", e publicava uma matéria sobre desenvolvimento da televisão na Alemanha, citando o trabalho do engenheiro Schlesinger, que estava construindo um aparelho de televisão com preço ao alcance de todos.

Sobre o assunto foram entrevistar o pai do rádio brasileiro, professor Edgard Roquette Pinto, então presidente da Confederação Brasileira de Rádiodifusão, que vinha realizando experiências com o intuito de introduzir a televisão no Brasil, e lembrou que a rádio Sociedade do Rio de Janeiro, da qual era fundador e seu presidente, no ano anterior, ao comemorar seus dez anos, fez a transmissão de algumas figuras e letras pela sua estação Marconi, em ondas de 400 metros.

Os alemães estavam com seus estudos mais avançados em matéria de televisão do que o resto do mundo, tanto que conseguiram a façanha, em 1935, de instalar a bordo do vapor Carthia um aparelho de televisão, que exibiu com a máxima nitidez imagens transmitidas da cidade de Hamburgo, apesar de a embarcação estar na ocasião navegando a grande velocidade nas águas do rio Elba.

No Brasil, a curiosidade sobre a televisão era enorme, e em 14 de novembro de 1936, o jornal Folha da Tarde de Porto Alegre publicou com grande destaque uma manchete em sua seção "Rádio" informando: "no próximo ano teremos televisão em Porto Alegre".

A reportagem contou com entrevista de Jose Gonçalves da Silva, da Rádio Difusora da capital gaúcha, que explicou que o vice-presidente da Companhia Philco estava inspecionando as emissoras da America do Sul em nome da Philco Television, e que a Difusora estaria preparada para a empreitada em 1937.

Gonçalves lembrou que os seus ouvintes, de posse dos seus aparelhos de televisão, poderiam assistir o movimento dos estúdios e até acompanhar as jogadas dos grandes "matches" de "foot-ball".

Em maio de 1939, chegava ao Rio de Janeiro Hans Pressler, diretor dos Correios do Reich, que vinha de Buenos Aires, onde representou a Alemanha no Congresso Postal Universal.

Pressler estava designado pelo Instituto de Investigações dos Correios e pelo Ministério dos Correios e Telégrafos de seu país para realizar demonstrações de televisão, sendo que durante o Congresso Postal na capital Argentina os participantes do evento puderam assistir o novo meio de comunicação.

Em entendimentos com o diretor do Departamento Nacional de Propaganda (DNP), Lourival Fontes, e com o diretor dos Correios e Telégrafos, ficou acertado que seria realizada também na capital brasileira a demonstração da aparelhagem e dos serviços de televisão.

O diretor dos correios alemão afirmou que faria instalar no Rio de Janeiro receptores de televisão, de diversos tipos, que fariam transmissões de cenas diretas, cenas tomadas ao ar livre, bem como exibiram trechos de filmes cinematográficos.

O outro equipamento que seria mostrado seria a visiotelefonia, equivalente à webcam dos nossos dias.

Na sexta feira 2 de junho de 1939, foi realizada pela primeira vez no Brasil uma exibição pratica da televisão, sendo os equipamentos montados em dois pavilhões da Feira de Amostras. Lourival Fontes foi o primeiro aparecer na tela, proferindo algumas palavras.

Os presentes puderam verificar a perfeita a transmissão da voz e da imagem através do complexo aparelhamento da A.G. Telefunken. Os técnicos da empresa alemã informaram aos jornalistas que aquele equipamento tinha alcance de 70 quilômetros.

No dia seguinte, foi realizado uma nova demonstração que contou com a presença do presidente da República, Getúlio Vargas, do ministro da Justiça e Negócios Interiores, Francisco Campos, e do ministro de Viação e Obras Públicas, general João de Mendonça Lima, do chefe da Casa Militar, general Francisco José Pinto, do diretor do DNP, Lourival Fontes, e de várias autoridades e artistas convidados.

Vargas fez questão de conhecer detalhadamente toda a parte técnica, que foi explicada primeiramente através de quadros esquemáticos, cujos desenhos demonstravam claramente o principio fundamental da televisão e da visiotelefonia.

O presidente, em seguida, examinou toda a aparelhagem do conjunto transmissor, quando, na sua presença, foi ligada para exibir a atuação da Dupla Preto e Branco, integrada por Herivelto Martins e Nilo Chagas, com a participação de Dalva de Oliveira.

Depois, Vargas foi conhecer os aparelhos receptores, que no momento transmitiam as Irmãs Pagãs, Elvira e Rosina, que cantavam um samba de seu repertório acompanhadas pelo conjunto regional do flautista Benedito Lacerda.

A seguir apareceu na tela o cantor Francisco Alves e novamente a Dupla Preto e Branco com Dalva de Oliveira, que interpretou o batuque Itaquari, de autoria do compositor Príncipe Pretinho.

Getulio Vargas, após os números musicais, fez questão de conhecer também as instalações de visiotelefonia. Após as explicações a respeito dessa modalidade de comunicação, resolveu fazer uma experiência pessoal, e entrou em uma das cabines enquanto em outra, mais distante, se instalou o ministro Francisco Campos.

Em seguida, os televisores reproduziram as imagens dos dois em animada e sorridente palestra para uma numerosa plateia, que do lado de fora assistia curiosa. Vargas, ao sair da cabine, mostrou-se bem impressionando com a interessante experiência.

Ao término da visita, todos assistiram pelos aparelhos de televisão a um filme produzido pelo Departamento Nacional de Propaganda sobre a Exposição do Estado Novo, realizada no inicio do ano.

Com a Segunda Guerra Mundial, que durou de 1939 a 1945, não houve mais experiências com a televisão no Brasil, que somente foram retomadas em 1948.*Antônio Sérgio Ribeiro, é advogado, pesquisador e diretor do Departamento de Documentação e Informação da Assembleia.



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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.