Giovana Mathias Manzano, a advogada que pagou para ser assassinada
13 de junho de 2011, segunda-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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"Mãe, adeus. Consegui o que queria. Di, sinto a sua falta... Desculpe, vou tentar ser feliz". A carta, escrita à mão trêmula, foi o último comunicado da advogada Giovana Mathias Manzano, 35.
No dia 13 de junho, ela foi assassinada com três tiros, um na nuca e dois na cabeça, num canavial de Penápolis (479 km de São Paulo).
Para a polícia, familiares, amigos e colegas de curso, não há dúvida: Giovana planejou a própria morte. Contratou o matador, pagou em dinheiro, escolheu o local do crime e a maneira como seria morta. Tudo após anos de luta contra a depressão. "Quis isso, não aguentava mais sofrer", escreveu.
Sem coragem para o suicídio, achou alguém para matá-la, um jovem "sem amor à vida", segundo a polícia. O crime é o assunto de qualquer roda na cidade de 60 mil habitantes. "Em 23 anos de polícia, nunca tinha visto nada parecido. Mas não há outra hipótese", disse o delegado Mauro Gabriel.
A confissão do assassino, Wellington de Oliveira Macedo, 21, que estava na cadeia até 18 de maio, por tráfico, só ocorreu depois que a polícia reuniu todas as provas -entre elas, as pegadas no local do crime que coincidem com o tênis apreendido na casa dele. O jovem contou detalhes.
Parentes e amigos ajudaram a esclarecer, relatando o motivo: tristeza, uma das consequências da síndrome de borderline, transtorno psiquiátrico diagnosticado pelos especialistas que a atendiam, caracterizado pela instabilidade de humor, angústia constante e profunda causada por medo de abandono.
DUPLA REJEIÇÃO
As pessoas mais próximas dizem que tanto sofrimento era motivado pela sensação de rejeição."Ela é adotiva e soube disso quando era adulta. Em março, o marido dela decidiu se separar. Acredito que ela tenha se sentido rejeitada duplamente", disse um primo que pediu anonimato.
Para explicar a morte, a polícia buscou informações de outubro de 2010, quando a vítima vivia em Cáceres (MT) com o marido, o delegado Adriano Cavaglieri (o Di, escrito na carta).O marido ligou para o primo dela pedindo ajuda.
Giovana havia sido internada após tomar uma dose excessiva de remédios fortes. "Ele disse que não conseguia mais ajudá-la e que em São Paulo havia especialistas para isso", lembrou o primo.O parente foi ao Mato Grosso e trouxe a moça para Penápolis.
A família a levou aos melhores psiquiatras da região. Ela era dedicada aos tratamentos, fazia terapia e tomava oito remédios para controlar sua angústia. Tudo ia bem até março, quando o marido foi a Penápolis para formalizar a separação. "Ela não se conformava e voltou a ficar muito deprimida", contou o parente.
Mesmo diante da perda, Giovana buscou se reerguer. Iniciou os estudos num cursinho preparatório para concursos e fez novas amizades.
"Era inteligente demais. Muito companheira. Mas, muitas vezes, estava triste", disse a amiga Verônica Lopes, 27.
Giovana não suportava a falta do marido, que, segundo as amigas, passou a não atender mais suas ligações. Deprimida, recorreu a outro primo três dias antes da morte.
"Preciso que você me apresente alguém barra pesada para me matar", pediu. Fez o mesmo apelo a uma amiga. Ambos, assustados, se recusaram a ajudar.
Sem auxílio, fez tudo sozinha entre sexta e segunda, dia do crime. Chegou a Wellington, que aceitou o serviço por R$ 20 mil (ele afirma que recebeu R$ 2 mil) e chamou um comparsa para incendiar o carro dela. Nesse intervalo, Giovana tentou mostrar normalidade - no domingo, foi ao aniversário da sobrinha.
Às 23h de segunda, logo após o Dia dos Namorados, tudo seguiria conforme o combinado com o matador. Minutos antes de partir para a morte, rezou com uma professora no cursinho, mas disse um adeus frio às amigas. Uma delas pediu um abraço. A resposta: "Não posso. Tenho que ir".
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