Vivendo em São Paulo de Luanda, Benevides estava impossibilitado de acompanhar de perto os novos empreendimentos de descobertas e a exploração das minas de ouro paulistas, mercê obtida em 1643. Por esse motivo como previa o oitavo capítulo do seu regimento encarregou seu tio, Duarte Correia Vasqueanes dessa obrigação. Com a morte de Vasqueanes em 1650 o cargo voltou a vagar, sendo assim, elegeu para função seu “primo” Pedro de Sousa Pereira os cuidados “das novas descobertas de Paranaguá de sua defesa e fortificação” para “que não parem as ditas minas, nem se perca o que estiver nelas obrado” [ANRJ, Códice 61, vol. 2, fl. 80v, 24 de maio 1652].
A partir de então Sousa Pereira deveria averiguar as condições de exploração mineral que se achassem nas capitanias de “São Vicente, São Paulo, Paranaguá e todas as mais da Repartição Sul” fossem elas “ouro, prata, pérolas, salitre e todos os outros metais” [ANRJ, Códice 61, vol. 2, fl. 81, 24 de maio de 1652].38
Ao lado da ambição em torno da busca pelo ouro que cercava a região sul desde do século XVI havia também certa desconfiança sobre a extensão das riquezas contidas naquelas minas. Já em 1654, Salvador de Sá escreveu ao rei dizendo que os exploradores minerais de São Vicente avaliavam as minas “por mais que são; e outros por menos do que mostram”. Lembrava ao monarca das dificuldades de exploração aurífera em localidades tão remotas, dos “sediciosos” moradores de São Paulo e da importância da cautela para que a ganância não dominasse os colonos. E para tal seria fundamental a nomeação de alguém desinteressado na condução dos novos descobrimentos e controle dos mineradores.39 Não é de se espantar que para um ofício onde tanto zelo fazia-se necessário ele tenha indicado Pedro de Sousa.
Com tal missão, Sousa Pereira passaria a viver por cerca de cinco anos entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Paranaguá fiscalizando as explorações do ouro de aluvião tendo autoridade sobre “todos os oficiais das ditas minas de todas aquelas capitanias” que“darão logo conta ao dito administrador de tudo que tem até agora obrado, e do procedimento que nelas há devido com as mais notícias”. Sousa Pereira a partir de então ganhou notoriedade e uma importância política fora do Rio de Janeiro ampliando para outras capitais sua esfera de atuação e poder, que era limitada pela jurisdição da Provedoria de Fazenda do Rio de Janeiro apenas a sua capitania de origem. Todos envolvidos na exploração e tributação dos metais precisos deveriam seguir “suas ordens e mandados sem dúvida nem contradição alguma”,40 como expressava claramente sua carta patente (ANRJ, Códice 61, vol. 2, fl. 82, 24 de maio de 1652).
[3553] Os Amaral Gurgel: Família, poder e violência na América portuguesa (c. 1600 – c. 1725) 01/01/2017
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