Falecimento de Auguste de Saint-Hilaire em La Turpinière. Nasceu em Orléans a 4 de outubro de 1779 (ver 30 de maio de 1816).
30 de setembro de 1853, sexta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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As canastras de Saint Hilairiemaio 06, 2021 Segundo Gilberto Freyre: “os primeiros jesuítas no Brasil quase se envergonham, através das suas crônicas, do fato de lhes ter sido necessário exercer ofícios mecânicos. Seu gosto teria sido se dedicarem por completo a formar letrados e bachareizinhos dos índios [...] Entre os primeiros jesuítas do Brasil parece que só o padre Leonardo trouxera do século o ofício de ferreiro; quase todos os outros, puros acadêmicos ou doutores” [1]. Segundo o escritor Félix Ferreira ao discorrer sobre o Liceu de Artes e Ofícios: “o homem livre, ignorante em matéria de arte, vendo-a exercida pelo escravo não a professa porque teme nivelar-se com ele; e o escravo, o mais ignorante ainda, tendo à arte o mesmo horror que vota a todo trabalho de que tira proveito para alheio usufruto, não procura engrandecer-se aperfeiçoando-a” [2]. Quem visitava o Rio de Janeiro do começo do século XIX chocava-se com a indolência dos cariocas. Os carpinteiros contratavam escravos para carregar suas ferramentas.[3] Saint Hilairie relata que os mecânicos possuíam as ferramentas mais necessárias e quase nunca as matérias necessárias para seu ofício assim cabia ao cliente fornecer o couro ao sapateiro, a linha ao alfaiate, madeira ao marceneiro, adiantando o dinheiro necessário. [4] Numa ocasião Saint Hilaire ao chegar em São Paulo vindo de Goiás precisou contratar um marceneiro para que lhe fizesse mais duas canastras, uma espécie de mala. Mesmo pagando adiantado o marceneiro desistiu do serviço o que irritou Saint Hilairie que respondeu rispidamente. O marceneiro, contudo, permaneceu sem qualquer reação. Segudo Saint Hilairie: “os brasileiros dasclasses inferiore costumam ouvir sorrindo as verdades mais mortificantes, quando ditas por um superior, mantendo absolutamente inalterada a sua conduta”. A questão somente pode ser resolvida pela contratação de um outro marceneiro pelo governador da província.[5] Gilberto Freyre reporta que quando da construção da estrada de ferro Pedro II o engenheiro civil James Wells em uma determinada ocasião decidiu arregaçar as mangas da camisa para ensinar melhor um grupo de operários o modo de fabricar tijolos. Os engenheiros brasileiros recém formados,seus assistentes, ao presenciarem o fato imediatamente deixaram de se referir ao engenheiro inglês como “Doutor”, pois “não compreendiam um doutor de mangas arregaçadas, sujando as mãos de barro e metido entre operários como se fosse um deles”.[6][1] FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala, São Paulo:Global Ed., 2006, p. 215[2]CUNHA, Luis Antonio. O ensino dos ofícios artesanais e manufatureiros no Brasil escravocrata, São Paulo: Unesp, 2005, p. 161.[3] WILCKEN, Patrick. Império à deriva: a Corte portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821, Rio de Janeiro:Objetiva, 2010, p.262[4] ABREU, Capistrano. Capítulos de História Colonial. São Paulo: PubliFolha, 2000, p. 240[5] TOLEDO, Roberto Pompeu de. A capital da solidão, Rio de Janeiro: Objetiva, 2012, p. 300[6] FREYRE, Gilberto. Ingleses no Brasil, São Paulo:TopBooks, 2000, p.110
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