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A expedição francesa do capitão de fragata Jean François Du Clerc penetrou na cidade do Rio de Janeiro
    19 de setembro de 1710, sexta-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


1710 — Neste dia, a expedição francesa do capitão de fragataJean François Du Clerc penetrou na cidade do Rio de Janeiro, mas foiobrigada a render-se depois de porfiado combate. A cidade tinha então12 mil habitantes e ocupava o espaço compreendido entre o mar, osmorros do Castelo e de São Bento, e um fosso, chamado Vala, que ia dalagoa e campo de Santo Antônio (hoje largo da Carioca) até a Prainha.Corria esse fosso pelo local onde depois se formou a rua da Vala, hojeUruguaiana; na extremidade da rua de Antonio Vaz Viçoso (hoje, SãoPedro), mudava de direção para chegar ao mar, passando entre o morrode São Bento e o da Conceição. A rua Direita ou da Cruz (hoje rua 1o demarço) era a única que se estendia do Castelo ao São Bento. A casa dogovernador ficava ali, em frente à rua do Palácio (hoje da Alfândega),tendo à esquerda o trapiche da cidade. Do lado do campo, a última ruaparalela à Direita era a dos Ourives; da parte de São Bento, a últimarua perpendicular a essas duas era a de Antonio Vaz Viçoso. Entreesta última, a Direita e o morro de São Bento havia uma planície eum pântano. As igrejas do Rosário e de São Domingos e a chácara doFogo, que deu o nome primitivo da atual rua dos Andradas, ficavamfora dos limites da cidade, em uma planície entrecortada de pântanos,chamada, então, campo de São Domingos ou do Rosário. Dois caminhosconduziam desse lado para o interior; um terceiro, chamado caminhodo Desterro (hoje rua Evaristo da Veiga), e do morro deste nome, emdiante, azinhaga de Mata Cavalos (rua do Riachuelo), começava perto dalagoa de Santo Antônio (antiga lagoa do Boqueirão, já muito reduzida),seguia as faldas dos morros do Desterro (Santa Teresa) e, pela mata dosPorcos (Mata Porcos), ia ter ao Engenho Pequeno dos padres (depoisEngenho Velho), à Tijuca e ao Engenho Novo. O governador Franciscode Castro Morais, guarnecidas as fortalezas, esperava o inimigo pelolado do campo do Rosário, tendo aí reunido, atrás do fosso, ou vala,uns dois mil homens de tropa regular, milicianos e voluntários; noentanto, Du Clerc, que vinha da Tijuca (desembarcara em Guaratibano dia 11 com mil homens), marchou por Mata Cavalos, caminho do EFEMéRIDES BRASILEIRAS531Desterro, caminho da Conceição da Ajuda (hoje rua da Ajuda), ruas doParto (depois, de São José) e da Misericórdia, praça do Carmo (largodo Paço) e rua Direita. Junto ao Desterro (Santa Teresa), repeliram osfranceses alguns destacamentos de ordenanças, e, ao entrarem na cidade,foram hostilizados pela artilharia do forte de São Sebastião, no Castelo.“Continuando sua marcha [diz uma relação inédita de Arnoult deVaucresson, dirigida ao ministro das Colônias, conde de Pontchartrain]ele [Du Clerc] entrou na cidade, onde as casas que estavam geralmenteguarnecidas de armas fizeram um tiroteio cerrado sobre suas tropas, quenão sabiam, por assim dizer, onde se esconder. Chegaram, no entanto, àpraça de armas, onde foi impossível a Du Clerc de colocá-las em batalha,devido ao tiroteio contínuo que se fazia sobre elas desde as casas quedavam para a dita praça... Foi então em direção a um grande armazémfortificado com cinco canhões e guarnecido por homens armados, queestava à beira-mar (Trapiche da Cidade, na Rua Direita), que atacou eremoveu, apesar de sua resistência. De Boiron foi o primeiro a subir, commuita bravura e intrepidez. Ele foi investido e atacado imediatamentede todos os lados, por inimigos tão numerosos, que notando que haviaperdido um terço de seus homens e que não lhe restavam mais quesete oficiais, depois de muitas negociações com o governador, aceitou aoferta que este lhe fez de recebê-los como prisioneiros de guerra, parasalvar o resto das tropas.” A relação portuguesa na Hist. gen. (t. VIII)concorda nos pontos principais com a descrição francesa: “Formaramse [os franceses] junto ao convento do Carmo (Largo do Paço), e, nãopodendo forçar-lhe as portas, já com perda de muita gente pelas ruas, eretaguarda, foram em demanda da casa dos governadores; e, sendo-lhespor muito tempo defendida a entrada com mortes de uma e outra parte,por uma companhia de estudantes, mas metendo-se alguns franceses nopalácio e corpo de guarda, vieram todos a ficar prisioneiros ou mortos.Assim que o governador teve notícia de que os inimigos entraram nacidade, fez marchar o mestre de campo Gregório de Castro Morais como seu terço, e por outra parte o capitão Francisco Xavier de Castro,filho primogênito do coronel, governando este troço o seu sargento-morMartim Correia de Sá. Chegaram estes corpos à rua Direita, onde aindaos estudantes embaraçavam os inimigos, e os nossos os atacaram tãovigorosamente, que, desamparando o corpo de guarda, se retiraram poruma travessa para a parte da praia, e entraram em um armazém a que OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO532chamam Trapiche; e, ainda que se lhes disputou a entrada, ganharamseis peças de artilharia, que ali estavam, que já lhes haviam no princípiofeito algum dano; aqui mataram o mestre de campo Gregório de CastroMorais com duas balas, e com outra feriram nos peitos, e em uma ilhargacom uma baioneta, a seu filho Francisco Xavier, e também recebeualgumas feridas o capitão José de Almeida, havendo procedido comvalor em toda a ocasião. O governador intentou pôr fogo ao armazém.O capitão Antonio de Ultra da Silva, que com a cavalaria havia acudidoao conflito, querendo adiantar-se de todos a entrar no armazém, foimorto. O comandante Du Clerc, vendo-se neste aperto, determinoucapitular.” Renderam-se aí 650 franceses, tendo sido mortos 280.Entre os últimos estavam os oficiais e guardas-marinha de Patreville,d’Irrumberry, de Proissy, de Rilly, de Varaise, de Miraillete e de LaMesanchère (foram 11 os oficiais mortos); entre os prisioneiros feridos,o cavaleiro de La Sausaye, comandante da fragata La Valeur, o condede Ruis, de La Rigoudière, du Fay d’Issondun, de Coigne, o marquêsde Linars, de Préfontaine, o marquês d’Assigny e de Saint-Légier; entreos não feridos, o comandante Du Clerc, de Courcy, de La Salle, de LaCaillandière, de Chandolan, Monclerc de Peyre, de Pont de Villene,de Laval de Montmorency, de Tolède, de Villedon, des Fontaines e dePradelles (foram 41 os oficiais prisioneiros, muito deles feridos). Donosso lado, houve 200 mortos e feridos. Os mortos foram 70, incluindo“15 ou 16 negros, uns que pelejaram, outros que quiseram ver, cuidandoque era festa”, disse o cura da Sé. Na relação desses mortos, encontramse os nomes do mestre de campo e do capitão de ordenanças de cavalaria,anteriormente citados (este último era de São Gonçalo), do ajudanteGaspar Queirosa, do professor José de Faria, dos estudantes Pedro daCosta, Francisco Teles, Antônio Moreira, Francisco Peleja (filho dodesembargador Peleja, ouvidor em São Paulo) e José Ferreira (filhodo santeiro Francisco Ferreira), do pintor Manuel Gomes Torres, doorganista da Sé Antônio Maciel, de um caixeiro e de vários operários,que sem dúvida pertenciam aos corpos de ordenanças. A Companhiados Estudantes, que tanto se distinguiu, era comandada pelo capitãoBento do Amaral Coutinho, “uma das pessoas principais desta cidade”,dizia uma representação da Câmara (ver 23 de setembro de 1711). LuísXIV confiou no ano seguinte a Duguay-Trouin o desforço deste revés(ver 12 e 20 de setembro de 1711).



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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.