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A esquadra francesa de Duguay-Trouin, favorecida por um nevoeiro, aproxima-se, sem ser vista, da barra do Rio de Janeiro
    12 de setembro de 1711, sábado
    Atualizado em 25/10/2025 15:40:55

  
  
  


1711 — A esquadra francesa de Duguay-Trouin, favorecida porum nevoeiro, aproxima-se, sem ser vista, da barra do Rio de Janeiroe força a entrada. Compunha-se de 17 navios, montando 740 peças ealguns morteiros, com 5.764 marinheiros e soldados. As fortalezas e asbaterias da barra, a de Villegaignon e seis navios de guerra, ou armadosem guerra, disputaram a passagem, na qual Duguay-Trouin teve 300homens fora de combate, sendo 80 mortos. A bateria de Villegaignonficou destruída por uma explosão, em que pereceram os capitãesManuel Ferreira Estrela, João Pinto de Castro Morais e um capitãode artilharia, além de trinta e tantos inferiores e soldados, e ficaram OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO516feridos 60 oficiais e praças (História gen., VIII, 127). A esquadrafrancesa foi fundear na Armação. Pela exposição do governador doRio de Janeiro, Francisco de Castro Morais, e de outros documentosinéditos da devassa a que se procedeu, vê-se que os navios portuguesesdo sargento-mor de batalha do mar, Gaspar da Costa de Ataíde, nãoestavam postados entre Santa Cruz e em Boa Viagem, como foramrepresentados na planta de A. Coquart (Mems. de Duguay-Trouin),reproduzida, com ligeiras variantes, na História geral do Brasil, dovisconde de Porto Seguro. Esses navios se achavam entre Villegaignone a cidade, tendo a maior parte das guarnições, com o general Costa deAtaíde, em terra, no trabalho da construção de trincheiras. Os nossoscronistas e historiadores exageraram muito as forças de que dispunhao governador (ver 29 de agosto de 1711). Eis a relação exata dos fortese baterias, segundo os documentos oficiais portugueses. Na entrada dabarra: bateria da praia de Fora, seis canhões de ferro; bateria da PraiaVermelha, 12; fortaleza de Santa Cruz, comandada pelo sargento-morMiguel Alves Pereira, 44 canhões, seis dos quais de bronze; fortalezade São João (compreendendo as baterias de São Martinho, São Diogo,São José e São Teodósio), comandada pelo sargento-mor AntônioSoares de Azevedo, 30 canhões, sendo oito de bronze (estas bateriasnão fizeram fogo porque o comandante tinha licenciado a sua gente).No porto: bateria de Villegaignon, comandada pelo capitão ManuelFerreira Estrela, 20 canhões de ferro; bateria da Boa Viagem, 10 (abateria de Gravatá já existia, mas estava desarmada); forte e bateria dailha das Cobras, capitão Diogo Barbosa Leitão, 12. Na cidade e seusarredores: forte de São Sebastião, capitão José Correia de Castro, cinco;reduto de São Januário, 11; reduto de Santa Luzia, cinco (todos os trêsno morro do Castelo); forte de Santiago, também chamado da pontada Misericórdia ou do Calabouço, um; trincheiras do morro de SãoBento, oito canhões; reduto da Prainha, sem artilharia. No morro daConceição havia um entrincheiramento sem artilharia, para proteger aresidência do bispo. Do lado de terra, corria uma trincheira, não de todoacabada, desde a lagoa de Santo Antônio ou do Boqueirão, no atuallargo da Carioca, até a Prainha, ao longo do fosso, que já existia no anoanterior (ver 19 de setembro de 1710). Nessas trincheiras, não haviapeças. Assim, o número total de bocas de fogo, nos fortes, nas bateriase nas trincheiras, era de 174, sendo apenas 14 de bronze. Em vez de EFEMéRIDES BRASILEIRAS51710 mil homens de linha e de cinco mil milicianos, de que fala PortoSeguro, iludido pelas declarações de Duguay-Trouin (nunca houveem tempo algum, antes da Independência, 10 mil homens de linhareunidos em um só ponto do nosso território), só tinha o governador2.720 homens, 650 dos quais, incluindo todos os artilheiros, ocupavamos fortes e as baterias da barra e do porto. Dividiam-se assim: Troparegular: terço velho e terço novo de infantaria do Rio de Janeiro,590 homens (mestre de campo Francisco Xavier de Castro Moraise João de Paiva Souto Maior), e o terço da Colônia do Sacramento,300 homens (sargento-mor Domingos Henriques); artilheiros, 50.Milícias: regimento da nobreza e privilegiados, 550 homens (coronelManuel Correia Vasques), dois regimentos de ordenanças, 780 homens(coronéis Baltasar de Abreu Cardoso e Crispim da Cunha). Tropasde Marinha (do regimento da Armada e do regimento da Junta deComércio), 400 homens desembarcados dos navios. A força navalconstava apenas da nau capitânea, cujo nome nos não é conhecido,da São Boaventura (comandante Gillet du Bocage, avô do grandepoeta), da Barroquinha (comandante Amaro José de Mendonça) e daPrazeres. Esta última pertencia à Junta do Comércio; as outras três, àMarinha Real; montavam, ao todo, uns 130 canhões. Havia ainda doisnavios mercantes ingleses, que tinham algumas peças. Não podendoresistir à poderosa esquadra de Duguay-Trouin, ordenou Costa deAtaíde o incêndio dos seis navios, que, largando as amarras, tinhamido encalhar na ponta da Misericórdia, na ilha das Cobras, e junto aSão Bento. Na manhã de 13, o cavaleiro de Goyon, à frente de 500homens, apoderou-se da ilha das Cobras, cujo comandante, debalde,havia pedido reforços; no dia seguinte, Duguay-Trouin, desembarcandona praia de São Diogo com 3.800 homens, ocupou sem resistência asalturas de São Diogo, Providência e Livramento, e fez estabelecer nailha das Cobras e no morro do Pina, hoje Saúde, baterias, que abriramfogo contra as trincheiras de São Bento e o forte de São Sebastião. Nailha das Cobras tinham os franceses cinco morteiros e 18 canhões, eno morro da Saúde 10 canhões e quatro morteiros. Os documentos daAlçada mostram que Castro Morais só podia responder ao fogo desses37 canhões e morteiros, e ao da esquadra, com as oito peças de SãoBento, as cinco do forte de São Sebastião e uma do de Santiago. Osoutros fortes e baterias ficavam muito distantes, e nenhum préstimo OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO518tinham para a defesa da cidade. Ocupadas pelo inimigo as alturas de SãoDiogo à Conceição, assim como a ilha das Cobras, a cidade podia serfacilmente destruída, e estava de fato perdida. Ainda assim, as bateriasimprovisadas em São Bento sustentaram fogo continuado até o dia 20,sob a direção do sargento-mor de batalha do mar, que tinha às suasordens o capitão de mar e guerra Gillet du Bocage. Nos dias 17 e 18houve pequenos combates, fora das trincheiras, e no dia 20 (ver essasdatas), começado o bombardeamento, o governador ordenou, à noite, aevacuação da cidade, que contava então 12 mil habitantes. [1]

*Domingos Rodrigues da Fonseca Leme era natural da vila de Parnahyba, filho do capitão João Rodrigues da Fonseca e D. Antonia Pinheiro Raposo Tavares. Faleceu em seu sítio de Teymotinga, distrito de São Roque, em 1738, casou com Izabel Bueno de Moraes.

Tem uma história interessante a velha fazenda da Borda do Campo, situada a poucos quilômetros da estação do Sítio, na Estrada de Ferro Centra, comarca de Barbacena. Ela foi teatro de conversações patrióticas, assistiu as cenas de ardor cívico, conferências de inconfidentes e lá se fez ouvir muitas vezes a voz sincera, entusiasta e vibrando do proto-mártir Tiradentes.

Seu proprietário era, por esse tempo, o coronel José Ayres Gomes. Antes dele, em 1703, a fazenda da Borda do Campo pertencer ao coronel Domingos Rodrigues da Fonseca Leme distinto paulista, cujos serviços e merecimento são atestados na patente de coronel da Nobreza da Capitania de São Paulo, que lhe passou o Capitão General Rodrigo César de Meneses, em 22 de outubro de 1724.

Desse documento consta que "sucedendo entrar a Armada Francesa no porto do Rio de Janeiro, e baixando das Minas o Governador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, com um pé de exército a socorre-lo, se, aquartelou na Borda do Campo, no sítio do suplicante, onde lhe foi necessário demorar-se alguns dias para regular as tropas e as ir despedindo de sorte que fizessem as marchas com mais facilidade, ás quais assistiu o dito Domingos Rodrigues da Fonseca Leme com todos os mantimentos necessários, e tudo o mais que lhe pediu, com a maior grandeza e liberalidade, oferecendo tudo sem estipendio nem paga..."

Foi a invasão dirigida por Duguay Trouin, em 1771, em que os franceses, no dia 22 de setembro, tomaram o Rio de Janeiro, que não fôra defendido convenientemente pelo governador Francisco de Castro. Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho chegara de Minas com esse reforço que passara na Borda do Campo, mas encontrou firmado com Duguay um contrato desonroso. Coelho de Carvalho foi então convidado para assumir o governo e fel-o em 1711, conservando-se até 1713.

Depois do Coronel Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, as terras da Borda do Campo passaram ao domínio de Manoel Lopes de Oliveira, que também obteve carta de sesmaria em 30 de outubro de 1749. [A Fazenda da Borda do Campo. O inconfidente José Ayres Gomes, 1992. Wilson de Lima Bastos. Páginas 1 e 2 do pdf]



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EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.