O procurador do Conselho e declara que, "a requerimento do povo", exige a expulsão de Antão Roiz Pacheco
10 de setembro de 1633, sábado Atualizado em 22/08/2025 02:59:03
• Fontes (2)
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1ª fonte
Data: 1939
No tempo dos bandeirantes. Benedito Carneiro Bastos Barreto, "Belmonte" (1896-1947)
Mais curioso é o caso de um indivíduo que atende pelo nome solene de Antão Roiz Pacheco. Aquí chega ele, um dia, vindo não se sabe de onde, e fica a mandriar, a beber, a falar mal da vila alheia. Exemplar completo e acabado daquilo a que os homens do Conselho dão o nome de "homem prejudicial" tratam estes de expulsá-lo da terra. Na sessão do dia 10 de setembro de 1633, levanta-se o procurador do Conselho e declara que, "a requerimento do povo", exige a expulsão do malandro. Os oficiais da Câmara, em resposta, afirmam que "a tudo acudirão".
Na sessão seguinte, porém, no dia 17, aparecem na Câmara, empunhando um vasto requerimento, trinta e cinco dos mais respeitáveis moradores da vila, para fazerem esta queixa: que Antão Roiz Pacheco fora expulso da vila, de acordo com os desejos dos moradores. Mas, ostensivamente, voltára! Voltára e por alí andava, a "embaraçar a terra" o que lhes parecia um abuso e um desafio. Se o homem "fôra botado fóra" e voltára, que "o botassem fóra de novo".
O homenzinho, porém, não parece disposto a respirar outros ares. Gosta de São Paulo e, por nada deste mundo, quer sair. Tanto que, ao ter notícia de que ha ordem terminante para a sua re-expulsão, esconde-se em casa de um amigo, de onde o vão arrancar os oficiais da Câmara, com grande desespero seu e do seu hospedeiro Clemente Alves.
Resultado do gesto acolhedor e humanitário do amigo Clemente: na sessão da Câmara do dia 1 de outubro, o procurador levanta-se para requerer
"que se condenassem a Clemente Alves porquanto fora notificado não recolhesse a sua casa Antão Roiz Pacheco por mandado deles ditos oficiais da Câmara e não quisera obedecer pelo que requeria o condenassem"... [p. 89, 90, 91] [24039]
2ª fonte
Data: 2010
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
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Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
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2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
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