Glorioso combate em que quase todos os defensores da nova Colônia do Sacramento, no rio da Prata
7 de agosto de 1680, quarta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Um exército espanhol atacaram, ocuparam e destruíram a Colonia de Sacramento. Manuel Lobo foi preso, levado para Buenos Aires e morreu em "masmorras gotejantes" sem nunca ter sido resgatado. [2]
— Glorioso combate em que quase todos os defensores da nova Colônia do Sacramento, no rio da Prata, sucumbem, pelejando um contra 17. Esse estabelecimento fora fundado seis meses antes em um pequeno promontório (ver 22 de janeiro) por dom Manuel Lobo, governador dacapitania do Rio de Janeiro, e era protegido apenas por um quadrilátero de estacadas, tendo do lado de terra dois baluartes e um fosso. Havia no forte18 peças, seis pedreiros e dois meios canhões. A guarnição compunha-sede 200 homens do Rio de Janeiro e de São Paulo, e suportou um assédiode alguns meses, repelindo todas as intimações dos contrários para quese rendesse. Os sitiantes eram 3.560 (260 espanhóis de Buenos Aires,Corrientes e Santa Fé, e 3.300 guaranis das missões jesuíticas), sob ocomando do coronel Antônio de Vera Mojica, nomeado para esta ação pelogovernador de Buenos Aires, José Garro. As privações eram grandes napraça: “Se soube da necessidade de abastecimentos em que estavam, que eramuita”, diz um manuscrito contemporâneo. Na madrugada de 7 de agosto,os sitiantes marcham ao assalto, indo à frente os guaranis, divididos em trêscolunas, comandadas pelo sargento-mor Inácio Amandaú e pelos mestres decampo Christoval Capí e Francisco Curitu. Repelidos no primeiro assalto,voltaram à carga e, tendo penetrado na praça, foram lançados fora, depoisde viva peleja. Na terceira investida, entraram de novo, e a multidão acaboupor esmagar os poucos defensores que restavam e que ainda resistiram até aúltima extremidade. O combate durou duas horas. Dos nossos foram mortos112, entre eles todos os capitães e subalternos, menos dom Francisco N.de Lancastre, que ficou ferido e prisioneiro. Quase todos os soldados queo inimigo aprisionou estavam feridos. O governador dom Manuel Lobo,gravemente enfermo, foi capturado em sua cama e conduzido, com ospoucos prisioneiros, para Buenos Aires, onde faleceu (em Buenos Aires,e não em Lima, afirma Mirales). O inimigo teve 36 mortos e 96 feridos.Manuscritos contemporâneos salvaram do olvido os nomes de alguns dosnossos heróis: os capitães Manuel Galvão, Manuel de Aguiar e SimãoFarto (este último de São Paulo, o primeiro do Rio de Janeiro) o capitãoengenheiro Antônio Correia Pinto, o tenente Bartolomeu Sanches e donaJoana Galvão. “O capitão Manuel Galvão era valentíssimo português”, diza Relación de lo sucedido (manuscrito da Biblioteca Nacional). “Ainda quese visse Galvão tão caído, e os nossos lhe prometiam quartel, pelejava tãodesesperado, que não aceitou outro conselho, senão morrer.” Xarque referese à morte heroica da mulher de Galvão: “Imitou-o em seus altos espíritos OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO448sua mulher, que manejava o aço tão ligeira que parecia um raio: e vendomorto o marido, os castelhanos prometiam conservar sua vida, porque seuânimo varonil merecia coroar-se com séculos prolongados, mas a matronaintrépida achou que seria descrédito de sua lealdade ao rei e de amor a seumarido sair viva da batalha, em que este havia entregue a alma, pelo quenão cessou de pelejar, até que imitou, com morte gloriosa, a seu consorte.”Charlevoix, ao escrever sobre informações dos jesuítas das Missões, disse:“Seu general era digno de comandar gente tão brava... Um de seus capitães,chamado Manuel Galvão, corria em todas as fileiras, animava com sua voz ecom seu exemplo os soldados a se lembrarem de que eram portugueses, umnome tão formidável para os espanhóis, que mesmo seus inimigos, vendo-ocair morto com muitas feridas, não puderam impedir-se de se lamentareme de chorarem. Esse bravo homem tinha uma heroína por mulher que, coma espada na mão, combateu a seu lado enquanto viveu. Desde que morreu,os espanhóis, cheios de admiração por sua virtude, gritaram-lhe que serendesse, mas unicamente ocupada do desejo de vingar seu marido, jogouse no meio da refrega e ali encontrou a morte que parecia buscar.” Em1828, um pequeno corsário brasileiro, armado na Colônia, recebeu o nomede D. Joana Galvão. Foi a única e passageira homenagem prestadas pornós a essa heroína. A Colônia do Sacramento voltou ao domínio portuguêsem 1683, em virtude do Tratado de 7 de maio de 1681. [1]
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.