Segundo o site da Catedral Metropolitana de Sorocaba e também a Secretaria de Turismo de Sorocaba:
“Outro fato que difere na história é que a Catedral de Sorocaba como conhecemos hoje não foi sempre esta (..) há fatos que comprovam que já foi também na região da Avenida Itavuvu”.
O primeiro pelourinho
Vindo de São Paulo, após 18 dias de viagem, d. Francisco de Souza chegou em Sorocaba dia 3 de junho de 1599.
Acompanhado de grande e imponente séquito, constituído de fidalgos coloridamente trajados, técnicos, os soldados de infantaria já mencionados e numerosos nativos domésticos, entrava D. Francisco de Souza no povoado, fazendo reboar as montanhas com o éco de suas músicas marciais, trombetas e tambores.
E foi recebido regiamente por Afonso Sardinha, não obstante a pobreza de suas instalações no vilarejo de Itapebussu. Parece que d. Francisco gostou da recepção, ou dos ares, ou ficou influenciado pela "febre" do ouro e pedras preciosas e, na falta deles na exploração do ferro, pois demorou-se em Araçoiaba, relativamente bastante tempo. Eis que, chegado a 3 de junho ainda há atos dele em novembro. Teria ficado pelo menos uns 4 meses." [Araçoiaba e Ipanema, 1997. João Monteiro Salazar. Páginas 58, 59 e 60]
Fundou no local a vila de Nossa Senhora de Monte Serrate, erigindo o pelourinho, um esteio de madeira de lei com uma faca e um gancho de ferro, objetos esses, nos ricos pelourinhos de pedra, menos grosseiros e coroados com as armas reais. [“Memória Histórica de Sorocaba: Parte I” (21/12/1964) Aluísio de Almeida p. 336 / 346]
Mudança para o Itavuvu
Sabe-se que o pelourinho foi mudado concretamente em 1611 (ou se erigiu outro, sendo simbólica a mudança), para o Itavuvú e por ordem de Dom Francisco de Souza, com certeza histórica indireta. Desaparecido o documento original (..) O que a tradição oral guardou é a localização da segunda Sorocaba no Itavuvú.
Aluísio cita mais de duas capelas no Itavuvu, mas não especifica datas:
Lá estão hoje, com casas mais modernas, como que duas ruas em ângulo reto e num dos lados a capela, sucessora de outra que também não era a primeira. Deve ter havido um rancho para uma cruz, pelo menos.
A morte de d. Francisco
Aluísio diz: "Se Dom Francisco veio pessoalmente a erigir o pelourinho, foi pouco antes de 11 de junho de 1611, dia de sua morte em São Paulo".
Quase nada se sabe sobre a misteriosa morte de d. Francisco de Sousa. Concluem que ocorreu em São Paulo, devido a uma epidemia registrada no mês de maio na atual capital.
Porém a morte pode ter ocorrido em Sorocaba, pois, das atas seguintes se verifica que a 12 de Maio de 1611 d. Francisco ainda permanecia no sertão, em companhia de moradores de São Paulo e dos juízes Salvador Pires e Manuel Francisco e que a 5 de junho seguintes esses juízes já haviam regressado, não se falando de d. Francisco. [Os companheiros de D. Francisco de Souza, 1929. Francisco de Assis Carvalho Franco. Páginas 40 e 41]
Imagem: Capela do bairro Itavuvu Acervo/fonte: Filme Quelé de Pageu, 1969 |