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D. Francisco das “Manhãs”: 7° Governador-Geral do Brasi e 1° Fundador de Sorocaba
18/03/2022

A origem de “Sorocaba” ainda não foi compreendida em sua totalidade. A população resume ao “estabelecimento de Balthazar Fernandes em 1654, 154 anos após Cabral chegar ao Brasil, quando tudo aqui era mata fechada”. Os registros anteriores a 1654 são tratados como “Pré-História”. Completamente errado!

50 anos antes da fundação oficial (1661) inicia um longo período de silêncio na vila já existente nas proximidades da Montanha do Araçoiaba, após a morte de seu fundador, D. Francisco de Souza em 1611, [13] sinônimo de fracasso na maioria dos escritos. A vila, por ele denominada Nossa Senhora de Mont Serrat, passou a se chamar São Filipe.

A fundação de Sorocaba está profundamente ligada D.Francisco e ao período chamado União Ibérica (de 1580 á 1641, quase exatamente nascimento e falecimento do fundador de Sorocaba), quando Espanha e Portugal foram unificados sob a liderança de um rei espanhol.

O motivo? Em 4 de agosto de 1578 o jovem rei português D. Sebastião desapareceu durante a batalha de Kasr-el-Kebir. [1] Todas as teorias já foram exploradas!

Existem registros que indicam que ele teria sido sequestrado, ou que entre os muitos que reivindicaram o trono e foram executados como sósias estaria o verdadeiro D. Sebastião.

Acima de tudo e de todos, a História seguiu o rumo que conhecemos quando D. Franscisco retornou a Lisboa, em 24 de agosto de 1578, portando cartas de Belchior de Amaral, que afirmava ter participado do sepultamento do corpo do rei português. [2]

Confusão Histórica (imagem)

Existem eventos registrados que ainda não sabemos se ocorreram em Mogi das Cruzes, Santa Ana de Parnaíba, Santos ou Sorocaba. No centro deles está a capela que D. Francisco de Sousa construiu em terras pertencentes a Bras Cubas.

O local exato das terras concedidas a Bras Cubas é tão controverso quanto “esquisito”. No que importa ao texto, em 25 de setembro de 1536 registra-se a concessão de terras a Bras Cubas a leste do ribeiro de São “Jerônimo, depois chamado de Montserrate”. [1]

O “morro” de São Jerônimo, em Santos, passou a ser chamado MontSerrat por causa da igreja construída por D. Francisco sob a mesma invocação em uma “montanha”.

Exemplo perfeito é o mapa “Americae pars Meridionalis”, feito pelo experiente cartógrafo Hendrik Hondius em 1640, que, com detalhes, descreve Santos e Sorocaba como uma só. [14] Até mesmo o principal e respeitado autor santista, Francisco Martins, se confunde em “História de Santos”, publicado em 1937:

Na página 110 afirma que “(...) ficava na encosta do Morro de São Jerônimo, nome depois trocado pelo de Monte Serrate, desde que se construiu entre os anos de 1603 e 1605, a ermida de Nossa Senhora de Montserrat”. E na página 268 que “(...) a Igreja do Monte Serrate foi edificada em 1602 por D. Francisco Souza (...)” (imagem) [16]

Não estava aqui

É mera suposição afirmar que D. Francisco ou qualquer outra pessoa tenha construído essa capela em Santos, princilpalmente em 1602, 1603 ou 1605, como atribuem os autores.

Certeza documentada é que em junho de 1602 D. Francisco voltou ao reino, [8] em 9 de agosto de 1603 a cigana Francisca Rodrigues foi responsável pela aposentadoria dele [10] e em 19 de março de 1605 D. Francisco foi novamente convocado a voltar ao Reino. [12]

Sorocaba

Em 9 de junho de 1591 D. Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil. Na ocasião fica sabendo de uma certa paragem, onde havia mina de muito ouro limpo, extraído dos montes “Sabaroason”. [3]

Em março de 1600 manda erguer um pelourinho no local nas proximidades de Sorocaba de "Ibiaraçoiaba". [5] Em 14 de julho de 1601 mudou o pelourinho de local, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava". [6]

Aluísio de Almeida, Um dos autores que dedicaram grande parte da vida á História de Sorocaba, cujos escritos são referência e leitura obrigatória entre os estudiosos, afirma:

“Por ser de cor evidentemente local, trata-se uma ponte do rio Sorocaba, onde se fez a igreja a que trouxeram uma imagem de Nossa Senhora. Esta imagem podia ser a Nossa Senhora de Montesserrate, orago do Ipanema, ou outra do próprio Balthazar e é provavel que já se chamasse Nossa Senhora da Ponte antes da mudança do pelourinho para o atual lugar, pois o Itavuvu é à beira-rio e tinha provavelmente a primeira ponte”. [18]

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Fontes/Referências:

[1] Vilardaga, José Carlos, São Paulo na órbita do Império dos Felipes: conexões castelhanas de uma vila da América portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640), São Paulo, Tesis doctoral, USP, 2010 p.26

[2] "SP na órbita do império dos Felipes" José Carlos Vilardaga p.129

[3] “História do Brasil” Livro 1º, Cap. V. Frei Vicente do Salvador / Marcgrave – História Natural do Brasil, Edição do Museu Paulista, pág. 263 / https://brasilbook.com.br/w.asp?b=2669 / GARCIA, 1929, p. 7

[4] projetocompartilhar.org/Familia/ ClementeAlvares.htm - Revistado do IHGSP p.212 - Explorações do ouro, leis e cotidiano das Minas do Século XVIII p.46

[5] Memória Histórica de Sorocaba p.340 / Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História / Brandão, Um neerlandês em São Paulo, 765-776

[6] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=24911

[7] Washington Luís p.286 - Explorações do ouro, leis e cotidiano das Minas do Século XVIII p.46 / Eduardo Tomasevicius Filho / "História Da Civilização Brasileira COLEÇÃO" / "Revista do IHGSP" p. 613

[8] História de Santos (1937) de Francisco Martins dos Santos. Página 110

[9] Na Capitania de São Vicente p.287

[10] "SP na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa" p.180

[11] “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 8 e 9

[12] Reg. Geral, vol.1º, pág. 125 / Memória Histórica de Sorocaba p.341 / Revistado do IHGSP p.212 / Vilardaga p.153

[13] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=21463

[14] Mapa Americae pars Meridionalis, 1640. Hendrik Hondius (1597-1651)

[15] Chorographia historica, chronographica, genealogica, nobiliaria e politica do imperio do Brasil. Tomo I. / "Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais"

[16] História de Santos / ovaledoribeira.com.br/2019/02/o-bacharel-de-cananeia.html

[17] Diário de Notícias, 01.09.1940. Página 13. Aluísio de Almeida

[18] *Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo: “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes” (1967) Luiz Castanho de Almeida



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