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SEPULTURAS HISTÓRICAS NO CONVENTO SANTA CLARA
Uma vez ouvi meus pais dizerem que "se não pagassem uma taxa os ossos de seu pai (meu avô) seriam colocados numa sepultura coletiva". Eu era muito novo, não lembro quando ou onde aconteceu.
Mas ainda sinto o que ela sentia quando disse: "Como vou saber quem é quando for visitá-lo? E se colocarmos aqui?" Meu pai, já irritado com os "trâmites legais" nada falou, afinal, minha mãe, simples e prática que era nunca entenderia.
Mas desde então ela passou a "administrar esse departamento" da família, se tornando especialista na burocracia necessária.
O CONVENTO DE SANTA CLARA
Falando com a amiga Sonia Gonçalves sobre o Convento ou Recolhimento que existiu na esquina da rua Padre Luiz com a São Bento, nos perguntamos: qual destino do "conteúdo" das sepulturas alí existentes, após a demolição em 1965. [6]
Pessoas importantes para a História de Sorocaba foram sepultados alí. Salvador de Oliveira Leme, o Saru-taia, bisavô de Rafael Tobias de Aguiar, falecido em 1802, é um deles. [2]
Ele iniciou as obras em 1767, edificando o Convento onde já havia uma capela em devoção a Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. [1]
Foram duas netas do Saru-taia que, em 22 de julho de 1810, conseguiram a aprovação para a fundação de um Recolhimento denominado Santa Clara na estrutura alí construída. [3]
Em várias ocasiões Sônia insistiu e, incansável admiradora da História que é, ainda insisti: "Teriam ido para as novas instalações do Convento?
De fato o Convento continuou funcionando. Em 15 de novembro de 1982 as "Monjas saíram da clausura para votar". [7]
Porém, Francisca Amália do Amaral, mãe do monsenhor João Soares do Amaral, sacerdote sorocabano que foi muito atuante no auxílio aos doentes de febre amarela, faleceu em 25 de março de 1875, e foi alí sepultada. [4]
Em julho de 1963 o jornal Folha Popular noticiava a descoberta da sua lápide durante os trabalhos de demolição:
"Dona Francisca foi enterrada no Convento Santa Clara. Com o passar dos anos o convento recebeu piso, que encobriu a lápide". [5]
E em 28 de junho de 2012 foi "reencontrada" num porão, onde permaneceu por aproximadamente 50 anos. O material foi identificado por ocasião de uma reforma no prédio da Escola Estadual Júlio Prestes de Albuquerque, o Estadão.
Trata-se de uma importante descoberta para a história da cidade, principalmente pelo nome que ali está gravado:
Francisca Amália do Amaral, mãe do monsenhor João Soares do Amaral, sacerdote sorocabano que foi muito atuante no auxílio aos doentes de febre amarela. [9]
Em dezembro de 2011 suas lápides de personagens históricos de Sorocaba foram encontradas em um terreno à margem da rodovia Raposo Tavares (SP-270), no bairro de Brigadeiro Tobias.
Em uma delas consta os nomes de Joaquim Eugênio Monteiro de Barros, mais conhecido como Quinzinho de Barros, e de sua esposa Hortência Prestes de Barros. [8] |
[1] Diario de S. Paulo, 06.10.1865. Página 2 |
[3] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=9386
[4] Jornal Cruzeiro do Sul, 28.06.2013. Daniela Jacinto |
[5] Jornal Cruzeiro do Sul, 28.06.2013. Daniela Jacinto |
[6] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=16451
[7] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=5055
[8] Giuliano Bonamimgiuliano.bonamim@jcruzeiro.com.br |
[9] Jornal Cruzeiro do Sul, 28.06.2013. Daniela Jacinto |
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