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CONFUSÃO GEO-HISTÓRICA
16/02/2022 02:23:38

Na maioria de minhas pesquisas é necessário recorrer a Geografia para esclarecer incoerências nos registros. Uma certa polêmica a respeito do nome Ibiuna, que uns dizem ser: Ybi - UNA - terra preta ou Y-Una= agua preta. Mas a lenda fala sobre um local que tinha muita neblina, os ventos do atlântico subindo a serra do mar acabavam presas pela serra de São Francisco, tornando a área da represa um local nebuloso. Então não sei não.

A terra em Ibiuna não é preta, ela é avermelhada. A água é meio escura, cheia de algas, talvez então agua preta seja mais correto. E acabaram colocando uma espécie de escultura com dizeres na entrada da cidade dizendo "terra preta". O rio que passa por lá e que é afluente do Sorocabuçu é o rio Una. Rio escuro, ou preto.

A cidade se chamava "Iuna", mas tinha outra na Bahia chamada assim, então a nossa ficou Ibiuna. Estranho, pois a cidade baiana é denominada "Una", sesmaria perto de Ilheus. Sesmaria é mais velho que nossa cidade de Ibiuna, concluo que "inventaram" tal denominação! O "b" não existia na grafia antiga! [9]

MUDANÇA TOPONÍMICA: HISTÓRIA E GEOGRAFIAS REESCRITAS

O município de Unaí – Minas Gerais nasceu de um aglomerado de pessoas, em uma fazenda chamada Capim Branco, próxima ao trevo de acesso a Paracatu, Município ao qual pertencia, mas com o passar dos anos as pessoas foram se transferindo para as proximidades do Rio Iuna. Seu nome Unaí surgiu da inversão de Iuna, nome indígena que significa “água escura”.

Unaí tornou-se município oficialmente independente de Paracatu, em 15 de janeiro de 1944, através do Decreto - Lei nº 1.058, de 31 de dezembro de 1943, decretado pelo Governador Benedito Valadares Ribeiro, em Belo Horizonte no Estado de Minas Gerais, através do pedido de emancipação do Distrito feito por José Luiz Adjuto, que se tornou o primeiro prefeito do município. [8]

Existem muitos indícios de que a região de Paracatu vinha sendo visitada e explorada desde o finaldo século XVI por diversas Bandeiras anteriores ao ano de 1744. Os primeiros seriam os povoadores de Sorocaba Domingos Luís Grou ou Mestre Bartholomeu em 1586, e os irmãos André e Balthazar Fernandes em 1613. [10]

EXPEDIÇÃO ESTACIONOU NA REGIÃO DE SOROCABA


Em 10 de maio de 1585 registra-se a “representação das Câmaras de Santos e São Vicente ao capitão-mor Jerônimo Leitão, lugar-tenente do donatário, sobre a necessidade de fazer-se guerra aos índios Tupiniquim e Carijós”, tribos que habitavam as proximidades de Sorocaba ao sul do trópico de Capricórnio. [1]

Em novembro, “dois meses após, tomando conhecimento dessa solicitação, o capitão-mór decidiu, em junta reunida nâ capella de São Jorge, no engenho dos Erasmos, que a acção se extendesse tambem aos tupynaes, que se buscasse outro meio de apresamento que não a guerra e que tomassem tambem parte da diligencia os moradores da villa de São Paulo”.

Concordando estes últimos, os documentos correlativos foram assignados pelo capitão-mór e os representantes das três villas, que sommaram trinta e seis potentados do tempo. Partindo de Santos em meiados de novembro de 1585, a expedição velejou para Paranaguá, onde aportou”.

Uma das rotas mais utilizadas para chegar a região de Sorocaba era saindo de Paranguá, utulizando um dos caminhos do Peabiru. [2]

Em 16 de agosto de 1586 o procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer”. [3]

Em 1588 houve problemas com esse mesmo ferreiro, mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa. [4]

CONFIRMAÇÃO

Em 1589 eles fundam a “nova” Usina de Ferro do Vale das Furnas. É incostestável a primeira fundição de ferro do Brasil se localizava nas proximidades de Sorocaba. [6]

No ano seguinte eles são atacados por nativos na região de Pirapitinguy, ocasião na qual faleceram o Mestre Bartholomeu, Manoel Fernandes Ramos e o filho de João Ramalho, registrado como Antonio de Macedo ou Francisco de Ramalho Tamarutaca. [7]


Domingos Luís Grou
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[1] "Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.29

[2] "Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.30 / Na Capitania de São Vicente p.349 / "SP na órbita do império dos Felipes" José Carlos Vilardaga p.117 / Povoadores de S.Paulo – Domingos Luís Grou / Correio Paulistano/SP (25/7/1942) p.5 / O mito indígena da Lagoa Dourada e as bandeiras do Brasil Central. Ferreira, Manoel Rodrigues (28.02.1994) / Correio Paulistano/SP (11.09.1960) p.10

[3] Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema, 2012. Eduardo Tomasevicius Filho. Página 40

[4] Eduardo Tomasevicius Filho

[5] Povoadores de S.Paulo – Domingos Luís Grou / Lendas e Histórias da Nossa Terra (28.02.1994) O Mito Indígena da Lagoa Dourada (Manoel Rodrigues) Câmara Legislativa do Distrito Federal p.7

[6] Memória Histórica de Sorocaba p.337 / p. 344 / Washington Luís p. 290;291;292 / Revista do Instituto Histórico Tomo XX (1861) / História Geral Da Civilização Brasileira (1997) V. 11 Economia E Cultura: 1930-1964. Página 318

[7] "SP na órbita do império dos Felipes" José Carlos Vilardaga p.115 / Boigy "Cadernos da Divisão do Arquivo Histórico e Pedagógico Municipal" / "Os Tupi de Piratiinga. Acolhida, resitência e colaboração" Benedito A. G. Prezia (2008) / Atas da Câmara da vila de São Paulo / O mito indígena da Lagoa Dourada e as bandeiras do Brasil Central. Ferreira, Manoel Rodrigues (28.02.1994)

[8] AUDITORIA PÚBLICA: A Participação do Município de Unaí – Minas Gerais na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno e o Uso do Sistema de Controle Interno. JOELDSON FERREIRA GUEDES, GILCIMAR DOURADO DOS SANTOS e JOELMA PIRES LIMA

[9] henriette-holandesa.blogspot.com, 20.11.2010.

[10] Remanescentes quilombolas de Paracatu: Memórias, lutas e práticas culturais 1940-2004, 03.2012. Paulo Sérgio Moreira da Silva Benditos Amaros

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