| registros | 09/04/2025 16:27:59 |
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Atualização: 23/10/2021 19:25:32 |
| Em 1628, a viúva Sra. Suzana Dias, mãe dos povoadores de Sorocaba, estava doente em sua cama na casa de seu filho em um pequeno povoado conhecido como Santana de Parnaíba. A aldeia localizava-se na borda da floresta brasileira, várias léguas a Oeste da cidade de São Paulo. Temendo sua morte, Suzana convocou um escrivão ao seu lado para registro de sua última vontade o Testamento e um padre para executar a extrema unção. [...]
Suzana pediu a seus dois filhos fazer trinta missas para sua alma "para que Deus nosso Senhor tivesse misericórdia dela" e afirmou que ela queria ser sepultada na Capela de Sta. Ana que ela tinha fundado e em torno do qual campo tinha crescido. Por último, ela pediu o sacerdote para assinar a sua vontade para ela, pois não sabia ler ou escrever.
Em seu testamento podemos perceber até que ponto a colonização portuguesa tinha progredido durante o século XVI. Suzana, uma devota cristã, identificada com a sociedade portuguesa, apesar de sua mãe indígena e sua própria etnia mameluca. Dela saberemos que ela usava roupas, que viveu em uma casa, que ela confessou a um sacerdote, que ela se casou em uma cerimônia cristã.
Podemos supor dos nomes dos seus filhos que eles foram batizados por um sacerdote e na distribuição da Suzana de dote de casamento de suas filhas casaram-se segundo a doutrina cristã. Consciente de sua responsabilidade como uma mulher cristã no deserto [sertão] do Brasil, fundou uma capela. Mas em outros aspectos de sua vida, ela pode ter mantido costumes indígenas. Ela falou, sem dúvida, Tupi [guarani], a língua comum do planalto.
Possivelmente ela dormiu em uma rede, embora sua vontade começa com a frase "doente na cama"; camas eram escassas e valiosas. Muito provavelmente, sua dieta seguia tradições indígenas, em vez de portuguesas. Em seu catolicismo, provavelmente também, penetrou vestígios de sua origem tribal, crenças e supertições".
Assim, Suzana Dias, como seu avô, João Ramalho, dividia-se entre um mundo português e outro indígena. Levar, viver esta herança, tradição dual, ela, com seu marido português, fez seu caminho para o deserto, o sertão brasileiro. Ao fazê-lo, ela começou a colonização da região à Oeste de São Paulo. |
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