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Martim Afonso de Sousa Militar português Por Dilva Frazão Biblioteconomista e professora, ebiografia.com
25 de dezembro de 202310/04/2024 17:14:56
Registrado por Adriano Koboyama

Biografia de Martim Afonso de SousaMartim Afonso de Sousa (1500-1571) foi um militar e administrador português. Foi o comandante da primeira “expedição colonizadora enviada ao Brasil pelo rei de Portugal D. João III no ano de 1530.Martim Afonso foi donatário da Capitania de São Vicente. Desempenhou papel fundamental na expulsão dos franceses das costas brasileiras e na consolidação do império colonial português.Martim Afonso de Sousa nasceu em Vila Viçosa, Portugal, por volta de 1500, uma época das grandes navegações. De família nobre, foi amigo de infância do príncipe real que mais tarde tornou-se o rei D. João III.Discípulo do matemático e cosmógrafo Pedro Nunes, estudou matemática, cosmografia e navegação e completou seus estudos na França.Com a morte do rei D. Manuel I, Dom João III subiu ao trono e designou o amigo em missão oficial para acompanhar Dona Leonor, viúva de Dom Manuel, que regressava à Castela, sua terra natal.Em terras espanholas, acompanhou o rei Carlos V nas lutas contra a França. Em Castela, Martim Afonso casou-se com Dona Ana Pimentel. Em 1525 voltou para Portugal acompanhando a infanta espanhola Dona Catarina, irmã do rei, que iria se casar com Dom João III.Primeira expedição colonizadoraApós a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, vária expedições exploradoras foram enviadas para reconhecer as costas brasileiras, como a de Gaspar de Lemos (1501) e a de Gonçalo Coelho (1503).Anos depois, foram enviadas expedições para vigiar e expulsar os contrabandistas de pau-brasil, entre eles os franceses, que não reconheciam o Tratado de Tordesilhas e ameaçavam a posse portuguesa.Em 1530 o governo português enviou ao Brasil a primeira “expedição colonizadora”, chefiada por Martim Afonso de Sousa que junto com seu irmão Pero Lopes de Sousa, iniciou a obra colonizadora. Três dias antes de partir para o Brasil, o militar foi nomeado conselheiro da Coroa.No dia 3 de dezembro de 1530 partiram de Lisboa: a nau capitânia, com Martim Afonso de Sousa e seu irmão Pero Lopes de Sousa, o galeão "São Vicente", comandado por Pero Lobo Pinheiro, a caravela "Rosa" com Diogo Leite e a caravela "Princesa" comandada por Baltazar Fernandes.Navegadores, padres, fidalgos, soldados, trabalhadores de diversas profissões formavam o grupo de quatrocentas pessoas que partiram para colonizar o Brasil.A missão de Martim Afonso era colocar os marcos indicativos de posse, defendê-la, doar terra e nomear tabeliães e oficiais de justiça, instalando no Brasil a administração portuguesa.

No dia 1 de janeiro de 1531 a expedição chegou à costa pernambucana e encontrou um navio francês carregado de pau-brasil. Após vencer os franceses, Martim tomou-lhes o navio, que foi incorporado à esquadra portuguesa. Em terra, encontraram o fortim erguido por Cristóvão Jacques, saqueado e destruído pelos franceses.

Na baía de Todos os Santos, encontraram o português Diogo Álvares Correia, o Caramuru, vítima de um naufrágio e que estava há 22 anos em terras brasileiras. Casado com a índia Paraguaçu, tinha o respeito e a amizade dos índios da região.Seguindo para o sul chegaram à região do atual Rio de Janeiro no dia 30 de abril de 1531. Na região instalaram uma oficina e um estaleiro para reparo e construção de pequenas embarcações.Instalação das primeiras povoações brasileiras

Indo mais para o sul, no dia 20 de janeiro de 1532, Martim Afonso instalou o primeiro marco real da colonização e fundou a vila de São Vicente. Mandou construir um forte e com a ajuda de João Ramalho, português casado com uma índia, fixou a primeira povoação permanente da região.

Subindo para o interior, Martim Afonso fundou a vila de Piratininga, às margens do rio de mesmo nome. Distribuiu sesmarias aos colonos, e acredita-se que tenha iniciado o cultivo da cana-de-açúcar, entre outros produtos agrícolas. Aos poucos, Martim Afonso ia cumprindo a importante missão para a qual foi destacado.Bem sucedido na caça aos piratas, mas com dificuldades financeiras e com a fracassada tentativa de encontrar metais preciosos, exigiram de Martim Afonso um novo caminho para o enriquecimento da colônia e consequentemente do reino, pois a única riqueza extraída das terras era o pau-brasil.Em 1533, Martim Afonso retornou a Portugal, e no mesmo ano foi nomeado "governador mor do mar da Índia", posto em que teve atuação destacada contra indianos, turcos e a pirataria.Capitanias hereditáriasEm 1534, Portugal resolveu demarcar o território brasileiro em 15 capitanias hereditárias, que seriam entregues a donatários que deveriam, por conta própria, explorar em seu proveito, administrar, defender e prestar contas à Coroa e a ela pagar alguns impostos.A criação de capitanias já havia sido feita por Portugal na colonização das Ilhas atlânticas de Cabo Verde, Madeira e nos Açores, muito antes do Brasil ter sido descoberto.Martim Afonso recebeu “São Vicente”, posteriormente “Vila de São Paulo” e seu irmão recebeu “Sant’Ana”. A distribuição do restante das terras foi feita entre os anos de 1534 e 1536. A plantação da cana de açúcar foi iniciada em várias capitanias. O açúcar era produto raro na época e de grande aceitação na Europa.Em 1534, ainda estando na Índia, Martim Afonso recebeu a nomeação de donatário da capitania hereditária de São Vicente, porém não demonstrou nenhum interesse, deixando à frente de sua capitania o padre Gonçalo Monteiro, Pero Góis e Rui Pinto.Porém, a dificuldade de mão de obra e a necessidade de grandes recursos para instalação de engenhos de açúcar fez muitos donatários fracassarem. Apenas duas capitanias prosperaram a de “São Vicente” e a de “Pernambuco”.A capitania de São Vicente passou por anos difíceis, pois os espanhóis vindos do Paraguai e estabelecidos no Iguapé invadiram e saquearam São Vicente. Ao mesmo tempo os tupinambás não davam trégua aos colonos.Porém, durante a administração de Brás Cubas a vila de Santos foi fundada e logo possuía um porto melhor que o de São Vicente. Só dezesseis anos após a fundação, a capitania de São Vicente contava com seis engenhos e mais de seiscentos colonos, porém, pouco depois fracassou.A Capitania de Pernambuco, prosperou graças ao donatário Duarte Coelho, que logo trouxe a família e grande número de parentes. O cultivo da cana-de-açúcar e a implantação de engenhos foram os grandes destaques da capitania, que se estendeu pelo Nordeste numa faixa litorânea, do Rio Grande até o Recôncavo Baiano.A volta ao reinoNem Martim Afonso nem seus sucessores jamais visitaram a capitania, embora tenha passado pelas costas do Brasil mais três vezes, em 1939, 1541 e 1546.Em 1557 redigiu uma relação dos serviços prestados como soldado, esquecendo da sua atuação como administrador. Queixou-se das poucas recompensas e honrarias que recebera nos 41 anos de serviço ao rei. Recebeu então, novas terras em Portugal, com alvará de herança para os filhos que teve com Ana Pimentel.Martim Afonso de Sousa faleceu em Lisboa, Portugal, no dia 21 de julho de 1571. Foi enterrado no Convento de São Francisco.
Martim Afonso de Sousa Militar português Por Dilva Frazão Biblioteconomista e professora, ebiografia.com

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Escreveram de Sorocaba ao Diário Mercantil, de São Paulo: “No sítio do Sr. Francisco Moreira Farrapo, em Pirapora, distante desta cidade quatro léguas, existe um homenzinho com 20 anos de idade, completamente barbado e que mede apenas 3 palmos de altura. Este fenômeno humano, que foi criado pelo Sr. Farrapo, dispõe de um físico perfeito e todo ele proporcionado á sua pequenez; é inteligente e ativo. Por vezes tem sido instado a vir passear á cidade, mas sempre inutilmente. Não ha poder que o faça sair por um momento do sítio onde nasceu, creou- se e cresceu.
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.Jean de Léry (1534-1611)
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