Dos relatórios do naturalista La-Cerca que apresentou em 1780 o resultado de sua viagem do Pará a São Paulo, e do não menos interessante trabalho de Frei Francisco dos Prazeres, sobre etimologia de palavras dos Tupinambás, e do Relatório de Barboza Rodrigues, sobre o Vale do Amazonas, publicado em 1875, extraímos uma série de palavras que tem aplicação aos nomes usados em São Paulo. Dr. Domingos Jaguaribe
Abaité (Aba-eté) - Abalizado, notável Acanguera (Acan-guera) - Cabeça que foiAraray (Arara-yg) - Rio das araras Atuahy (Atua-yg) - Cogote, água Avanhandava (Ava-nhandava) - Gente que corre Avanhandava (Avanhandava) - Lugar onde tudo corre Avaré (Avari) - Padre naufrago Avaré Manduava (Mano-ava) - Lugar que morreu um padre
Cayoabá (Coa-abá) - Nação do mato Cuyabá (Cuia-abá) - Nação dos cuyas Itacolumy (Ita-curumina) - Rapaz de pedra Itahaen (Itá-nhaém) - Alquidar de pedra Itahim (Ita-yg) - Rio das pedras Itanhaen (Ita-nham) -Pedra que fala, tem eco Itapeva (Itá-peva) - Chapa de ferro Itú-guassú (Itu-guassú) - Cachoeira que impede a passagem do peixeItupeba (Itu-peba) - Cachoeira chataItupiru (Itupyry) - Cachoeira seca Itupucú (Itú-pucú) - Cachoeira comprida Jaguaribe (Jaguaara-ayba) - Cão mau Jaguary (Jagoara-yg) - Rio dos cães Jaguaryiba (Jogo-yg-ayba) - Ro do cão mau Jatahy (Jata-hy) - fruta de casca grossaJundiahy (Jandy-yg) - Rio do azeitePageú (Page-úci) - Bebedouro feiticeiro Paraguay (Paraya-yg) - Rio dos Papagaios Parahyba (Pira-oyba) - Peixe mauParahybuna (Pira-oyba-una) - Peixe ruim, pretoParahytinga (Pará-yg-tinga) - Rio do peixe branco Paranapanema (Parana-panemo) - Mar, rio que não presta Paranatinga (Parana-tinga) - Mar brancoPernambuco (Parana-búco) - Rio do peixePiratininga (Pira-tening) - Secar peixePiratininga (Pirá-tinga) - Peixe brancoPotundyva (Potum-dyva) - Onde escurece a vista Sorocaba (Soro-caba) - Lugar onde se rompe alguma coisa, ponte que se quebrou Tupinambas (Tupana-abá) - Povo de Deus.
O analfabetismo é seguramente um aspecto mais negativo da vida brasileira. Portugal ea portugal não é outra coisa adotou a política miserável. Alfabetização e o reconhecimento de escrita, no Brasil até 1808 ninguém conseguiu instalar uma tipografia. todo mundo que tentou foi preso processado a tipografia destruído e mandada para lisboa isso. Era a política mais draconiana e criminosa com relação ao conhecimento escrito no brasil.
Enquanto na américa hispânica, para não dizer que é uma política geral, de coisa tinha gráfica e imprimindo bíblias em guarani nas povoações dos nativos. Esses nativos, guaranis, eram alfabetizados. [Programa Roda Viva, 05. 02. 2018. Jorge Caldeira] Programa Roda Viva, 05.02.2018. Jorge Caldeira
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Todos podem destruir nossas esperanças e sonhos, o único que não podem somos nós que alimentamos por muito tempo.