Fundação da Instituição Sociedade Filantrópica Vila dos Pobres
31 de março de 1934
04/04/2024 15:03:38
Vila dos Pobres. Atual Vila dos Velhinhos de Sorocaba
Data: 01/01/1934
Créditos: Site da Instituição
Rua Luiz Mendes de Almeida (jardim são paulo)
Sob as asas protetoras da Vila dos Velhinhos se acolhem, atualmente, mais de 100 idosos. São homens e mulheres com diferentes histórias de vida que, havendo percorrido ao longo da existência trajetórias marcadas por derrotas e vitórias, ali encontram, neste momento, um lar comum.
A Instituição Sociedade Filantrópica Vila dos Pobres foi fundada em 31 de março de 1934 na cidade de Sorocaba, por iniciativa de um grupo de cidadãos, com espírito altruísta e preocupados com as precárias condições sociais, em especial as pessoas em situação de rua, idosos e até menores abandonados que já naquela época viviam em estado de desamparo pelas ruas da cidade.
A instituição também socorria muitas famílias que vindas de outros estados a procura de empregos e acomodações. Asiladas tais famílias na Vila, as mesmas pernoitavam e tomavam café com leite matinal, duas refeições diárias.
Em 1948, foi apresentado em pauta de reunião, uma planta da ampliação dos pavilhões da Vila, na qual contou com a colaboração do Dr. Antônio Amóbill e foi aprovada a rifa de um automóvel de marca Ford Inglês, cedido pelo sr. José Alcolea, uma tourada e uma tradicional festa de São João, o qual ficou considerado padroeiro da Vila e as rendas ficariam em prol da entidade.
Nos anos de 1950 um novo estatuto foi elaborado, e no ano de 1954 o nome da entidade teve que ser alterado, pois as disposições governamentais proibiram as entidades de terem nomes caritativo, passando então a se chamar Vila dos Velhinhos de Sorocaba.
A Vila dos Velhinhos de Sorocaba, entidade beneficente de assistência social, reconhecida de Utilidade Pública Municipal, pela Lei nº 1.061 de 08 de março de 1963; Estadual pela Lei nº 9.400 de 7 de junho de 1966 e, Federal pelo Decreto nº 61.601 de 24 de outubro de 1967, Registro no Serviço Social do Estado sob nº 139 e Registro no Conselho Estadual de Auxílios e Subvenções sob nº 1522, tem por finalidade acolher idosos com mais de 60 de ambos os sexos, preferencialmente originários de Sorocaba, prestando-lhes, de forma gratuita, permanente e sem qualquer discriminação, toda assistência material, moral e espiritual necessárias a uma existência condigna.
Na trajetória de seus 87 anos de fundação, a Vila dos Velhinhos de Sorocaba, chega ao século 21 preservando e perseverando na busca de seus objetivos, acolhendo pessoas idosas, grupo crescente na sociedade brasileira e sorocabana.
Os idosos da instituição participam de várias atividades, desenvolvidas dentro e fora da Vila, com o objetivo de socialização, bem como oferecer a oportunidade de lazer e qualidade de vida.
A entidade trabalha hoje com várias equipes de profissionais, sendo administrador, assistente social, enfermeira, nutricionista, médicos, entre outros.
Sua estrutura é totalmente voltada para o bem-estar, com rampas de acesso, passarelas para caminhadas e áreas verdes planas que permitem passeios muito agradáveis.
Uma graciosa praça embeleza o local onde encontra a Capela Ecumênica. No ano de 2016 foi inaugurado o “Boulevard Vila” o primeiro e único empreendimento comercial 100% filantrópico de Sorocaba que destina todo o aluguel dos seus espaços comerciais revertido para manter a entidade.
O Boulevard conta com lojas, restaurantes, academia, escritórios comerciais, e cafés e fica na avenida Santa Cruz bem ao lado da entidade.
Fundação da Instituição Sociedade Filantrópica Vila dos Pobres
Quem construiu Tebas, a cidade das sete portas? Nos livros estão nomes de reis; O reis carregaram as pedras? E Babilônia, tantas vezes destruída. Quem a reconstruía sempre? Em que casas da dourada Lima viviam aqueles que a construíram? No dia em que a Muralha da China ficou pronta. Para onde foram os pedreiros?
1840
“
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
