Brasão de Sorocaba foi substituído através da Lei Municipal 189, projetado e desenhado pelo historiador e diretor do Museu do Ipiranga, Afonso d”Escragnolle Taunay”.
23 de março de 1925
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Brazões e Bandeiras do Brasil
Data: 01/01/1933
Créditos: Clóvis Ribeiro
Esse brasão foi substituído através da Lei Municipal 189, de 23 de março de 1925, projetado e desenhado pelo historiador e diretor do Museu do Ipiranga, Afonso d”Escragnolle Taunay”.
Esse brasão simboliza todos os aspectos e feitos históricos de Sorocaba nele invocados, como a coroa mural, onde uma flor de lírio, sobre a porta principal, relembra que Sorocaba foi fundada sob a invocação de Nossa Senhora da Ponte; a panóplia bandeirante, constituída por gibão de armas, um arcabuz e um machado, relembra o papel notável dos grandes bandeirantes sorocabanos, como Paschoal Moreira Cabral, Fernando Dias Falcão, os Irmãos Paes de Barros, Miguel Sutil e outros, os cavalos heráldicos relembram as feiras de muares que foram notáveis; a montanha recordando o Araçoiaba, de papel importante na história da mineração brasileira; o listão, onde a divisa "Pró Una Libera Pátria Pugnavi" (Lutei Por Uma Pátria Unida e Livre), é alusão ao preponderante papel de Sorocaba com as feiras, na manutenção da unidade nacional e a revolução liberal de 1842; e a roda dentada localizada sobre o listão, recordando a importância da grande indústria sorocabana. [Brazões e Bandeiras do Brasil, 1933. Clóvis Ribeiro]
LEI Nº 358, DE 22 DE FEVEREIRO DE 1954INSTITUI E APROVA A BANDEIRA DE SOROCABA.A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu promulgo a seguinte lei:Art. 1° Fica instituída e aprovada a Bandeira de Sorocaba, de acôrdo com o modêlo que fica fazendo parte integrante desta lei.Art. 2°(riscado) A Bandeira de Sorocaba, em forma retangular, é dividida por uma diagonal do seu canto superior esquerdo ao canto inferior direito, sendo o campo superior amarelo-ouro e o campo inferior vermelho, tendo no centro o Brazão da cidade instituído pela Lei Municipal nº 189, de 23 de março de 1925.
Art. 2° A Bandeira de Sorocaba, em forma retangular, é dividida por uma diagonal de um canto superior a um inferior, sendo um dos campos na cor amarelo-ouro e outro na cor vermelho, tendo no centro o Brasão da cidade, instituído pela Lei Municipal nº 189, de 23 de março de 1925. (Redação dada pela Lei nº 8989/2009)
Art. 4° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.Prefeitura Municipal de Sorocaba, em 22 de fevereiro de 1954.Emerenciano Prestes De BarrosPrefeito MunicipalDESCRIÇÃOO campo superior, formado pela diagonal, em amarelo-ouro significa riqueza, a força e a fé inquebrantável dos sorocabanos de todos os tempos, bem como a pureza e a constância que temos no trabalho construtivo, em todos os setores da atividade humana.O campo inferior, em vermelho, simbolisa o valor e a intrepidez das muitas bandeiras sorocabanas que daqui se foram, com ânimo valoroso e espírito decidido, em procura de glórias, alargando os horizontes da Pátria, plantando cidades, semeando o progresso. O Brasão da Cidade, ao centro, simboliza todos os aspectos e feitos históricos de Sorocaba nêle invocados, como a coroa mural, onde uma flôr de lírio, sôbre a porta principal, relembra que Sorocaba foi fundada sob a invocação de Nossa Senhora da Ponte; a panóplia bandeirante, constituída por gibão de armas, um arcabús e um machado, relembra o papel notável dos grandes bandeirantes sorocabanos, como Paschoal Moreira Cabral, Fernando Dias Falcão, os Irmãos Paes de Barros, Miguel Sutil e outros, os cavalos heráldicos relembra as feiras que foram notáveis; a montanha recordando o Araçoiaba, de papel importante na história da mineração brasileira; o listão, onde a divisa "Pró Una Libera Pátria Pugnavi" (sempre pugnei por uma pátria una e livre), é alusão ao preponderante papel de Sorocaba com as feiras, na manutenção da unidade nacional e a revolução liberal de 1842; e a roda dentada localizada sôbre o listão, recordando a importância da grande industria Sorocabana.Exemplo para trabalho com módulo:1- Bandeira a confeccionar: 1 metro de cumprimento.Dividindo em 20 partes iguais teremos o móduloigual a ........................................... 5 cm2-Comprimento: 20m x 5 cm ...........................1 m3-Largura: 14 m x 5 cm .............................70 m4-Distância do brasão nos lados esquerdo e direito:6 m x 5 cm ........................................30 cm5-Distância do brazão nos lados superior einferior..............................4 m x 5 cm ..20 cm6-Brazão:a)altura: 6 m x 5 cm...............................30 cmb)largura: 8 m x 5 cm..............................40 cmNota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial. [Lei Nº 358, 22.02.1954. leismunicipais.com.br, consultado em 22.08.2022]
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.