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Show de Erasmo Carlos acabou em socos, tiros e café na delegacia
17 de janeiro de 196704/04/2024 18:51:13

O cantor Erasmo Carlos viera a Sorocaba no início de 1967 para um show no Clube União Recreativo. Mas a apresentação dele acabou em confusão e teve até atentado à tiros, conforme noticiava o Cruzeiro do Sul em 17 de janeiro daquele ano. A origem de tudo foi um desentendimento do Tremendão com um grupo de rapazes, quando deixava o local do show: ao ser provocado, ele revidara a um deles com um murro.

Em seu retorno a São Paulo, contudo, o Karmann-Ghia que dirigia fora perseguido por uma perua Chevrolet verde na rodovia Raposo Tavares. De dentro dela, próximo ao bairro de Maylasky, em São Roque, foram disparados seis tiros: quatro atingiram o pára-lama traseiro esquerdo do seu carro, um pegou na lanterna e outro se perdeu. Erasmo atribui tudo isto a ciúmes dos jovens.

Não, não é o roteiro de algum filme da Jovem Guarda, ao estilo de Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1968)- na fita o rei é perseguido por bandidos internacionais. A situação foi real e quase acaba mal para Erasmo, que passou a manhã na Central de Polícia prestando queixa contra seus perseguidores, como mostra a foto de 16 de janeiro de 1967 publicada no Jornal da Tarde.

O acontecido virou notícia. A matéria do Estado de 17 de janeiro de 1967 contava como uma caminhonete havia “fechado” o carro do cantor na estrada e começado a atirar contra ele. A matéria do Jornal da Tarde trazia algumas declarações de Erasmo, que relatava como os rapazes da cidade haviam provocado a banda com xingamentos durante a apresentação, e como o clima havia esquentado após ele retribuir a provocação cantando a canção Lobo Mau. “Nessas horas, as meninas dão força pra gente, gritam muito, e os rapazes então ficam enciumados. Ainda mais que depois eu sempre canto uma música dizendo que eu sou bom, tenho muitas garotas, as meninas correm atrás de mim, tenho carro, essas ondas... Lá em Sorocaba, logo depois que alguém gritou que eu era bobo, cantei Lobo Mau. Eles devem ter ficado com mais raiva ainda”, contou.

Na época, Erasmo Carlos tinha 25 anos de idade, mas já era um dos maiores ídolos do fenômeno midiático da Jovem Guarda. Era dono de uma das carreiras mais rentáveis do segmento e possuía uma legião incontável de fãs.
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“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Jean de Léry (1534-1611)
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