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Biografia de Martim Correia de Sá (classicistranieri.com)
19 de maio de 202309/04/2024 15:23:28

Martim Correia de Sá (1575-1631 no Rio de Janeiro, sendo sepultado na antiga Igreja do Carmo). Segundo o «Diccionario Geographico do Brazil» de Caetano Lopez de Moura, teria morrido aos 101 anos.Origem e juventudeEra filho de Salvador Correia de Sá nascido em 1540, dito posteriormente o Velho, primeiro capitão-mor do Rio de Janeiro, e de Vitória da Costa, nascida circa 1545: era fidalgo da Casa Real, comendador da Ordem de Cristo (1602). Outros historiadores o fazem filho da terceira esposa, D. Inês de Sousa. Dedicou-se à política, sendo governador do Rio em dois períodos: 1602 a 1608 e 1623 a 1632. Seu primogênito foi Salvador Correia de Sá e Benevides, que iniciaria a dinastia dos Viscondes de Asseca.Acompanhou o pai em algumas viagens de exploração e busca de índios para o cativeiro, chefiou ele mesmo algumas expedições.Em 1594, os filhos do Governador Salvador Correia de Sá, Gonçalo Correia de Sá e Martim Correia de Sá fizeram petição ao pai-governador para que lhes concedesse as sesmarias de Jacarepaguá, alegando que, passados quase 30 anos, os antigos sesmeeiros não haviam tomado posse. Julião Rangel, amigo do governador e principal auxiliar da longa administração de Salvador Correia, achou justa a pretensão e o administrador da cidade outorgou as terras aos filhos. A carta da sesmaria foi passada a 9 de setembro de 1594 pelo tabelião da cidade. Em 26 de maio de 1597, foi confirmada pelo rei Filipe II. Os irmãos dividiram a região: a parte de Gonçalo compreendeu as terras desde a Barra da Tijuca, passando pela Freguesia, Taquara e Camorim, até o Campinho e a parte de Martim, a partir do Camorim atravessava Vargem Pequena e Vargem Grande, até o Recreio dos Bandeirantes. Enquanto Martim governava o Rio, Gonçalo ocupava a sua sesmaria. Construiu o Engenho do Camorim e arrendou boa parte das propriedades. Seus domínios de Gonçalo se transformaram em povoações, enquanto os de Martim até hoje têm grandes vestígios rurais. Nas primeiras décadas do século XVII, as imediações da Pedra do Galo já possuíam razoável povoamento, em virtude dos diversos arrendamentos feitos por Correia de Sá.Foi Capitão-mor de São Vicente entre 1620 e 1622.Governo do Rio de JaneiroFoi o primeiro filho do Rio de Janeiro a assumir o Governo da cidade, e por duas vezes. Foi administrador enérgico e capaz, e esforçou-se pelo progresso da cidade. Já se distinguira por serviços prestados no Brasil, onde o pai lhe confiara vários encargos de responsabilidade, e na Europa, onde se casara com D. Maria de Mendoza y Benavides.No primeiro governo de 1602 a 1608, ocupou-se em melhorar e ampliar as fortificações e obras de defesa da cidade, tendo construído o Fortim de Santa Cruz, no local onde hoje se ergue a Igreja de Santa Cruz dos Militares. Organizou mais uma expedição contra os franceses instalados em Cabo Frio, tendo trazido numerosos prisioneiros. Fez aos franciscanos a doação do Morro de Santo Antônio para construção de seu convento.Durante o seu governo, uma previsão real concedeu à Misericórdia do Rio de Janeiro os mesmos privilégios e prerrogativas de que gozava a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.Sertanista, foi também comerciante de pau brasil e caçador de índios. Quando em 10 de junho de 1611 morreu em São Paulo D. Francisco de Sousa, deixou o governo a seu filho, Dom Luís de Sousa Henriques, que foi o continuador da obra do pai e investiu nas descobertas de Salvador Correia de Sá o Velho, de seu filho, Martim Correia de Sá e de seu neto Salvador Correia de Sá e Benevides. Mas as pretendidas minas de prata não apareceram. Este governador-geral D. Francisco de Sousa era grande amigo da Companhia de Jesus e incansável propulsor dos Paulistas ao sertão, mas sua morte o impede de ver dissensões entre os Paulistas e jesuítas, cenas violentas a propósito da escravidão dos índios já em 1611. D. Luis de Sousa Henriques governa na ausência do irmão mais velho, Dom Antônio de Sousa, de 12 de junho de 1611 até a chegada de Gaspar de Sousa.

Com o governador, Martim teve a superintendência das Minas descobertas no Espírito Santo e em Paranaguá, sobre o que lhe foi dado pelo rei Filipe III o Regimento em Valladolid, em 15 de agosto de 1603. Antes de 1601 andara se exercitando no Potosi com um frade trinitário que tinha grande fama de mineiro e a 14 de agosto de 1601 partiu para o Reino, levando nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, vindos do Peru. Permaneceu em Portugal de 1602 a 1613. Voltou ao Rio de Janeiro em 1615, de Lisboa, para prosseguir nas dligências das minas. Seu ordenado devia ser pago com as rendas do Rio, pois o governador Constantino Menelau se queixará da diminuição dos recursos.

Em 1617, Martim de Sá estava em Lisboa, de acordo com documentos do Arquivo Histórico Colonial, e requereu providências em nome de seu pai, para continuar as explorações de que fora encarregado na costa do sul e Capitania de São Vicente.( Nesta mesma época, requereu a Filipe II a administração das Minas, quando seu pai, idoso, viesse a falecer. Em 20 de abril de 1617, recebeu ordem de ir ao Brasil, fazer descer ao Cabo Frio os índios necessários à defesa do porto, ameaçado por ingleses e holandeses. Recebeu poderes especiais para superintender na costa das Capitanias de Santos e São Paulo.Foi nomeado governador do Rio pela segunda vez em 1618, exercendo o governo até morrer em 10 de agosto de 1632,tendo jurisdição sobre a antiga capitania de São Vicente a as terras que se fossem descobrindo. De 1620 a 1623 governou interinamente o Rio de Janeiro Francisco Fajardo.Foi, como seu pai, tios e primos, o administrador geral da donataria e o defensor das Capitanias do Sul. Do zelo com que soube ocupar-se dos encargos, falava claramente a exposição da Câmara do Rio, dirigida a Filipe II em fevereiro de 1623: «...depois que veio a esta cidade desse reino que vai em cinco anos tem esta costa tão quieta e livre de inimigos que até hoje é vindo a ela nenhum, andando de ordinário em roda viva correndo tem gastado nisso muito da sua fazenda com seus criados, escravos, embarcações, à sua custa em despesa mostrando o grande zelo que tem do serviço de v. Majestade...»O novo e longo período de seu segundo governo distinguiu-se por uma série de iniciativas . Foi projetada a construção da nova Casa da Câmara e Cadeia, na Várzea. Fez-se a primeira tentativa para captação e canalização das águas do rio Carioca para abastecimento da cidade. Foi reconstruído o Forte de Nossa Senhora da Guia da Barra, atual Fortaleza de Santa Cruz, à entrada da barra. No lugar do antigo Fortim de Santa Cruz, obsoleto, foi erguida a primitiva Igreja de Santa Cruz dos Militares. Criou as povoações de São Pedro da Aldeia, junto a Cabo Frio, e a de Angra dos Reis, em frente à Ilha Grande. Concedeu sesmarias nas terras dos Campos dos Goitacazes, iniciando o povoamento da antiga Capitania de São Tomé. Tão profícua sua administração que, em 1626, findo o prazo para o qual fora nomeado, foi reconduzido ao cargo por período indefinido, mantendo-se no governo da cidade até sua morte.O Padre Antônio Vieira em 1626 descreveu o cuidado e prudência de que Martim de Sá usou para defender o Rio de Janeiro dos ataques dos holandeses: a cidade ficou-lhe a dever não ter sido invadida. Sob comando do seu filho, Salvador Correia de Sá e Benevides, enviou uma expedição em socorro da Bahia tomada pelos holandeses.Em 19 de agosto de 1627 Martim de Sá concedeu em sesmaria as terras entre o rio Macaé e o cabo de São Tomé («desde o rio Macaé, correndo a costa, até o rio Iguaçu, ao Norte do cabo de São Tomé e para o sertão até o cume das serras») aos chamados famosos «Sete Capitães» que eram seus parentes e amigos: Gonçalo Correia, Manuel Correia (morto em 8 de janeiro de 1648), Duarte Correia Vasqueanes (morto em 23 de maio de 1650); Miguel Aires Maldonado, João de Castilho Pinto, Antônio Pinto e Miguel Riscado - os sete capitães eram moradores do Rio, pessoas notáveis na terra e usariam de sua fertilidade para nessas terras estabelecerem currais de gado, arriscando a ferocidade dos índios Goitacazes (depois, seriam espoliados pela própria famíila Correia de Sá). A intenção de Martim era povoar a região abandonada, desde que esgotado o comércio do pau-brasil.Morreu em 10 de agosto de 1632 sendo sepultado na igreja dos frades do Carmo. Dele se diz que prestou relevantes serviços e teve amor e dedicação à Coroa. Era tenente-general dos Reais exércitos e vice-almirante das costas do mar do Sul. Tinha grande orgulho de seu nome e linhagem; e, cheio de solidariedade familiar, favoreceu os parentes, embora não tanto quanto os favoreceria seu filho... Tinha, ao morrer, extensas sesnarias na ilha do Governador, extensões de terra na Barra da Tijuca e em Jacarepaguá, terras no atual bairro carioca do Leme, propriedades com olarias no Catete.O governo interino, que deixou determinado, foi entregue a seu tio Duarte Correia Vasqueanes, que comandava a Fortaleza de São João.Martim de Sá serviu ao Brasil, por mais de 50 anos, na obra de colonização do Rio de Janeiro, sendo substituído por Duarte Correia Vasqueanes, seu meio-tio, que governou apenas 1632 e em 1633 e foi substituído por Rodrigo de Miranda Henriques de 1633 a 1637.Casamento e descendênciaCasou-se com D. Maria de Mendoza Benavides, espanhola, filha de D. Manuel de Benavides (alcaide-mor e castelão da Fortaleza de Santa Catarina da Ilha de Cadiz, mestre de campo de todas as milicias da Andaluzia e Reino de Jaén, governador da cidade de Cadiz) e de Cecilia Bourman (filha de Hugo Bourman, Conde de Leigh, e prima-irmã de Joana Dormer, mulher de Dom Gomes de Figueiroa, 1° duque de Feria).Dessa união houveram três filhos:Salvador Correia de Sá e Benevides, Capitão-mor da Capitania do Rio de Janeiro (nascido entre 1590 e 1594) e casado com Catarina de Velasco, conquistador de Angola;Manuel Correia Vasques (nascido por volta de 1600) e casado com Maria de Alvarenga.D. Cecília de Souza, morta jovem em Lisboa onde fora se casar.
Biografia de Martim Correia de Sá (classicistranieri.com)

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Seus antecedentes... Como se fosse uma doença incurável. No seu braço a tatuagem "DVC", uma passagem, 157 na lei, no seu lado não tem mais ninguém. A justiça criminal é implacável. Tiram sua liberdade, família e moral, mesmo longe do sistema carcerário, te chamarão para sempre de ex-presidiário.
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