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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, ano CXXIII, vol. CI
201708/04/2024 05:54:01

A violência em regiões de fronteira não era desconhecida pelos missionários da Companhia de Jesus. De fato, Nóbrega e Anchieta tinham plena consciência dos riscos envolvidos na embaixada aos tamoios. De certotraziam na memória o trágico resultado da missão enviada aos carijós, em1554, que resultou no assassinato dos jesuítas Pero Correia e João de Sousa,nas proximidades da atual cidade de Laguna, no estado de Santa Catarina.Anchieta foi o autor da carta que informou ao padre geral Inácio de Loyola,em Roma, sobre o funesto resultado daquela iniciativa missionária. O padreNóbrega era o então superior dos jesuítas em São Vicente, de onde partiramos dois missionários, martirizados pelos carijós.23

No quarto parágrafo da carta, o jesuíta descreve em detalhes como se deu o contato inicial com os tamoios, no dia 6 de maio de 1563, ao largo da praia de Iperoig, atualmente praia de Ubatuba, no litoral norte do atual estado de São Paulo:

(...) vieram todos em três canoas a tratar sobre as pazes. Mas porque temiam que se entrassem todos juntos nos navios os salteássemos, como outras muitas vezes haviam feito os nossos, pediram que fossem dois reféns, para deles saberem mais largamente a verdade. E assim se fez, deixando eles três ou quatro dos seus, (...). E desejando eles que saíssemos à terra a ver seus lugares, para se acabarem de assegurar, saímos e conosco oito ou nove portugueses, ficando muitos dos inimigos nos navios, já não como reféns, mas de sua própria vontade, como em casa de seus amigos. Chegados à praia pusemo-nos de joelhos dando graças a Nosso Senhor e desejando abrir-se já alguma porta, por onde entrasse sua graça a esta nação que tanto tempo está apartada dela.24

O segundo núcleo da narrativa anchietana cobre os fatos ocorridos durante o mês de maio, estendendo-se até o dia 21 de junho de 1563, quando Nóbrega partiu para a vila de São Vicente, onde deu continuidade ao processo de paz entre tamoios e colonos. Neste longo trecho, que se estende [Página 78]
*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, ano CXXIII, vol. CI

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“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.Jean de Léry (1534-1611)
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