Wildcard SSL Certificates
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Registros (60)PessoasTemas




NAO DSSS!!!



DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?
200304/04/2024 23:55:52

brasilidade. Dividindo com Noel NUle\s as fabulações do moribundo, ojesuíta é o lado brasileiro do menino judeu.Éjustamente a brasilidadc incutida pelos livros escolares queAntônio Torres irá rever cm 2000, ao lançar Meu Querido Canibal.Tentando resgatar a imagem de Cunhambebe, normalmente delineadacom contornos negativos, embora de bravura, ele irá mostrar Anchieta,à semelhança do que fcz Pinheiro Chagas,l) eomo figura ambígua:"jesuíta a serviço d´el rei, com uma cruz na mão e uma espada na outra","cstranho padre" que "defendeu a guerra justa contra os hereges (osíndios rebeldes à catequização)", que "quando se via impotente na suamissão evangelizadora, proclamava aos ouvidos de seussuperiores civis,militares e edesiásticos que a melhor catequese eram a espada e a varade ferro" (ToRRES, 2000. p. 23 e 24).A hipótese de que tenha lutado juntameme com Mem de Sãcontra franceses e tamoios no Rio de Janeiro passa à tese: "Quemconvenceu Memde Sá a liquidaras tamoios de uma vez por todas foi ojesuíta José de Anchieta, o que tinha por missão a evangelização epacificação dos índios [...]. E na hora do acerto de contas, largou orosário e o missal para assumir um lugar de soldado atrás das barricadas"(TORRES, 2000, p. 58). Oepisódio de João de Bolés, que aparece na Vidacomposta a mando da Companhia, para ressaltar um aspecto positivo doapostolado de Anchicta, é utilizado para mostrá-lo como assassino, umavez que, na versão do romance, é suprimida a explicação para o fato detcr o padre assumido o lugar do carrasco. Se a propalada castidade émantida (TORRES, 2000, p. 77), as palavras do poeta do De Geslis ganhamforos de "excelsa louvação aos militares" (TORRES, 2000, p. 64), e opadre chega a "trair um segredo de confessionário, ao revelar um planode ataque dos tamoios a Piratininga, que lhe fora revelado cm confissâopor Tibiriçã" (TORRES, 2000, p. 66). Enquanto foi refém, sua facilidadede comunicação e seu magistério tomaram-no popular: ele ensinou aosíndios técnicas agrícolas, pecuária, alimentação, medicina; fez-lhessangrias e curou-os de doenças. Mas, apesar de parecer gostar deles ede eles o terem poupado, Anchieta, nas palavras de Cunhambcbe."branqueio, corcunda, feio feito a peste", rc\´cJa-sc, como o índio previra,"um mentiroso igual aos outros" (TORRES, 2000, p. 88).De forma muito sutil, Francisco Ivan, cuja poesia relê muitasvezes o IlÚstieo, argúi, no seu A Chave AZI/I, a originalidade dos versos [Página 25 do pdf]
*DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?

Relacionamentos
-
Pessoas (5)
José de Anchieta (1534-1597)
Falecido há 406 anos / 283 registros
Konyan-bébe
23 registros
Mem de Sá (1500-1572)
118 registros
Joanes de Bolés (f.1567)
13 registros
Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
94 registros
-
Cidades (1)
Sorocaba/SP
10973 registros
-
Temas (3)
Canibalismo
47 registros
Jesuítas
476 registros
Tamoios
139 registros
Você sabia?
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.

José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*Darcy Ribeiro (1922-1997)
7 registros


Procurar



Hoje na História


Brasilbook.com.br
Desde 27/08/2017
28375 registros (15,54% da meta)
2243 personagens
1070 temas
640 cidades

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoes
Contato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP