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Uma esquina nos confins do Brasil: O SUL DO MATO GROSSO COLONIAL E SUAS VIAS DE COMUNICAÇÃO (PROJETOS E REALIDADES) Paulo Roberto Cimó Queiroz
200906/04/2024 11:57:34

cimento futuro daquele continente”, conforme o relato do responsávelpor uma dessas expedições (JUZARTE, 1981, p. 233). No tocante à pecuária, visava-se especialmente à criação de muares, que se destinariam a SãoPaulo e dali a Minas Gerais (FARIA, 1876, p. 221).

A Praça do Iguatemi deveria igualmente servir ao estabelecimento ou reorientação de rotas comerciais. Sua vinculação seria, em primeiro lugar, com o planalto paulista, tanto por meio da navegação, tipicamente monçoeira, pelos rios Tietê, Paraná e Iguatemi, como por meio de um caminho terrestre cuja abertura então se buscou providenciar. De fato, já em 1769 Juzarte escolheu o local em que essa estrada deveria atravessar o rio Paraná (as imediações da foz do rio Pardo)26, enviou dali um grupo que deveria abrir o caminho até Sorocaba e, mais tarde, expediu já da Praça outro grupo incumbido de uma primeira tentativa de abrir o trecho sulmato-grossense (JUZARTE, 1981, p. 263-265, 284; novas diligências com relação a esse trecho foram depois efetuadas, conforme é relatado em 1774 por FARIA, 1876, p. 259). Tal caminho parece haver sido efetivamente aberto, pelo menos no trecho entre Sorocaba e o rio Paraná. O ponto em que ele chegava, fronteiro à foz do Pardo, era um “lugar bem conhecido até o ano de 1783, em que foram vistas por mim as suas capoeiras”, diz Souza (1949, p. 131).

Outro caminho, já existente, era aquele que, pelo passo da serra deMaracaju, ligava o Iguatemi a Curuguati e daí a Assunção (distantes, respectivamente, cerca de 14 e 60 léguas espanholas, cf. JUZARTE, p. 277). Talcaminho deveria servir para o comércio com os domínios espanhóis, que defato ocorreu, embora em mínima escala, durante a breve existência da Praça(consistindo, segundo Juzarte, apenas na compra de cavalos, bestas e gadobovino fornecidos pelos hispano-americanos, cf. p. 278-280, 283-285).

Além da Praça, outros “núcleos urbanos” deveriam ser fundados junto às cabeceiras dos rios Amambai, Ivinhema, Iguatemi e Pardo (BELLOTTO, p. 275). A povoação das cabeceiras do Ivinhema estaria, no caso, relacionada a outro projeto: a “reabertura” da antiga rota fluvial pelos rios Paranapanema e Ivinhema – rota essa que, segundo informações domorgado referidas por Holanda, era ainda em 1770 “freqüentada por alguns raros comerciantes de Curitiba” (HOLANDA, 1990, p. 264-265).

As comunicações do Iguatemi situavam-se também no contexto dapolítica de D. Luís voltada ao descobrimento e ocupação de outros “ser- [Página 18 do pdf]
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Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.
“A origem das idéias”, Olavo de Carvalho, youtu.be/vjO2sixWLgk

1840
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Jean de Léry (1534-1611)
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