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Práticos Fundidores e Fornos: a produção de ferro no Brasil entre os séculos XVI e XVIII, consultado em 03.12.2022
3 de dezembro de 202207/04/2024 16:20:05

nenhum metal branco encontrou comprovando mais uma vez, aexistência somente de ferro. Esta nova constatação suscitou aoConselho Ultramarino ordenar que o religioso fosse afastado daquelasminas (RODRIGUES, 1966: 202).Engenhos e Fábrica de FerroAfonso Sardinha e D. Francisco de Souza são apontados por PedroTaques, como os primeiros a produzir ferro em Araçoiaba. Sardinhahavia, segundo aquele autor, construído um Engenho de ferro comdois fornos de fundição que, depois, doou à D. Francisco de Souza.Este empreendimento encerrou as atividades no ano de 1611,coincidindo com a morte de D. Francisco (TAQUES 1954: 112).Mas, apenas, em 1661, com a elevação a Vila da povoação de NossaSenhora da Ponte de Sorocaba, distante alguns quilômetros daquelemorro, que ressurgiu o interesse pelas minas ferruginosas da serra deBiraçoiaba. Em 1682, os moradores de Sorocaba, Pascoal MoreiraCabral e seu irmão alcaide-mor Jacinto Moreira Cabral com ManoelFernandes de Abreu e Martim Garcia Lumbria foram autorizados, pormeio de carta régia, a construírem uma oficina de fabricar ferro(RODRIGUES, 1963: 201).Naquele mesmo ano, o português Cavaleiro Fidalgo Luiz Lopes deCarvalho, considerado o redescobridor daquela jazida, hipotecoutodos os bens que possuía na Vila de Vimieiro, Portugal, para investirna produção de ferro em Araçoiaba. O seu empreendimento, comooutros posteriormente ali instalados, não foram bem sucedidos.Nota-se que Lopes Carvalho conhecida bem a região em que estavainvestindo, pois afirmava ter realizado algumas experiências com ominério de ferro ali existente. E, concluído, a partir de seusexperimentos, que o minério de ferro rendia “meio por meio, porquefundido douz quintais de pedra, se retira hum de ferro” (RODRIGUES,1966: 218)Lopes Carvalho, também tinha a esperança, como seus antecessores,de encontrar ouro, prata e esmeraldas, bem como, em recebermercês de El-Rei de Portugal. Estas ambições, certamente serviramde incentivo e o impulsionaram a ir ao sertão, segundo ele “sóhabitado de feras”. Segundo afirmações foi também enganado porroteiros que indicavam o encontro daquelas riquezas. (Rodrigues,1966: 218).

Apenas como nota, observa-se que a produção de roteiros, uma espécie de “mapa do tesouro”, parece ter sido freqüente naquela sociedade. Um exemplo destes mapas do tesouro foi encontrado no arquivo da Coleção José Bonifácio de Andrada e Silva, acervo do Museu Paulista da Universidade de São Paulo. O roteiro indicava, curiosamente a direção de Sorocaba para o encontro de tal riqueza. Tratava-se de um “Aranzel ou Roteiro de haveres de oiro e pedras preciosas dos campos de Preatuva, entrando entre sul e sudoeste seguindo rumo direito” escrito por Antonio Mendes Marzagão, em 1696.

Fornos de Fundição

Em 1692, Lopes de Carvalho, por meio de carta escrita no Rio deJaneiro ao Rei de Portugal, informou que havia instalado junto aquelemorro, roda d’água e foles, estes últimos, afirmava terem sidoescolhidos pelos mestres de fundição e mestres carvoeiros, queimportou de Portugal. A mão de obra utilizada na produção eranotadamente, formada por indígenas.Naquele mesmo documento, tentava explicar o fracasso de seuempreendimento, ao indicar que o sucesso naquele empreendimento,apenas seria possível com a presença de mestres de fundição queviessem das Ferrarias de Figueiró dos Vinhos, em Portugal ou entãode mestres da região de Biscaia – País Basco, Espanha que, segundoele e pelos seus contemporâneos, apresentavam-se como referenciana arte de produção daquele metal.Quanto aos fornos de fundição, Lopes Carvalho, não tinha dúvidas,eram aqueles utilizados com sucesso na Ferraria de Figueiró dosVinhos, de onde deveriam vir os modelos.Observa-se que em Figueiró, no século XVII utilizavam-se umavariedade de Fornalhas, cuja existência e modelos puderam serconhecidos a partir do encontro, junto a Coleção de José Bonifácio deAndrada e Silva, pertencente ao Museu Paulista da Universidade deSão Paulo, do Tratado de Arte de Ensaiar e fundir cobre, ferro e açocom o modo de fazer as fornalhas com outras curiosidadespertencentes a dita arte, do uso de João de Pina feitor da fábrica dasferrarias de Figueiró, datado de 1691.A partir deste Tratado, nota-se que as Fornalhas recebiam trêsdenominações, as quais estavam relacionadas aos respectivosinventores dos modelos de fornos. Alguns fornos chamavam-se deFornos de Reverbero [figura 1], outros fornos de Manga [figura 2] e,outros fornos de vento. Outros eram os Fornos de modo Atenor[figura 3]; Cestão [figura 4] e Crasa [figura 5], todos utilizados parafundir os metais, utilizando como combustível, o carvão vegetal.Nota-se, pelas observações do feitor João de Pina, no referidoTratado e no Capítulo intitulado: de como se faz aço do ferro que, o [Páginas 6 e 7 do pdf]
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