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Sorocaba e sua identidade tropeira, Jornal Cruzeiro do Sul. 25.03.2013
25 de março de 201304/04/2024 23:39:56

Na 46ª Semana do Tropeiro em Sorocaba, quando estão em andamento atividades que celebram a memória do ciclo do tropeirismo no Brasil, é sempre oportuno perguntar qual é o seu legado para as gerações futuras. O tropeirismo é um dos principais pilares da nossa identidade, como sorocabanos e também como brasileiros, já que a feira de muares e todo o universo em torno dela tem vínculos diretos com as atividades econômicas, políticas e sociais na vasta região do País que vai do Rio Grande do Sul até São Paulo e Minas Gerais.

A feira de muares durou de 1733 a 1897. Os animais vinham do sul e os pousos para descanso deram origens a várias cidades, desde Viamão, no Rio Grande do Sul, até Lajes, em Santa Catarina, e Itararé, em São Paulo. Os negócios aconteciam em regiões de pastagens conhecidas como Araçoiabinha, Ipatinga, Jundiaquara, Campo do Meio e Rio Verde. Depois, as tropas se dirigiam a Sorocaba e atravessavam o rio que dá nome à cidade. E seguiam pelo caminho que atualmente recebe o nome de avenida São Paulo.

O Brasil era colônia de Portugal e o governo de Lisboa, atento às possibilidades do negócio, criou uma série de Registros de Animais ao longo do caminho das tropas. O objetivo era obrigar os tropeiros a passar por esses locais e arrecadar impostos. O mais importante Registro de Animais foi instalado em 1750 em Sorocaba, junto à ponte sobre o rio (a atual ponte que liga a rua 15 de Novembro à avenida São Paulo).

Em 1º de novembro de 1755 Lisboa foi arrasada por um violento terremoto, seguido de tsunami. Para ajudar a reconstruir a capital portuguesa, Dom José I criou um novo imposto, que era recolhido no Registro de Animais de Sorocaba. O tributo continuou sendo arrecadado mesmo depois de a capital portuguesa ter sido reconstruída.

A movimentação das tropas se concentrava todo ano, de abril a junho, e mudava a cara da cidade. Um escritor da época, chamado Francisco Luís d"Abreu Medeiros, descreveu: "Sorocaba, alegre, ruidosa, sobrepuja a qualquer capital de província. As ruas são cruzadas, continuamente, por inúmeros cavaleiros, mascates, joalheiros e pessoas a pé; as casas ficam apinhadas; os espetáculos abundam, e o dinheiro gira em grandes somas."

O resgate de toda essa história é a base das atividades realizadas nesta semana e devem merecer atenção especial por parte dos moradores de Sorocaba. Uma delas foi a abertura da mostra Mundo Tropeiro, de Mário Matos e Laura Matos, na Biblioteca Municipal "Jorge Guilherme Senger". Mário Matos resumiu: "Tudo contribuiu para o desenvolvimento da cidade: as feiras, o comércio de mulas, de artesanatos, a música, a culinária, além do desenvolvimento do País." Na culinária, o feijão tropeiro é uma tradição.Na manhã do próximo sábado, chegam a Sorocaba os cavaleiros da 8ª Tropeada Itararé a Sorocaba e, no domingo, a Semana do Tropeiro será encerrada com a bênção dos animais e desfile pelas ruas da cidade. Mais do que uma simples cavalgada, a 8ª Tropeada terá o sentido histórico de representar o diálogo entre o passado e o presente. Conhecer a riqueza histórica de uma época como o ciclo do tropeirismo é condição necessária para uma região que sonha com um futuro de prosperidade e desenvolvimento.
Sorocaba e sua identidade tropeira, Jornal Cruzeiro do Sul. 25.03.2013

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Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Página 202

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