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Formação Histórica da Nacionalidade Brasileira. Primeiros Povoadores do Brasil (1500-1530) 2ª edição, 1939. J.F. de Almeida Prado
193904/04/2024 18:03:14

Mas se não houve engano sobre a sua pessoa (João Ramalho), alcançou de fato notável longevidade. O documento do arquivo de José Bonifácio, concede ao ancião de Baltasar Fernandes vida ainda no ano de 1580!

"A veracidade, porém, desse testamento que nunca ninguém viu no original, nem mesmo frei Gaspar, sofre um rude ataque com a publicação da carta de Thomé de Sousa. Verifica-se que João Ramalho não nasceu em Barcellos como interpretou o frade santista, nem em Boucella ou Vougella freguesia da comarca de Vizeu, como diz a cópia do testamento escrita pelo próprio punho de José Bonifácio e divulgado por Washington Luis". João Ramalho, afirma Thomé de Sousa, era natural do termo de Coimbra, escreveu um historiador. Tendo-se verificado a exatidão do testamento na maior parte dos seus termos, podemos também admitir a data. Deve ter falecido pelo menos perto de nonagenário.

Da abundante prole que deixou, inumerável segundo Tomé de Sousa, só pôde obter Azevedo Marques o nome de 5 filhos, atribuídos a Martira, Bartira, Burtira, ou Mbcy, batizada com o nome de Isabel, filha de Tibiriçá. Foram Beatriz Dias, casado com o português Lopo Dias; Francisco Ramalho, por alcunha o Tamarutaca, casado três vezes, a primeira com a nativa Francisca, e a terceira com outra nativa de nome Justina; da segunda mulher nada se sabe.

Antônio de Macedo casado; Vitório Ramalho, casado, morto pelos Tupiniquins nas imediações de São Paulo; Joana Ramalho, casado com Jorge Ferreira, lóco-tenete em 1556 de Pero Lopes de Sousa em Santo Amaro.

Difere a enumeração de Silva Leme que depois de pacientes buscas em documentos do Brigadeiros Arouche, Conselheiro José Bonifácio de Andrada, Dr. Ricardo Gumbleton Daunt e outros, elevou a descendência conhecida de João Ramalho para 9 filhos, de acordo com o seu testamento:

André Ramalho; Joana Ramalho, casado com Jorge Ferreira; Margarida Ramalho; Victório Ramalho; Antonio de Macedo; Marcos Ramalho; João ou Jordão Ramalho, e Antônia Quaresma.[Páginas 107 e 108]

POVOADORES VICENTINOS

Os mesmos genealogistas consideram o português Antônio Rodrigues contemporâneo e êmulo de Ramalho. São frequentes as alusões dos informantes dos primeiros tempos da povoação de São Vicente, a este povoador, sem contudo trazerem mais pormenores. Pelo que se depreende do depoimento de Diogo Garcia prestado em Sevilha, Ramalho, Gonçalo da Costa e Antonio Rodrigues, pertenceriam talvez ao número dos náufragos citados por Oviedo, salvos nas imediações da ilha dos Porcos. [Página 108]

Torna a aparecer depois dessa data o nome de Antonio Rodrigues, na ocasião da assinatura da sesmaria concedida a Pero de Góes, na fortaleza de Tumiarú, onde se ergueria a futura Ribeira das Naus. Deste homem, diz Silva Leme não ter encontrado referência na lista dos primeiros habitantes de São Paulo, mencionados no documento descoberto pelo Dr. Ricardo Gumbleton.

Outro manuscrito do século 18, de autoria de um filho do Capitão Diogo Gonçalves Moreira, traz a descendência de "Antonio Rodrigues e Antonia Rodrigues, de que precederam Antonio Rodrigues: Pero Rodrigues; Garcia Rodrigues; Isabel Velho". Verificou Silva Leme que esta nomenclatura não confere com os apontamentos do historiador e genealogista do século 18, Pedro Taques. Viveu Antonio Rodrigues com a filha de Pequirobi, maioral de Ururai (?), batizada mais tarde com o nome de Antonia Rodrigues. Da união, segundo Silva Leme, houve outra Antonia Rodrigues, que se casou com o português Antonio Fernandes, e teve 5 filhos enumerados na Genealogia Paulistana.

Os outros povoadores, do documento do Dr. Ricardo Gumbleton, são Pedro Afonso; Gaspar Afonso; Domingos Luiz Grou; Bras Gonçalves e Pedro Dias. Em parte alguma temos informações sobre o modo como vieram ao Brasil. Infere-se que alguns foram certamente contemporâneos de Martim Afonso em São Vicente, mas ignoramos se chegaram com o capitão-mór. [Página 109]

Conseguimos saber tão somente por várias indicações de cartórios, que a maioria teve uniões com nativas das vizinhanças de São Paulo. Assim, Pedro Afonso (dos Gagos e Afonsos das ilhas de Portugal, na opinião de Silva Leme)... "resgatou nos campos de Piratininga uma tapuya que como prisioneira tinha sido reduzida ao cativeiro, e com ela casou".

Gaspar Afonso (irmão ou sobrinho de Pedro Afonso) casou-se com Madalena, filha de Pedro Afonso. Domingos Luis Grou, da família Luis Anes Grou, de Portugal (apud Silva Leme), casou-se com uma nativa conhecida por antonomásia terminada por Guassú, filha do cacique de aldeia de Carapucuiba nas vizinhanças de M´boy.

Bras Gonçalves casou-se com a filha do cacique de Ibirapuera, batizada com o nome de Margarida Fernandes. Quanto a Pedro Dias, último da lista do Dr. Ricardo Gumbleton, achávamos na primeira edição desta obra, que devia ser incluído com restrições no rol dos companheiros de Martim Afonso. [Página 110]

1531 - Martim Afonso de Sousa, de torna viagem, deixa alguns tripulantes da sua armada em São Vicente. Data dessa época a crença de que Pedro Afonso, Gaspar Afonso, Domingos Luís Grou, Bras Gonçalves, Pedro Colaço, Padre Pedro Correa, Jorge Ferreira, Luís de Góes, Jerônimo Rodrigues, Pero Capico, Domingos Leitão, Pero de Góes da Silveira, padre Gonçalo Monteiro, Belchior de Azevedo, João de Prado, Henrique da Cunha, João e Vicente Pires, tenham sido moradores da vila. [Página 127]

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Você sabia?
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.

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É por demais conhecido o fato de que toda a empresa marítima portuguesa foi expressa pelos contemporâneos em linguagem religiosa e, mais ainda, missionária. Os contemporâneos nos dão a impressão de que, para eles, o maior acontecimento depois da criação do mundo, excetuando-se a encarnação e morte de Jesus Cristo, foi a descoberta das índias.
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