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Projetos de Intervenção no Bairro da Luz: patrimônio e cultura urbana em São Paulo. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Márcio Novaes Coelho Jr. Orientador: Prof. Dr. Luís Antônio Jorge
200406/04/2024 11:12:53

Essas várzeas, que no período colonial desempenharam o papel estratégico para a segurança da pequena vila, tornaram-se obstáculo para o crescimento urbano nos séculos subsequentes. Localizada entre o núcleo histórico e o primeiro ponto de travessia do Tietê, extremo do desenvolvimento setentrional da cidade até o século XIX, a região era conhecida pelo nome do ribeirão que a cortava: ‘Guaré’, designação indígena da vegetação que cobria aquelas paragens.

Anteriormente habitada pelos nativos, a primeira notícia que se tem de ocupação colonial da área é a respeito da construção da ermida dedicada a Nossa Senhora da Luz. Como o próprio nome indica, situava-se em local afastado da povoação original; tornou-se, entretanto, bastante popular como local de peregrinação e passeio. Construída pelo português Domingos Luiz Grou, o “Carvoeiro”, e sua mulher, Ana Camacho – que figuravam entre os mais abastados moradores da vila de São Paulo no século XVI – a capela recebeu, por volta de 1583, a imagem de Nossa Senhora da Luz, que atualmente se encontra no Museu de Arte Sacra, constituindo uma das mais notáveis peças da imaginária paulista. Cartas de doações de terras, de fins do século XVI, nas quais a ermida da Luz servia como referência para a demarcação de limites, constituem, entre outras tantas, provas de sua instalação no Guaré anteriormente a 1600.

No início, os terrenos eram, simplesmente, requeridos em datas à edilidade, assim, a partir de 1580, a Câmara inicia a distribuição daquelas terras a particulares, reservando terrenos ao patrimônio municipal, processo que iria se estender até cerca de 1870, determinando as feições do bairro. (JORGE, 1988, p.13) Assim, os [Projetos de Intervenção no Bairro da Luz: patrimônio e cultura urbana em São Paulo. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Márcio Novaes Coelho Jr. Orientador: Prof. Dr. Luís Antônio Jorge. Página 35]

O português Domingos Luiz Grou e sua mulher, Ana Camacho, descendente de João Ramalho, figuravam entre os mais abastados moradores da Vila de São Paulo no século XVI. Cidadão de grande prestígio, era chamado o ‘Carvoeiro’ por ser natural de Carvoeira,povoação do Conselho de Torres Vedras. Possuía muitos bens, entre os quais algumas casas de sobrado em frente à Matriz e uma fazenda de criação de gado no Piranga, sendo então o principal fornecedor de carne da povoação.

Mudando-se para a região do Guaré, ergueram a ermida junto à sua casa, sob invocação de Nossa Senhora da Luz, à qual eram devotos. Não se sabe a data exata de sua inauguração. Por volta de 1583, recebe a imagem de Nossa Senhora da Luz, que ficava na fazendo do Piranga e, atualmente, encontra-se no Museu de Arte Sacra, constituindo uma das mais notáveis peças da imaginária paulista. Cartas de doações de terras, de fins do século XVI, nas quais a ermida da Luz servia como referência para a demarcação de limites, constituem, entre outras tantas, provas de sua instalação no Guaré anteriormente a 1600. De 1603 é a carta de doação para patrimônio da capela, estabelecendo a anulação de uma escritura anterior (efetuada em 1580, ainda no Piranga), a terça de Domingos Luiz e Ana Camacho para a casa; e a nomeação de uma pessoa de sua descendência para a administração da ermida, o que incluía a ornamentação, os cuidados e os reparos que se fizessem necessários, bem como a organização das festas costumeiras. Essa doação foi ratificada em testamento de [Projetos de Intervenção no Bairro da Luz: patrimônio e cultura urbana em São Paulo. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Márcio Novaes Coelho Jr. Orientador: Prof. Dr. Luís Antônio Jorge. Página 75]
Projetos de Intervenção no Bairro da Luz: patrimônio e cultura urbana em São Paulo. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Márcio Novaes Coelho Jr. Orientador: Prof. Dr. Luís Antônio Jorge

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Ana Camacho (f.1606)
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Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Página 202

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